segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Infiel às lágrimas

Entenderia
Desvio meu olhar por respeito a você
Pois ao te imaginar sofrendo
Perco a coragem de cafajeste
E silencio, fiel aos nossos sentimentos

Sentiria demais o teu padecer
Sendo eu tua chaga
Tua toalha molhada
Quando me atearia fogo
Chama clamando o teu perdão

Por isso me nego a respondê-la
Sequer olhá-la posso
Quando me pergunta tão ingenuamente
O que vem acontecendo com a gente
Por onde anda o nosso afeto

Talvez, algum dia
Saberá que ele namorou noutra companhia
Esquecido do doce amor conjugal
Preferiu entregar-se a uma canibal
Feiticeira de hábitos noturnos e sortilégios
Que o deixaram quase cego
Mas que sarou ao te imaginar em prantos

(essa nasceu de uma conversa com o Jeca)

Um comentário:

Pablo disse...

Porra, interessante a quantidade poesias sobre amor que você escreve. Eu tenho a sensaçao de que você ve a relacao estável desde uma perspectiva sempre negativa, porém necesaria ou desejada.