segunda-feira, 21 de julho de 2008

Divagação

Meu amor é inexato:
Não sei quem amo, nem quanto
Muito menos quando, nem como
Não sei onde amo

Que sentimento é esse?
Não sei nada dele
Só sei que o sinto
Como a Deus

Esse amor que é como um deus
Esse amor que eu endeuso
Esse amor que me faz falar, que me faz escrever
Esse amor que me faz viver
Só pode ser obra de Deus

Talvez o amor seja Deus
Talvez Deus esteja no amar
Pois ambos não têm forma
Não há nada
Apenas um nome no imaginário humano
No meu imaginário
E uma sensação

Um comentário:

Pablo disse...

Se o amor fosse uma sensação provavelmente fosse possível dizer exatamente quando se ama. Talvez mesmo sem saber o que se sente fosse possível saber que se sente. Porém, no meu caso, o amor é como um motor que eu não escuto, não sinto, mas acho que me leva de uma lado a outro, que me faz querer e negar. O amor me move mas não me deixa saber exatamente para onde, o amor me faz sentir sem se expor, parece a causa última de meus sorrisos e lágrimas porém nunca se mostra.
Deuses são os que eu amo e o primeiro Deus sou eu.
Gosto muito do tema, gostei muito da primeira frase, porém talvez o amor não seja só inexato, como algo indefinido. O amor está mais enterrado, nem mesmo se deixa distinguir da loucura; o amor está oculto.
Eu não sei o que é o amor, não sei se ele existe, mas isso pouco importa. Perguntarse se o amor existe e se pode ser definido é como perguntarse se o universo é infinito, mesmo que existisse resposta ela sería inutil, talvez.
Vou escrever sobre o amor.