segunda-feira, 14 de abril de 2008

Chamada amor

No fundo do âmago
Há uma massa mole
Ardendo
Sob as pressões do dia
Imutável e insolúvel
Erupcia por gêiseres
Canais do afeto
Em resposta
À frustração
Ao sofrimento
À resposta
É núcleo
Hipocentro da vida
Não se apaga
Esvaísse aos poucos
Mas não finda
Acinzenta e rarefaz
Ainda há
Exercendo influência
Lenta e contínua
Atraindo-nos
Estremecendo-nos
Uns aos outros
Para que cresça
Reproduza
Amor chama do amor

Um comentário:

Pablo disse...

Porra, difude, talvez uma interpretação analógica dos sentimentos com a própria estrutura geológica da terra. O magma central humano, que inclusive se esvai, como o magma terrestre, porém o magma terrestre se esvai muito mais lentamente. Um átomo de um peido do planeta.