Este velho que todo dia vejo
Quando me dirijo ao trabalho
Tira a paz dos meus olhos
Silencia meu som
Cabelos grudados
Camadas de roupas imundas
Desnorteado pelo meio da rua
Esse o homem sou eu
É minha essa culpa
Suportar a responsabilidade
De curar toda humanidade
Não será tarefa minha
No entanto, me falta atitude
Pra ajudar somente um homem
Não me perdoe pobre senhor
Por não dar-lhe o dinheiro que trago
Uma palavra ou comida
Pois sou miserável
Desmereço sua misericórdia
Sou demagogo
Prego levianamente a caridade
Não dou sequer o primeiro passo
Enquanto falo de aflição
Incorro em fracasso
quarta-feira, 9 de abril de 2008
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