terça-feira, 8 de abril de 2008

Inocência de uma criança

Pés descalços, pisar a fofa grama.
Um cochilo profundo embaixo da macieira,
Um cenário onde a imaginação alcança,
Recordações de uma linda infância.

Serenidade através dos pássaros,
Suavidade corre no leito do rio,
O contraste das folhas caindo,
Distantes de um mundo hostil.

Ingênuo por natureza,
Não conhece o mundão,
Rico de beleza,
Diferente do mundo cão.

Sentir o calor do sol,
Seus raios reluzentes,
Um dia lhe dará sombra,
As árvores que já foram sementes.

Embaixo de asas protetoras,
Sem passar fome, nem frio,
Graças a sua genitora,
Que encara o desafio,
De cuidar e tratar bem,
De lhe dar um lar e comida também.

Na cor viva da árvore,
O verde da esperança,
No semblante estampado,
A sabedoria de uma criança.

Alma coberta de inocência,
Pureza em cada palavra proferida,
Coragem de reconhecer o erro,
Mesmo quando restem feridas.

Espontaneidade nos seus gestos,
Espírito de um aventureiro,
Superando cada obstáculo,
Com o coração de um guerreiro.

Não olha para trás,
Apenas pra ajudar,
Teu coração é límpido,
Ainda tem muito o que enfrentar,
Contudo não sabe ainda,
O que a vida irá lhe ofertar.

Sem medo do futuro,
Vive a cada instante intensamente,
Pula mais um muro,
Sempre seguindo em frente,
Com pensamentos positivos,
Habitados em sua mente.

Mais uma queda, levanta,
Se entregar não adianta,
Retiram-se pedras do caminho,
Deus vivendo em seu coração,
Nunca te deixando sozinho.

Gozando a saborosa liberdade,
Mesmo correndo perigos,
Honrosa a presença da felicidade,
No rosto de novos amigos.

Chega a hora de parar,
Não pula mais carneirinhos,
Já é hora de levantar,
Ouvir a melodia dos passarinhos,
Voltar à realidade,
Na memória uma saudade,
De quando era novinho.

(Caio Mattos)

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