sexta-feira, 25 de abril de 2008

Tanto faz

O cão se abriga sob o carro
O pombo domina a fachada
O esgoto é habitat do rato
Não sei dos peixes
Existem peixes nas cidades?
Há vermes em todos
Onde está o homem?
Atrás das grades, dos muros
No alto, bastante alto
Fugindo dele
De si e dos outros
Homem, homem do homem
Homem do resto do mundo
Não chame um homem de animal
Será um desrespeito com os bichos
Não o chame de monstro, soará fantasioso
Os parasitas não têm sua maldade
O demônio não tem seu poder de destruição
Simplesmente Homem, com “h” maiúsculo
Como ele gosta de ser chamado
Como um ser grande, temível
E tenha medo mesmo, inclusive de mim
Tenha medo de você
Carregamos o mesmo caos interior
Venha da vida passada
Ou venha da herança genética
O Homem é Homem (mau, nocivo, egoísta)
E não há possibilidade de cura
Cairemos no Apocalipse
No extermínio do planeta
Cedo ou tarde
E àquele que sobrar, eu digo:
Se mate!

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