quinta-feira, 10 de julho de 2008

A Mágica


A poesia assusta
Os olhos desavisados
Os cérebros mecanizados
Os corações de espuma

A poesia assusta
Por seu conteúdo nu
Por seus versos tergiversantes
Por suas estrofes extravagantes

E o poeta
É tido como louco
Um desses desocupados
Que perde tempo escrevendo besteiras
Enquanto o mundo tropeça em sua marcha

E o poeta
É qualquer um
Interessado em disseminar idéias
Exercitando um meio que já foi comum
E que hoje não quer dizer nada

Mas o poeta não parará
Disto tenha certeza
Escreve convencido
De que não há tempo perdido
De que não há palavra vã

Pois a poesia é seu talismã
Quem faz amor na sua vida
A arte de demudar a escrita
Em beijos, em apertar de mão
É a doce forma de ressaltar sua paixão

2 comentários:

Pablo disse...

Inacabada, com certeza,
Por que ainda falta petiscar conversa tomando cerveja,
falando dessa poesia e do que mais seja.
Inacabada, com louvor,
Por que amanha não se sabe pra onde levou o motor. Amanha vamos recomeçar o que nunca terminou.
Inacabada, por desgraça,
o tempo te leva e a vida passa,
morremos eu, você, a poesia e a praça. Só não morre a mudança, a dança do ultrapassa.

João disse...

Porra, tá ficando fácil!