terça-feira, 29 de julho de 2008

Assassino por natureza

Universo sem prestígio
Cujo o verso sempre escrito
Desvelar em solidão

Num desejo esquecido
Suas lembranças - um equívoco
Rastejando em busca de seu quinhão

Suas noites prolongadas
Vestígios de escalada
Vê-se longe suas pegadas
Mas que inúteis às são

Nunca foi verbo
Sua admiração pelo adjetivo
O fez esquecer-se enquanto sujeito

Agora não demora em revirar-se
Suas portas já não são tão claras
Chamas revolvendo-se em chagas
Milhares de sensações,
Mas nenhuma mais o condena
Pois és um assassino.

(George Diniz)

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