segunda-feira, 28 de abril de 2008

Som do alvorecer


O flautista flerta com a flauta
Encaixa sua boca na boca dela
A conduz por entre as mesas
Como se fora uma graciosa dama

Segue soprando-a de olhos fechados
Os dois num beijo interminável
E a melodia que a flauta transversa
Enamora os demais casais do baile

O flautista tornou-se passarinho
A flauta deixou-se passarinhar
Formam uma simbiose inigualável
O homem faz amor com a máquina

Cada nota leva em si um tanto de mel
O flauteado musica as vivas áureas
Que aderem a este adocicado enlace
Do flautista e sua flauta mágica

Um comentário:

Unknown disse...

A musica é poesia e a poesia é musica.