sexta-feira, 4 de julho de 2008

Corriqueira


(foto: Mariana David. No close: Talita FragaFragaFraga)


A vida toma tanto rumo
Na vida de quem não tem aprumo
É semente no bico do passarinho
Nota falsa nas vendas do caminho
A tal existência desordeira
Sem casa, apego, eira ou feira

Melhor viver assim?
Ao menos, não se vislumbra o fim!
Sobre o que tem, sabe pouco
Sobre o que não tem, tampouco
Viver da sorte e da benção
Dos que amam e condenam

Quando há prédios, picha o muro
Se for uma trilha, risca o mundo
Até que chegue num cais
Nas terras dos velhos ancestrais
E diz: já estive aqui
E ouve: parta rápido daqui

Os percursos serão mapeados
Por quem possuir interesse
Em conhecer uma vida azulejada
Nas rotas do desinteresse
Onde as curvas são obras do vento
E as rosas produtos do tempo

) Eu e Caris Viesser (

Um comentário:

Pablo disse...

Caris:

Estive lendo e relendo sua poesia,me identifiquei mto,adorei o exemplo da semente no bico do passarinho,tem tudo q ver com o q tinha em mente qdo disse aquilo.."as curvas sao obras do vento" massa,achei realmente q tem tudo a ver..me perdi em algumas partes por minha ignorancia a poesia,debati com Pablo..e chegamos a conclusao q é mto boa..continue escrevendo..adorei a parceria..hehehe