sexta-feira, 4 de abril de 2008

Próxima esquerda


Dementes e porcos
Somos irmãos
Nesta casa de ruas
Artérias inóspitas
Amaldiçoados

Deixamos escurecer
Apesar dos postes
Nostra irmandade
Bandos, quadrilhas
Quem dará o próximo tiro?

Sou um futuro cadáver
Apto a morrer de fome
Basta-me a paralisia
Amaldiçoado
Definharei em frente ao shopping

Você me confortaria?
A quanto tempo não me vê?
Dá esmolas?
Amaldiçoado
Nascemos mortos

Nosso destino ultra-uterino
Redimir perante quem?
Ascensão de asfalto
Amaldiçoados
Em triste fim

Um comentário:

Pablo disse...

Difudê pra caralho!!!
Você tem uma ótima capacidade de choque! Temos que estremecer a cidade de salvador com palavras!
A voz dos amaldiçoados!

Comente essa poesia, critique de preferencia os pontos fracos, é grande e com certeza tem furos.

http://naoseiondeir.blogspot.com/2008/03/uma-poesia-de-mentira.html