Da busca diária da água
No mês de dezembro
Gente muito humilde
Acompanhada de um jegue
Caminha à margem da estrada
Moringa na cabeça da mãe
Barris no lombo no animal
Garrafas nas mãos do menino
Panela nas braçinhos da filha
Água salobra
Que seca a boca
Água barrenta
Suja e fedorenta
A galinha bebe a água do ovo
Bebe o gato, o cão, o porco
O passarinho molha seu canto
A muda de laranja irriga as folhas
Lava-se a roupa coberta de pó
Prepara-se o alimento do dia
Toma-se banho antes de dormir
Mais forte que a seca
É a sede da caatinga
Que não respeita cor, gosto, cheiro, distância...
No mês de dezembro
Gente muito humilde
Acompanhada de um jegue
Caminha à margem da estrada
Moringa na cabeça da mãe
Barris no lombo no animal
Garrafas nas mãos do menino
Panela nas braçinhos da filha
Água salobra
Que seca a boca
Água barrenta
Suja e fedorenta
A galinha bebe a água do ovo
Bebe o gato, o cão, o porco
O passarinho molha seu canto
A muda de laranja irriga as folhas
Lava-se a roupa coberta de pó
Prepara-se o alimento do dia
Toma-se banho antes de dormir
Mais forte que a seca
É a sede da caatinga
Que não respeita cor, gosto, cheiro, distância...
Um comentário:
muuuito boa poesia!!! tava dando um repasse aqui, curti!
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