terça-feira, 15 de julho de 2008

Epitáfio da consciência, Camará! (Tiago Carneiro, vulgo KT)

Não proponho versos, não proponho formas, nem proponho a estética.
Proponho as idéias, vejo os sons e ouço as cores.
Caio do infinito, levanto-me ao imaginário e engano a retidão.

Pedro Paulo profissão pedreiro passa-tempo predileto pandeiro.
Preso portando pó passou os piores pesadelos presídios porões.
Patrão privilegiado pagou propina pro plantão policial saiu pela porta principal.
Partidos políticos prometem prometem pura palhaçada.

Lei seca embriagada? Casa de ferreiro, espeto de pau.
Só há no Brasil, lei que não pega, ladrão que não paga, lua pirorética.

Do Sistema democrático-representativo e da prerrogativa de foro congressista o que sabeis pobre João, o que pensais humilde José?

Saibas apenas que enquanto tu pretensamente exerces a titularidade do poder, mediante o capenga, viciado, inoponível e ineficaz sufrágio, eles regozijam-se caridando os showmícios, Dudamendonçando as imagens e paraisofiscalizando o erário público, vosso dinheiro.

Oh subalternos inertes da ignorância, não lhes conclamo a levantarem-se, mas ao menos a enxergar o que a muito não passa de pura lama, silêncio e escuridão...

Que ao menos após a minha passagem pela terra, não instigue somente os vermes e lavas que me consomem a sete palmos da terra, mas aos homens livres, se assim haverei de dignificar estes, o povo americanizoide, pagodeificado e nordestinofóbico.

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