quinta-feira, 17 de julho de 2008

O depoimento de um amigo (anônimo)

João, que te faço não é um depoimento
Um ato sagrado, num ímpeto de desalento
De tarde difícil seguindo sem movimento.

Não pertence à lamúrias seguidas de desabafo
Um rapaz num ato que nada faz
Senão, compartilhar momentos e desagravos
Que sem, mais nem menos,
Insistem em não deixar-nos em paz.

Mente vertiginosa, molesta este andarilho
Seguindo passos regressos
Sempre em buscar, tal aturdido
Que não descansa em seu progresso
Que confunde sua beatitude, concuspido

Nega-se à um pedaço de carne
Para acabar-se constrido
Tremenda aflição é para ele a solidão,
Mas que importa a solidão,
Se já nascemos sós? - pergunta-se ele.

É a falta das lembranças mais longínquas
Que sua memória sensível pode levar,
Vontade do quente,
Que entre um ventre
estava a germinar.

A atitude amiga é sua falta
Ausência de coração,
Pois pulsa em seu peito faíscas
Produto da ânsia de perfeição.

Que diria de si para si tal sujeito?
que incorpora Baudelaire com catarro no peito:
No meu... (o espaço ac

Um comentário:

Unknown disse...

João,

Não há no mundo suspiros mais profundos do que os seus.