sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Justo


É complicado situar-se na complexidade
Aprumar os pés lisos nos cumes afiados
Movimentar-se nas planícies pantanosas
Transpor rios de cardumes carnívoros
Livrar-se de jararacas, panteras, malária

Até tornar-se um nômade sábio
Muitas perebas devem ser cicatrizadas
É indicado aprender a fabricar facas
Escalar árvores através de seus cipós
Comer carne viva e matar sem ter dó

O oco do mundo não sente pena, dilema...
Nas grutas e cavernas se vê a horrenda
O sol despela, a lua minguante mata de medo
A chuva carrega tudo para o fundo do leito
O vento traz o calafrio da solidão humana

Todos precisam trilhar a densa chama
Provar das mazelas do venenoso espinho
Só então, saberão admirar a bela fina flor
Vê-la como deusa, riqueza, recanto
Assim serão exemplares Recomplexos

(Escrevi assim... sem esforço, sem trabalho. Tomara que amanhã eu mude algo. Será o impossível?)

Nenhum comentário: