terça-feira, 22 de abril de 2008

houve, há, haverá

Há coisas que não quero ver
Pela força luminosa de seus raios
Sobre minha consciência jovem
Seja luz boa
Seja luz seca
Fico doido, tomado, obsessivo
Preciso curar-me
E a outras luzes me dirigir
Na vã troca de enfoque, pós-choque
Para não cansar as vistas
Afastarei da memória
Aquele acre luminoso que se irradia

É o caso da luz daquela moça
A qual meu sentimento afeiçoou-se
Refletindo nas atitudes dia-a-dia
Fico rem fico foz fico cheio
Só me resta pensar noutras
De menor afeto e sabor
Esmiuçando qualidades desejáveis
Tentando não querê-la tão exageradamente ...

Outro caso é luz dos olhos daquela criança
Que enfurece meu discernimento e o seu
Opaco, mirando o seu cachimbo sujo
Me devora e o devora
Caio em cheio neste poema
Para trabalhar estas coisas que me consomem
Questões de luz, questões de vida
Acalmo minha manhã luminosa
Celebro com o mundo o ardor da luz

Nenhum comentário: