Veja:
Nosso tempo é só nosso
Não há adultério nem divórcio
Sentir-se esvaindo toma o pulsante
Sensação de que?
Se o turbilhão da sensualidade
Não tem denominação
Apenas uma dúvida
Incerteza é seu nome
Para que os olhos não pensem
Que são a diretriz
A resposta é tão simples:
Ainda sou aprendiz
(George Diniz)
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Eterno Retorno
Se me pego advertido
Pelo caso angustiante
Seria o caso de rever
Neste caso, o quanto antes
Mas se passa e foi feito
E nada impedido
Deixa e aceita
O caso arrependido
(George Diniz)
Pelo caso angustiante
Seria o caso de rever
Neste caso, o quanto antes
Mas se passa e foi feito
E nada impedido
Deixa e aceita
O caso arrependido
(George Diniz)
horizonte - um devir
.
O futuro é um túnel
Compriiiiiiiiiiiiiiiido
No qual iremos adentrar
E vamos cheios de esperança no peito
Pois, sem pensar num mundo perfeito
Fica chato caminhar
Porém, a perfeição não existe
E o túnel fica um pouco triste
E à entrada aguardamos
Mas o túnel tem movimento
E mesmo sem termos um plano
Ele nos puxa pra dentro
Nossos passos são hesitantes
Pois demora a perceber
Que caminhamos mesmo sem querer
É uma questão de tempo
Logo o túnel se mostrará pequeno
E caminharemos de modo brilhante
Não há razão para temer
O túnel só assusta no começo
Mais à frente tem uma saída
E olhando para trás constatamos:
A cada passo derrubamos uma parte
Do túnel de nuvens que havíamos construído
Presente para mim
(Dedicado a mui amiga Lilia Estay ou Lili Concha y Toro)
Durmo pensando no presente prometido
Em seus versos mais bonitos
Nas estrofes que mais gostarei
Sonho com um livro de poesias
Que lerei durante vários dias
E que nunca mais me esquecerei
As páginas que sonho
São sonhos de outro alguém
Que logo se tornarão meus também
Sonhar é fazer poesia
Sonho com ela todos os dias
Poetizando o presente que não vem
Durmo pensando no presente prometido
Em seus versos mais bonitos
Nas estrofes que mais gostarei
Sonho com um livro de poesias
Que lerei durante vários dias
E que nunca mais me esquecerei
As páginas que sonho
São sonhos de outro alguém
Que logo se tornarão meus também
Sonhar é fazer poesia
Sonho com ela todos os dias
Poetizando o presente que não vem
Minha Menina
I.
A mágica de uma sonho
Encanto de lábios
No colo...
Dos meus braços
Dorme serena
Minha Menina
Doce e verdadeira
Simples e tranquila
Dorme nos meus braços
Uma vida...inteira!!
Uma noite fria
Perfeita e passageira
Agora eterna
Na alma...
A lembrança da face
Do cheiro e da carne
Da pele suave
Do dia...que vivi
Tudo que agora...
É um lindo sonho para mim!!!
II.
Tenho aos meus pés...
O mundo
Persigo o infinito
Um amor e um futuro
Não tenho sobre meus pés
O doce sorriso
Seus anéis
Mas persiste em meu peito
Os segundos e minutos
Ao lado de ti!!!
Teus segredos e desejos
Que não conheci
Persiste em mim
O som e sabor de sua voz
A presença e a esperança
De vencer essa distância
Pequena para quem sonha
Com a vida e a chama
Do calor que emana
De um longo e apertado
Abraço tão mágico
Tão vivo em mim!!!
(Saulo Silva, o homem que sonha sem sentir e sente sem sonhar)
A mágica de uma sonho
Encanto de lábios
No colo...
Dos meus braços
Dorme serena
Minha Menina
Doce e verdadeira
Simples e tranquila
Dorme nos meus braços
Uma vida...inteira!!
Uma noite fria
Perfeita e passageira
Agora eterna
Na alma...
A lembrança da face
Do cheiro e da carne
Da pele suave
Do dia...que vivi
Tudo que agora...
É um lindo sonho para mim!!!
II.
Tenho aos meus pés...
O mundo
Persigo o infinito
Um amor e um futuro
Não tenho sobre meus pés
O doce sorriso
Seus anéis
Mas persiste em meu peito
Os segundos e minutos
Ao lado de ti!!!
Teus segredos e desejos
Que não conheci
Persiste em mim
O som e sabor de sua voz
A presença e a esperança
De vencer essa distância
Pequena para quem sonha
Com a vida e a chama
Do calor que emana
De um longo e apertado
Abraço tão mágico
Tão vivo em mim!!!
(Saulo Silva, o homem que sonha sem sentir e sente sem sonhar)
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Balsâmica
(foto: Mariana David)
.
Acendo seu corpo de azaléia
E o aroma que exala
Adocica os ares circundantes
Tua presença é percebida facilmente
Os bichos te procuram insistentemente
Olfatando o pedaço de carne radiante
És fino incenso marroquino
Cheira levemente e com tamanha ênfase
Que os olhos se fecham para compreendê-la
E vêem o quê?
Uma espiral de gosto bom
Enovelando um mundo opaco
Com carícias e gestos suaves
Tornou-se um paradigma
Gatos e cachorros jamais te esquecerão
É como uma folha de pitangueira na narina
A lembrá-los o cheiro carismático da flora feminina
terça-feira, 29 de julho de 2008
Força das águas
Movo-me como o mar
Desses dias de vento forte
Chocando-me contra as pedras
Porque voar é minha sorte
Nos respingos das pancadas
Encontro-me com meu destino
Abandonando o velho amar
Pois meu pensar é libertino
Sentia-me solitário nas marés
Náufrago da maior das viagens
Mas ao deixar-me espalhar no ar
Descobri a verdadeira verdade
Choco-me contra o resto do mundo
E vôo alto e vou para bem longe
Meu mar habita no espaço
Voou para não sei onde
Assassino por natureza
Universo sem prestígio
Cujo o verso sempre escrito
Desvelar em solidão
Num desejo esquecido
Suas lembranças - um equívoco
Rastejando em busca de seu quinhão
Suas noites prolongadas
Vestígios de escalada
Vê-se longe suas pegadas
Mas que inúteis às são
Nunca foi verbo
Sua admiração pelo adjetivo
O fez esquecer-se enquanto sujeito
Agora não demora em revirar-se
Suas portas já não são tão claras
Chamas revolvendo-se em chagas
Milhares de sensações,
Mas nenhuma mais o condena
Pois és um assassino.
(George Diniz)
Cujo o verso sempre escrito
Desvelar em solidão
Num desejo esquecido
Suas lembranças - um equívoco
Rastejando em busca de seu quinhão
Suas noites prolongadas
Vestígios de escalada
Vê-se longe suas pegadas
Mas que inúteis às são
Nunca foi verbo
Sua admiração pelo adjetivo
O fez esquecer-se enquanto sujeito
Agora não demora em revirar-se
Suas portas já não são tão claras
Chamas revolvendo-se em chagas
Milhares de sensações,
Mas nenhuma mais o condena
Pois és um assassino.
(George Diniz)
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Bom bocado
"Mainha"
Reaprendi a amá-la
Acredite
É possível deixar de amar a própria mãe
Como alguns deixam de amar a própria vida
Não falo de ódio
Te explico um ciclo de afeto
Que a cada emoção se renova
Se expande ou se retrai
Ganhando novas formas
Meu amor é uma chuva de gratidão
Por seu exemplo
Por suas palavras
Por todo o apoio
Pelo colo
Sem os quais... nem sei
Acredite
Te amo como antigamente
Por sermos mãe e filho
Acredite
É possível deixar de amar a própria mãe
Como alguns deixam de amar a própria vida
Não falo de ódio
Te explico um ciclo de afeto
Que a cada emoção se renova
Se expande ou se retrai
Ganhando novas formas
Meu amor é uma chuva de gratidão
Por seu exemplo
Por suas palavras
Por todo o apoio
Pelo colo
Sem os quais... nem sei
Acredite
Te amo como antigamente
Por sermos mãe e filho
Cinza do povo
Essa vida é um erro
Esse erro de viver pelo dinheiro
Esse dinheiro incessantemente buscado
Essa busca de pouco resultado
Esse pouco resultado consumidor
Essa consumição incendiária de homem
Esse incêndio criador de brasa
Essa brasa apagará um dia
Esse dia de juízo final
Esse juízo julgará o pedaço de carvão
Esse pedaço de carvão seco
Essa secura
Quem pagará por essa secura?
Esse erro de viver pelo dinheiro
Esse dinheiro incessantemente buscado
Essa busca de pouco resultado
Esse pouco resultado consumidor
Essa consumição incendiária de homem
Esse incêndio criador de brasa
Essa brasa apagará um dia
Esse dia de juízo final
Esse juízo julgará o pedaço de carvão
Esse pedaço de carvão seco
Essa secura
Quem pagará por essa secura?
Deságüe noutra foz
Responsabilidade com as palavras
Te peço
Desconhece o peso que traz aquilo que diz
Se quiser falar injúrias, insanidades
Essas maluquices, seus trocadilhos
Faça um poema
Use a arte para dar vazão ao mundo que tua mente constrói
E impressione o oco do mundo
Mas me poupe
Me poupe de ouvi-la
Melhor será lê-la, calmamente
Noutro absurdo
Te peço
Desconhece o peso que traz aquilo que diz
Se quiser falar injúrias, insanidades
Essas maluquices, seus trocadilhos
Faça um poema
Use a arte para dar vazão ao mundo que tua mente constrói
E impressione o oco do mundo
Mas me poupe
Me poupe de ouvi-la
Melhor será lê-la, calmamente
Noutro absurdo
Branca na Bahia
Está na Bahia, Branca
Na caatinga
Onde há mulheres de bem com a vida
Interagindo com outros espécimes
E com toda era
Aqui
O sol não convida
Ele conclama
A ir a vossa presença
A sentir seu ardor
E deixar-se banhar
Aqui
As árvores frondosas
Impõem suas sombras
Espalhando-se sobre nós
Como mamães
Aqui
O mar oceânico
Ou a Baia de Todos os Santos
Hipnotiza-nos com seus azuis
E nós adentramos
Nus e descalços
Aqui
As pessoas não se querem
Elas se precisam
Umas abraçadas nas outras
Da forma mais natural possível
Somos galhos para balançar
Branca, larga essa banca
Essa cara de pala e jeito de mala
Vem dançar com a gente
Fazer esse som
Trocar umas idéias
Aí parada, você é chata
Quase uma estátua
Pose de bacana
E ar de pneumática
Na caatinga
Onde há mulheres de bem com a vida
Interagindo com outros espécimes
E com toda era
Aqui
O sol não convida
Ele conclama
A ir a vossa presença
A sentir seu ardor
E deixar-se banhar
Aqui
As árvores frondosas
Impõem suas sombras
Espalhando-se sobre nós
Como mamães
Aqui
O mar oceânico
Ou a Baia de Todos os Santos
Hipnotiza-nos com seus azuis
E nós adentramos
Nus e descalços
Aqui
As pessoas não se querem
Elas se precisam
Umas abraçadas nas outras
Da forma mais natural possível
Somos galhos para balançar
Branca, larga essa banca
Essa cara de pala e jeito de mala
Vem dançar com a gente
Fazer esse som
Trocar umas idéias
Aí parada, você é chata
Quase uma estátua
Pose de bacana
E ar de pneumática
Piada mundana
Enquanto Dona Senhora
Agradece a Deus pelo Viagra
E comemora sua sexualidade
Que andava apagada
A pobre puta sofre a derrota
É vara direto, toda hora é orgia
O velho vem todo dia
O rapaz parece uma máquina
Puta pobre, deveria cobrar dobrado
Toda vez que aparecesse um tarado
Querendo fazer amor dopado
Impingindo-lhe uma canseira danada
Vivia assada, com as pernas afastadas
Agora, nem anda, vem de cadeira de rodas
Viagra maldito, que tanta dor tem trazido
Viagra retado, levanta quem havia morrido
Agradece a Deus pelo Viagra
E comemora sua sexualidade
Que andava apagada
A pobre puta sofre a derrota
É vara direto, toda hora é orgia
O velho vem todo dia
O rapaz parece uma máquina
Puta pobre, deveria cobrar dobrado
Toda vez que aparecesse um tarado
Querendo fazer amor dopado
Impingindo-lhe uma canseira danada
Vivia assada, com as pernas afastadas
Agora, nem anda, vem de cadeira de rodas
Viagra maldito, que tanta dor tem trazido
Viagra retado, levanta quem havia morrido
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Transmudança
Ancora em meu pescoço
Minhas mãos em tuas costas
Deixa que te levem bem de leve
Esquece de tudo que está em volta
Sopro um vento quente em teu ouvido
Veleja solta em nossa dança
Fica de olhos bem fechados
Minha barba embaraça em tua trança
Teu suor moreniza nossos rostos
A melodia parece menos clara
Meu corpo reage ao puro impulso
Você responde à minha tara
Deixamos o ar de lado, a sós
Colo meu nariz em frente ao teu
Não vejo palavras em tua boca
Acho seus lábios se abrindo aos meus
O bailado ganhou novo sentido
Pairamos como se estivéssemos deitados
Os beijos se confundem com os passos
Transmudamos a pista em cama
Minhas mãos em tuas costas
Deixa que te levem bem de leve
Esquece de tudo que está em volta
Sopro um vento quente em teu ouvido
Veleja solta em nossa dança
Fica de olhos bem fechados
Minha barba embaraça em tua trança
Teu suor moreniza nossos rostos
A melodia parece menos clara
Meu corpo reage ao puro impulso
Você responde à minha tara
Deixamos o ar de lado, a sós
Colo meu nariz em frente ao teu
Não vejo palavras em tua boca
Acho seus lábios se abrindo aos meus
O bailado ganhou novo sentido
Pairamos como se estivéssemos deitados
Os beijos se confundem com os passos
Transmudamos a pista em cama
quarta-feira, 23 de julho de 2008
É
É composto por Gil
E cantado por Gilberto
Até Drummond traz relatos teus
Nas bocas é um qualquer
João ninguém
É a generalização, o todo
Um exemplo
É um nome composto
Todo mundo é João primeiro
José vem depois
Foi discípulo
Hoje é poeta
(Maria Cecília, my hermana)
E cantado por Gilberto
Até Drummond traz relatos teus
Nas bocas é um qualquer
João ninguém
É a generalização, o todo
Um exemplo
É um nome composto
Todo mundo é João primeiro
José vem depois
Foi discípulo
Hoje é poeta
(Maria Cecília, my hermana)
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Vias de fato
Eu
Eu sou
Eu sou um carro
Um popular bege
Sem frisos, cromados, rodas de liga-leve
Um típico brasileiro tipo exportação
Estou nestas mesmas ruas que outros estão
Correndo à frente atrás do meu destino
E vou longe, por qualquer terreno
Sobre as calçadas
Na contra-mão
Minha sombra é meu domínio
Meu pedaço de terra em movimento
E que ninguém encoste, pois passo por cima
Bato, arrebento, estraçalho, trinco
No trânsito sou cavalo inteiro:
Encostou, tem briga
Bateu, inexoravelmente recebe
Meu mundo é a rua
De buracos, descaminhos, atalhos
Sinais, advertências, buzinas
E a rua é cruel, se é que você não sabe
Estamos em essência na via
Sem gentilezas, carinhos
Somente o interesse
De manter-se inteiro
De chegar o mais rápido possível
Eu sou
Eu sou um carro
Um popular bege
Sem frisos, cromados, rodas de liga-leve
Um típico brasileiro tipo exportação
Estou nestas mesmas ruas que outros estão
Correndo à frente atrás do meu destino
E vou longe, por qualquer terreno
Sobre as calçadas
Na contra-mão
Minha sombra é meu domínio
Meu pedaço de terra em movimento
E que ninguém encoste, pois passo por cima
Bato, arrebento, estraçalho, trinco
No trânsito sou cavalo inteiro:
Encostou, tem briga
Bateu, inexoravelmente recebe
Meu mundo é a rua
De buracos, descaminhos, atalhos
Sinais, advertências, buzinas
E a rua é cruel, se é que você não sabe
Estamos em essência na via
Sem gentilezas, carinhos
Somente o interesse
De manter-se inteiro
De chegar o mais rápido possível
Divagação
Meu amor é inexato:
Não sei quem amo, nem quanto
Muito menos quando, nem como
Não sei onde amo
Que sentimento é esse?
Não sei nada dele
Só sei que o sinto
Como a Deus
Esse amor que é como um deus
Esse amor que eu endeuso
Esse amor que me faz falar, que me faz escrever
Esse amor que me faz viver
Só pode ser obra de Deus
Talvez o amor seja Deus
Talvez Deus esteja no amar
Pois ambos não têm forma
Não há nada
Apenas um nome no imaginário humano
No meu imaginário
E uma sensação
Não sei quem amo, nem quanto
Muito menos quando, nem como
Não sei onde amo
Que sentimento é esse?
Não sei nada dele
Só sei que o sinto
Como a Deus
Esse amor que é como um deus
Esse amor que eu endeuso
Esse amor que me faz falar, que me faz escrever
Esse amor que me faz viver
Só pode ser obra de Deus
Talvez o amor seja Deus
Talvez Deus esteja no amar
Pois ambos não têm forma
Não há nada
Apenas um nome no imaginário humano
No meu imaginário
E uma sensação
Carburando
O instrumento
A engrenagem
O motor
Vez em quando, cospe óleo
A resina de suas retinas
Triste é o motor sem defeito
Sem expulsar o catarro do peito
A graxa de sua turbina
Sem quebrar as cordas do elevador
Seria aquele que o ladrão confia?
No óleo não consta ganância
O que sai de suas entrâncias
É a oliva fruta dos pensamentos
Ou o óleo queimado da mente
A depender do combustível
) eu e Josemar Quadros, o neto de Jânio Quadros. Imagine?!(
A engrenagem
O motor
Vez em quando, cospe óleo
A resina de suas retinas
Triste é o motor sem defeito
Sem expulsar o catarro do peito
A graxa de sua turbina
Sem quebrar as cordas do elevador
Seria aquele que o ladrão confia?
No óleo não consta ganância
O que sai de suas entrâncias
É a oliva fruta dos pensamentos
Ou o óleo queimado da mente
A depender do combustível
) eu e Josemar Quadros, o neto de Jânio Quadros. Imagine?!(
Coisas de mãe e filho!
Mãe,
Acredito que você já leu muito durante sua vida... Livros de todas as espécies: romance, poesia, piada, filosofia, sociologia, história. Não por acaso que a escrita é considerada uma das maiores invenções da humanidade. As palavras escritas carregam os mais profundos sentimentos. Hoje decidi escrever algumas palavras sobre nossa vida.
Somos mãe e filho, e nos amamos! Disso não há dúvidas. Muitas vezes tenho a sensação, quando em frente ao espelho, que é a sua imagem que sai refletida. Somos muito parecidos. E é por essa identidade que divergimos muito.
Devemos respeitar as nossas opiniões. Divergências não podem ser encaradas com "mal-criação", desobediência... Esses adjetivos derivam com absoluta certeza da época em que as mães exercitaram o seu amor na plenitude. Sinto muitas saudades da época de infância. Até quando ficava de castigo. No entanto, a vida nos oportuniza diversas outras formas de demonstrarmos o amor e carinho que temos um pelo outro. O castigo e mal-criação caem no desuso.
Gostaria que fôssemos mais amáveis.
Encontro-me em uma fase muito importante da minha vida. Um misto de felicidade e angústia, medo e alegria... Cheguei ao final da minha faculdade e estou prestes a conseguir a minha habilitação pra advocacia. E eu devo tudo isso a você!!!
A senhora me fez um homem, mas um homem que passa por muitos momentos de ansiedade, onde procura respostas pra perguntas formuladas por si próprio e que, pasme, sequer sabe a resposta. Eu não quero que me digam as respostas... Eu quero o seu apoio para descobri-las! Eu quero mudar a nossa história!!!
As lágrimas me vêm sempre que penso... Contudo, tenho convicção que alcançarei a felicidade! A felicidade pra mim é vê-la sem preocupações. Somos hoje mãe e filho! Mãe e filho-homem...
Tenho 23 anos de idade.
Nós estaremos sempre lado-a-lado, como mãe e filho, e como amigos.
Um beijo no coração,
Do seu filho..."
(kleuber Medeiros)
Acredito que você já leu muito durante sua vida... Livros de todas as espécies: romance, poesia, piada, filosofia, sociologia, história. Não por acaso que a escrita é considerada uma das maiores invenções da humanidade. As palavras escritas carregam os mais profundos sentimentos. Hoje decidi escrever algumas palavras sobre nossa vida.
Somos mãe e filho, e nos amamos! Disso não há dúvidas. Muitas vezes tenho a sensação, quando em frente ao espelho, que é a sua imagem que sai refletida. Somos muito parecidos. E é por essa identidade que divergimos muito.
Devemos respeitar as nossas opiniões. Divergências não podem ser encaradas com "mal-criação", desobediência... Esses adjetivos derivam com absoluta certeza da época em que as mães exercitaram o seu amor na plenitude. Sinto muitas saudades da época de infância. Até quando ficava de castigo. No entanto, a vida nos oportuniza diversas outras formas de demonstrarmos o amor e carinho que temos um pelo outro. O castigo e mal-criação caem no desuso.
Gostaria que fôssemos mais amáveis.
Encontro-me em uma fase muito importante da minha vida. Um misto de felicidade e angústia, medo e alegria... Cheguei ao final da minha faculdade e estou prestes a conseguir a minha habilitação pra advocacia. E eu devo tudo isso a você!!!
A senhora me fez um homem, mas um homem que passa por muitos momentos de ansiedade, onde procura respostas pra perguntas formuladas por si próprio e que, pasme, sequer sabe a resposta. Eu não quero que me digam as respostas... Eu quero o seu apoio para descobri-las! Eu quero mudar a nossa história!!!
As lágrimas me vêm sempre que penso... Contudo, tenho convicção que alcançarei a felicidade! A felicidade pra mim é vê-la sem preocupações. Somos hoje mãe e filho! Mãe e filho-homem...
Tenho 23 anos de idade.
Nós estaremos sempre lado-a-lado, como mãe e filho, e como amigos.
Um beijo no coração,
Do seu filho..."
(kleuber Medeiros)
paródia da marchinha "balancê"
sexta-feira, 18 de julho de 2008
A pedra
Ele estava pilhado
Estava decidido
“O primeiro disgraçado que mim negar 10 centavo eu mato”
“Mato na pedrada”
E foi para o sinal costumeiro
Pedir a esmola costumeira
E ouvir o costumeiro não
E cometer um ato desconhecido
Matará um desconhecido
Chega à esquina
No carro uma velha senhora, ele a reconhece
Ela já matara sua fome algumas vezes
Ele decide não pedir
Abre o sinal, vai o carro
Passam alguns sortudos
Ele caça uma pedra, apanha uma pedra, a pedra
Fecha o sinal
Vem um carro, o motorista percebe a pedra em sua mão
Percebe o sangue nos seus olhos e pára longe
Ele recua e larga a pedra encima do bueiro
Abre o sinal, os carros passam
Fecha o sinal, param os carros
Ele encosta, pede 10 centavos, o cara dá R$ 1,65
Abre o sinal, os carros passam
Fecha o sinal, param os carros
Ele pede, recebe R$ 0,10
Abre o sinal, os carros passam
Fecha o sinal, os carros param
Ele pede, a mulher diz não ter nada
Ele insiste
“Nem 10 centavo a sinhora num tem!?”
Ela fuça o console do carro, dá R$ 0,75
Ele conta as moedas, tem R$ 2,50
Resolve tomar uma sopa do outro lado da rua
Enquanto come, olha os carros
Não pondera, simplesmente os olha por detrás do vapor
Imagina a morte de cada motorista
Depois retorna à esquina
A pedra no mesmo lugar
Nele a mesma intenção
Fecha o sinal, param os carros
Ele pede 10 centavos, o cara diz que não tem
Ele insiste
“Nem 10 centavo o sinhô num tem!?”
O cara reitera
Ele se humilha
“Na moral chefia, nem 5 centavo!?”
O cara reitera
Ele abaixa, apanha a pedra
E broca a cabeça do cara com a banda de paralelepípedo
Os pedestres não acreditam no que vêem
Ele permanece em pé em frente ao carro
O homem está morto
Outro motorista derruba-o com um soco
Ele não reage
Comporta-se como se nada houvesse acontecido
Como se não houvesse arrependimento
Chega a polícia
Ele é algemado
A população esbraveja pelo seu linchamento
O policial ameaça com seu spray de pimenta
A massa se aglomera
O zumzumzum aumenta
São apenas dois policias
Chega a viatura de sirene ligada
Ele é posto no porta-malas
Alguém dá uma pedrada no carro
Os policiais arrancam
Um dos policiais olha para ele
Pergunta por que fez aquela desgraça
Ele não diz nada
E começa a vomitar a sopa
Estava decidido
“O primeiro disgraçado que mim negar 10 centavo eu mato”
“Mato na pedrada”
E foi para o sinal costumeiro
Pedir a esmola costumeira
E ouvir o costumeiro não
E cometer um ato desconhecido
Matará um desconhecido
Chega à esquina
No carro uma velha senhora, ele a reconhece
Ela já matara sua fome algumas vezes
Ele decide não pedir
Abre o sinal, vai o carro
Passam alguns sortudos
Ele caça uma pedra, apanha uma pedra, a pedra
Fecha o sinal
Vem um carro, o motorista percebe a pedra em sua mão
Percebe o sangue nos seus olhos e pára longe
Ele recua e larga a pedra encima do bueiro
Abre o sinal, os carros passam
Fecha o sinal, param os carros
Ele encosta, pede 10 centavos, o cara dá R$ 1,65
Abre o sinal, os carros passam
Fecha o sinal, param os carros
Ele pede, recebe R$ 0,10
Abre o sinal, os carros passam
Fecha o sinal, os carros param
Ele pede, a mulher diz não ter nada
Ele insiste
“Nem 10 centavo a sinhora num tem!?”
Ela fuça o console do carro, dá R$ 0,75
Ele conta as moedas, tem R$ 2,50
Resolve tomar uma sopa do outro lado da rua
Enquanto come, olha os carros
Não pondera, simplesmente os olha por detrás do vapor
Imagina a morte de cada motorista
Depois retorna à esquina
A pedra no mesmo lugar
Nele a mesma intenção
Fecha o sinal, param os carros
Ele pede 10 centavos, o cara diz que não tem
Ele insiste
“Nem 10 centavo o sinhô num tem!?”
O cara reitera
Ele se humilha
“Na moral chefia, nem 5 centavo!?”
O cara reitera
Ele abaixa, apanha a pedra
E broca a cabeça do cara com a banda de paralelepípedo
Os pedestres não acreditam no que vêem
Ele permanece em pé em frente ao carro
O homem está morto
Outro motorista derruba-o com um soco
Ele não reage
Comporta-se como se nada houvesse acontecido
Como se não houvesse arrependimento
Chega a polícia
Ele é algemado
A população esbraveja pelo seu linchamento
O policial ameaça com seu spray de pimenta
A massa se aglomera
O zumzumzum aumenta
São apenas dois policias
Chega a viatura de sirene ligada
Ele é posto no porta-malas
Alguém dá uma pedrada no carro
Os policiais arrancam
Um dos policiais olha para ele
Pergunta por que fez aquela desgraça
Ele não diz nada
E começa a vomitar a sopa
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Bem bom
Olho sua amiga
Até que ela comente de mim
E você me olhe
Nessa hora estarei te olhando
E você verá
E ouvirá minha boca gesticular
De modo pausado
“Quero te conhecer”
E você virá até mim
Ou irei até você
E falaremos de coisas em comum
E das coisas que goste de conversar
E onde iremos parar?
Após tantas palavras
Depois de demonstrar o grande desejo
Poderá ser no beijo
Poderá ser no amor
Quem saberá?
Minha vontade é deitá-la na mesa
E deitar-me por cima
E derrubar os pratos
E recolocar os copos
Mas o bar está cheio
Melhor tirá-la daqui
E levá-la pra onde pouco se veja
Uma penumbra de quarto
Uma penumbra de varanda
E ficaremos à vontade
À vontade com você
E desfrutarei da sua boca
Da sua língua silenciosa
Até que ela comente de mim
E você me olhe
Nessa hora estarei te olhando
E você verá
E ouvirá minha boca gesticular
De modo pausado
“Quero te conhecer”
E você virá até mim
Ou irei até você
E falaremos de coisas em comum
E das coisas que goste de conversar
E onde iremos parar?
Após tantas palavras
Depois de demonstrar o grande desejo
Poderá ser no beijo
Poderá ser no amor
Quem saberá?
Minha vontade é deitá-la na mesa
E deitar-me por cima
E derrubar os pratos
E recolocar os copos
Mas o bar está cheio
Melhor tirá-la daqui
E levá-la pra onde pouco se veja
Uma penumbra de quarto
Uma penumbra de varanda
E ficaremos à vontade
À vontade com você
E desfrutarei da sua boca
Da sua língua silenciosa
ratueira
a camisa parece uma camisola
retorcido pelo frio
imóvel na calçada do desespero
para outros é o camino da riqueza
ali acabou sua pureza
não houve adolescência
amadureceu aos tragos e sopapos
já foi roído pelos ratos
outros ratos desdenham de sua condição
mas ele sobrevive
a natureza é sua essência e seu sustento
quem poderia lhe dar uma chance?
(autor: Gabriel da Cruz Batista, vulgo "titio")
Menino de rua e só
Sem noção de afeto
Apenas uma impressão de não agressão
Sem lembrança de uma cama
Apenas o desejo de algo melhor que o chão
Sem a menor higiene
Apenas a mão suja acalentando o rosto
Passamos pelos meninos deitados no chão
Ao céu
Cobertos por papelões
Tantas foram as vezes
Tantos os meninos
Que a cena incomoda cada vez menos
Quando deveria ser o contrário
Em verdade, não nutrimos nada por eles
Senão desprezo e nojo
Aqueles seres sem função, sem salário, sem poder
São algo que sequer fede
Seu sofrimento não existe
Apenas uma impressão de não agressão
Sem lembrança de uma cama
Apenas o desejo de algo melhor que o chão
Sem a menor higiene
Apenas a mão suja acalentando o rosto
Passamos pelos meninos deitados no chão
Ao céu
Cobertos por papelões
Tantas foram as vezes
Tantos os meninos
Que a cena incomoda cada vez menos
Quando deveria ser o contrário
Em verdade, não nutrimos nada por eles
Senão desprezo e nojo
Aqueles seres sem função, sem salário, sem poder
São algo que sequer fede
Seu sofrimento não existe
A lei é seca, a mão é molhada
(foto de Al Capone)
Ele vem do restaurante
Tomara duas taças de vinho com uma bela moça
A escuridão do mar o distrai
Após uma curva cega
Ele destampa na blitz de trânsito
Estão ali para dar aplicação à Lei Seca
Ele olha pelo retrovisor, pensa em evadir-se
Sabe que será flagrado acima da gota permitida
Entretanto, não há como fugir, deve cruzar a blitz
O agente estende a mão, parece identificar seu medo
Desmunheca indicando-o que pare entre os cones
Calafrios percorrem as costas dele
Primeiro, vem a equipe de TV, câmera e luz nele
Em seguida, encosta o advogado do órgão, paletó e sisudez
Por fim, ressurge o tal agente, palito na boca
Ele imagina sua imagem circulando na internet
Sua família incriminando-o, seus amigos zombando-o
Velhos conhecidos reconhecendo-o e rindo
O agente estende o bafômetro descartável
Sem pedir qualquer documento, sem dizer nada
Ele sopra, o câmera flagra seu desconforto
O teste indica o já sabido, a repórter pergunta:
O Sr. estava bebendo? Este amassado ocorreu hoje?
Mas não pergunta se ele sente-se humilhado com a situação
O agente pergunta se ele tem condições de caminhar até a viatura
Responde que sim, segue abatido, vê mil implicações
Apoia-se no carro imundo e aceita o inevitável: está na merda
O agente risca alguns papéis, faz cara de agente mesmo e sai
Chega o advogado, pára ao lado dele e diz advogadamente:
São R$ 300,00 para sair dessa, sem crise, totalmente de boa (ponto)
Ele se alegra, afinal, economizará R$ 600,00, não deixará de dirigir por 1 ano
E preservará sua imagem, não haveria melhor solução no momento
O advogado devolve-lhe as chaves do carro e pede-o que vá buscar o real
No caminho ao caixa rápido, sua cabeça está um turbilhão
Imagina um grampo ou uma câmera escondida ou um pesadelo
Acalma-se, faz o que deve fazer e volta à blitz
O advogado encosta, pergunta se foi tudo bem, passa confiança
Ele treme feito bambu, entrega o dinheiro, recebe a habilitação
E passa pela equipe de TV, pelo agente e por outro carro parado
Já em casa, deitado em sua cama, reflete sobre todo o acontecido
Crê haver sido uma pechincha, só 300, sem ficha suja, sem TV
Porém, percebe que foi manipulado desde o começo
R$ 300,00 é um preço muito redondo, fácil de concordar
Aquela blitz era muito pequena, havia somente um agente
E conclui: 100 do agente, 100 do advogado e 100 da TV
Tomara duas taças de vinho com uma bela moça
A escuridão do mar o distrai
Após uma curva cega
Ele destampa na blitz de trânsito
Estão ali para dar aplicação à Lei Seca
Ele olha pelo retrovisor, pensa em evadir-se
Sabe que será flagrado acima da gota permitida
Entretanto, não há como fugir, deve cruzar a blitz
O agente estende a mão, parece identificar seu medo
Desmunheca indicando-o que pare entre os cones
Calafrios percorrem as costas dele
Primeiro, vem a equipe de TV, câmera e luz nele
Em seguida, encosta o advogado do órgão, paletó e sisudez
Por fim, ressurge o tal agente, palito na boca
Ele imagina sua imagem circulando na internet
Sua família incriminando-o, seus amigos zombando-o
Velhos conhecidos reconhecendo-o e rindo
O agente estende o bafômetro descartável
Sem pedir qualquer documento, sem dizer nada
Ele sopra, o câmera flagra seu desconforto
O teste indica o já sabido, a repórter pergunta:
O Sr. estava bebendo? Este amassado ocorreu hoje?
Mas não pergunta se ele sente-se humilhado com a situação
O agente pergunta se ele tem condições de caminhar até a viatura
Responde que sim, segue abatido, vê mil implicações
Apoia-se no carro imundo e aceita o inevitável: está na merda
O agente risca alguns papéis, faz cara de agente mesmo e sai
Chega o advogado, pára ao lado dele e diz advogadamente:
São R$ 300,00 para sair dessa, sem crise, totalmente de boa (ponto)
Ele se alegra, afinal, economizará R$ 600,00, não deixará de dirigir por 1 ano
E preservará sua imagem, não haveria melhor solução no momento
O advogado devolve-lhe as chaves do carro e pede-o que vá buscar o real
No caminho ao caixa rápido, sua cabeça está um turbilhão
Imagina um grampo ou uma câmera escondida ou um pesadelo
Acalma-se, faz o que deve fazer e volta à blitz
O advogado encosta, pergunta se foi tudo bem, passa confiança
Ele treme feito bambu, entrega o dinheiro, recebe a habilitação
E passa pela equipe de TV, pelo agente e por outro carro parado
Já em casa, deitado em sua cama, reflete sobre todo o acontecido
Crê haver sido uma pechincha, só 300, sem ficha suja, sem TV
Porém, percebe que foi manipulado desde o começo
R$ 300,00 é um preço muito redondo, fácil de concordar
Aquela blitz era muito pequena, havia somente um agente
E conclui: 100 do agente, 100 do advogado e 100 da TV
O depoimento de um amigo (anônimo)
João, que te faço não é um depoimento
Um ato sagrado, num ímpeto de desalento
De tarde difícil seguindo sem movimento.
Não pertence à lamúrias seguidas de desabafo
Um rapaz num ato que nada faz
Senão, compartilhar momentos e desagravos
Que sem, mais nem menos,
Insistem em não deixar-nos em paz.
Mente vertiginosa, molesta este andarilho
Seguindo passos regressos
Sempre em buscar, tal aturdido
Que não descansa em seu progresso
Que confunde sua beatitude, concuspido
Nega-se à um pedaço de carne
Para acabar-se constrido
Tremenda aflição é para ele a solidão,
Mas que importa a solidão,
Se já nascemos sós? - pergunta-se ele.
É a falta das lembranças mais longínquas
Que sua memória sensível pode levar,
Vontade do quente,
Que entre um ventre
estava a germinar.
A atitude amiga é sua falta
Ausência de coração,
Pois pulsa em seu peito faíscas
Produto da ânsia de perfeição.
Que diria de si para si tal sujeito?
que incorpora Baudelaire com catarro no peito:
No meu... (o espaço ac
Um ato sagrado, num ímpeto de desalento
De tarde difícil seguindo sem movimento.
Não pertence à lamúrias seguidas de desabafo
Um rapaz num ato que nada faz
Senão, compartilhar momentos e desagravos
Que sem, mais nem menos,
Insistem em não deixar-nos em paz.
Mente vertiginosa, molesta este andarilho
Seguindo passos regressos
Sempre em buscar, tal aturdido
Que não descansa em seu progresso
Que confunde sua beatitude, concuspido
Nega-se à um pedaço de carne
Para acabar-se constrido
Tremenda aflição é para ele a solidão,
Mas que importa a solidão,
Se já nascemos sós? - pergunta-se ele.
É a falta das lembranças mais longínquas
Que sua memória sensível pode levar,
Vontade do quente,
Que entre um ventre
estava a germinar.
A atitude amiga é sua falta
Ausência de coração,
Pois pulsa em seu peito faíscas
Produto da ânsia de perfeição.
Que diria de si para si tal sujeito?
que incorpora Baudelaire com catarro no peito:
No meu... (o espaço ac
Recanto do meu Canto (Thadeu Mendes)
Meu mundo é um recanto
Um canto...espanto
Minha vida...a noite
Uma ponte infame
Meu universo é um sonho
Ligeiro, duradouro...um conto
Meu "EU" é um devasso
Uma pessoa ao canto...vivendo ao acaso
Meu amar é um vazio
Rio fundo com pedras...raso
Meu coração uma aldeia de sentimentos...fortes e fracos
Um mundo cheio de vazio
Um sonho depravado-louco...de largos e pequenos passos
Meu tudo e tudo em mim...Vitórias de Fracassos.
Um canto...espanto
Minha vida...a noite
Uma ponte infame
Meu universo é um sonho
Ligeiro, duradouro...um conto
Meu "EU" é um devasso
Uma pessoa ao canto...vivendo ao acaso
Meu amar é um vazio
Rio fundo com pedras...raso
Meu coração uma aldeia de sentimentos...fortes e fracos
Um mundo cheio de vazio
Um sonho depravado-louco...de largos e pequenos passos
Meu tudo e tudo em mim...Vitórias de Fracassos.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Folguedos (José Carlos Berbert da Silva)
Por que sempre retornas,
Melancólica, arfante?
Hálito de jasmim, que enebria
Essas noites calmas do coração.
Volvendo-me e despertando
Serpentes já adormecidas.
Oh! Solidão, povoada de tantos mimos,
Sonhos, castelos, naufrágios.
Vida minha, pranto meu,
Fostes, deixando meus olhos
Fixos, foscos de esperança.
Olhos de quem morre,
E esquece-se de fechá-los.
Saudade, boa companheira.
Que restaria deste coração roto e solitário.
Sem essas quimeras doces, ternas e termais.
II
Licorzinho de jenipapo,
Licorzinho de São João,
O dia pressentia festa,
Bandeirolas, canjica, mangericão.
Licorzinho sorrateiro, libertou seu coração,
Pediu-me abraços e beijos, segurou a minha mão.
Olhando-te gélido, petrificado fiquei,
Pediu-me um beijo, te dei..
“Na boca”, tornou a pedir.
Estarrecido, amedrontado.
Os lábios trêmulos, toquei.
Sabíamos do nosso sentimento.
Um dia quem sabe até nos beijássemos,
Deveras.
Era mais que uma quimera antiga,
Sentida, cultivada.
Mas aquele não era o momento
De a quimera ser desatada.
Oh amiga! Fostes embora.
Aproveitas-te do licor mais e mais.
E, à noite, quando fui ao teu leito, aninhar-me
Como era costume conversarmos
Pediu-me que não mais voltasse.
Licorzinho de São João, beijos e abraços.
Jenipapo
Não mais quimeras,
Solidão.
Melancólica, arfante?
Hálito de jasmim, que enebria
Essas noites calmas do coração.
Volvendo-me e despertando
Serpentes já adormecidas.
Oh! Solidão, povoada de tantos mimos,
Sonhos, castelos, naufrágios.
Vida minha, pranto meu,
Fostes, deixando meus olhos
Fixos, foscos de esperança.
Olhos de quem morre,
E esquece-se de fechá-los.
Saudade, boa companheira.
Que restaria deste coração roto e solitário.
Sem essas quimeras doces, ternas e termais.
II
Licorzinho de jenipapo,
Licorzinho de São João,
O dia pressentia festa,
Bandeirolas, canjica, mangericão.
Licorzinho sorrateiro, libertou seu coração,
Pediu-me abraços e beijos, segurou a minha mão.
Olhando-te gélido, petrificado fiquei,
Pediu-me um beijo, te dei..
“Na boca”, tornou a pedir.
Estarrecido, amedrontado.
Os lábios trêmulos, toquei.
Sabíamos do nosso sentimento.
Um dia quem sabe até nos beijássemos,
Deveras.
Era mais que uma quimera antiga,
Sentida, cultivada.
Mas aquele não era o momento
De a quimera ser desatada.
Oh amiga! Fostes embora.
Aproveitas-te do licor mais e mais.
E, à noite, quando fui ao teu leito, aninhar-me
Como era costume conversarmos
Pediu-me que não mais voltasse.
Licorzinho de São João, beijos e abraços.
Jenipapo
Não mais quimeras,
Solidão.
Epitáfio da consciência, Camará! (Tiago Carneiro, vulgo KT)
Não proponho versos, não proponho formas, nem proponho a estética.
Proponho as idéias, vejo os sons e ouço as cores.
Caio do infinito, levanto-me ao imaginário e engano a retidão.
Pedro Paulo profissão pedreiro passa-tempo predileto pandeiro.
Preso portando pó passou os piores pesadelos presídios porões.
Patrão privilegiado pagou propina pro plantão policial saiu pela porta principal.
Partidos políticos prometem prometem pura palhaçada.
Lei seca embriagada? Casa de ferreiro, espeto de pau.
Só há no Brasil, lei que não pega, ladrão que não paga, lua pirorética.
Do Sistema democrático-representativo e da prerrogativa de foro congressista o que sabeis pobre João, o que pensais humilde José?
Saibas apenas que enquanto tu pretensamente exerces a titularidade do poder, mediante o capenga, viciado, inoponível e ineficaz sufrágio, eles regozijam-se caridando os showmícios, Dudamendonçando as imagens e paraisofiscalizando o erário público, vosso dinheiro.
Oh subalternos inertes da ignorância, não lhes conclamo a levantarem-se, mas ao menos a enxergar o que a muito não passa de pura lama, silêncio e escuridão...
Que ao menos após a minha passagem pela terra, não instigue somente os vermes e lavas que me consomem a sete palmos da terra, mas aos homens livres, se assim haverei de dignificar estes, o povo americanizoide, pagodeificado e nordestinofóbico.
Proponho as idéias, vejo os sons e ouço as cores.
Caio do infinito, levanto-me ao imaginário e engano a retidão.
Pedro Paulo profissão pedreiro passa-tempo predileto pandeiro.
Preso portando pó passou os piores pesadelos presídios porões.
Patrão privilegiado pagou propina pro plantão policial saiu pela porta principal.
Partidos políticos prometem prometem pura palhaçada.
Lei seca embriagada? Casa de ferreiro, espeto de pau.
Só há no Brasil, lei que não pega, ladrão que não paga, lua pirorética.
Do Sistema democrático-representativo e da prerrogativa de foro congressista o que sabeis pobre João, o que pensais humilde José?
Saibas apenas que enquanto tu pretensamente exerces a titularidade do poder, mediante o capenga, viciado, inoponível e ineficaz sufrágio, eles regozijam-se caridando os showmícios, Dudamendonçando as imagens e paraisofiscalizando o erário público, vosso dinheiro.
Oh subalternos inertes da ignorância, não lhes conclamo a levantarem-se, mas ao menos a enxergar o que a muito não passa de pura lama, silêncio e escuridão...
Que ao menos após a minha passagem pela terra, não instigue somente os vermes e lavas que me consomem a sete palmos da terra, mas aos homens livres, se assim haverei de dignificar estes, o povo americanizoide, pagodeificado e nordestinofóbico.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
física e cama
ela cheira atrás de minha orelha
fatalmente a temperatura cai
o calor que seu nariz furta
faz meu corpo se aquecer mais
ela cola meu corpo no dela
meche com o calor mais animal
ele circula entre nossas pernas
faz nossos corpos se unirem mais
a febre nos enlouquece
suor, mordidas, cegueira, gritos
o que antes era uma agrado leve
tornou-se um sexo superaquecido
estamos nus e fundidos
a massa indivisível do querer
levará horas até que o fogo apague
levará horas até amolecer
Sob todas as flores
Você é minha cara
típica beleza abstrata
Dessas que quanto mais vejo
muito menos conheço
E muito mais anseio
embalado por sua boca delirante
Seduz a cada ato
é minha estrela no palco
Encenando mil desejos
Encenando mil desejos
com seus femininos brinquedos
Sou seu fã cativo
a espera de uma cena de beijo
a espera de uma cena de beijo
Morena, você
tem algo que não passa
Uma eterna pirraça
feito instinto de caça
Que me faz esquecer
tudo além de você
Sob todas as flores
Sob todas as flores
venho lisonjeado
Dizer-lhe obrigado
por seu simples sorrir
E espero retribuir
todo o prazer que vem de te ver
quinta-feira, 10 de julho de 2008
A Mágica
A poesia assusta
Os olhos desavisados
Os cérebros mecanizados
Os corações de espuma
A poesia assusta
Por seu conteúdo nu
Por seus versos tergiversantes
Por suas estrofes extravagantes
E o poeta
É tido como louco
Um desses desocupados
Que perde tempo escrevendo besteiras
Enquanto o mundo tropeça em sua marcha
E o poeta
É qualquer um
Interessado em disseminar idéias
Exercitando um meio que já foi comum
E que hoje não quer dizer nada
Mas o poeta não parará
Disto tenha certeza
Escreve convencido
De que não há tempo perdido
De que não há palavra vã
Pois a poesia é seu talismã
Quem faz amor na sua vida
A arte de demudar a escrita
Em beijos, em apertar de mão
É a doce forma de ressaltar sua paixão
BEM (Lucas Pedreira)
Todo dia a mesma agonia...o bem
vai pra aula, faça isso, aquilo...o bem
trabalhe, se dedique, faça, faça....o bem
faça mais, mais, mais, mais, mais....o bem
sempre foi assim, do começo até o fim
todo dia a mesma agonia....
cobrança, cobrança.....
aarrrgghhhhhh
me deixa em paz....a minha vida.
A MINHA VIDA
eu sei como cuidar....
sei do bem que vem de quem,
sei muito bem.
mas o seu bem, nem sempre é o bem que bem me quer.
vejo, ouço, aprendo, penso...reflito
sinto....sentimento é bom, muito bom...
é algo que você sabe o que é bom...
se tornando o seu bem
vai pra aula, faça isso, aquilo...o bem
trabalhe, se dedique, faça, faça....o bem
faça mais, mais, mais, mais, mais....o bem
sempre foi assim, do começo até o fim
todo dia a mesma agonia....
cobrança, cobrança.....
aarrrgghhhhhh
me deixa em paz....a minha vida.
A MINHA VIDA
eu sei como cuidar....
sei do bem que vem de quem,
sei muito bem.
mas o seu bem, nem sempre é o bem que bem me quer.
vejo, ouço, aprendo, penso...reflito
sinto....sentimento é bom, muito bom...
é algo que você sabe o que é bom...
se tornando o seu bem
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Nas coxas
A favela nunca pára
Porque o céu é de reboco
E toda vez que a chuva cai
Escorre mais um pouco
E cada vez que a casa cai
Sobra um muro de tijolo
E quando a casa agüenta
Bate outra laje como reforço
E se a estrutura não sustenta
Nova tragédia atinge o morro
E por não ter para onde fugir
É obrigado a reconstruir de novo
Todo morro tem seu castelo
Todo castelo tem seu rei
Todo rei tem seu martelo
Todo martelo tem sua utilidade
Toda vez que o martelo arde
Toda cabeça do povo coça
Todas vêem a mesma cena
Todas as estrelas no alto da antena
Há algo de errado nesta joça
Porque o céu é de reboco
E toda vez que a chuva cai
Escorre mais um pouco
E cada vez que a casa cai
Sobra um muro de tijolo
E quando a casa agüenta
Bate outra laje como reforço
E se a estrutura não sustenta
Nova tragédia atinge o morro
E por não ter para onde fugir
É obrigado a reconstruir de novo
Todo morro tem seu castelo
Todo castelo tem seu rei
Todo rei tem seu martelo
Todo martelo tem sua utilidade
Toda vez que o martelo arde
Toda cabeça do povo coça
Todas vêem a mesma cena
Todas as estrelas no alto da antena
Há algo de errado nesta joça
) Eu e a laje de Fernando Montenegro, o bâda (
Subtil
Quando chego em casa
Ela está deitada no sofá da sala
Com a expressão cansada
A voz sonolenta
Quase dormindo
Ela puxa um assunto e eu respondo
Puxa outro e eu complemento
Até que em dado momento
Eu explodo em falas e ela adormece
Toda noite sou seu vinho
Ela sempre toma um pileque
Eu conjugo uvas maduras
Ela transforma-as em gotas de éter
Ela está deitada no sofá da sala
Com a expressão cansada
A voz sonolenta
Quase dormindo
Ela puxa um assunto e eu respondo
Puxa outro e eu complemento
Até que em dado momento
Eu explodo em falas e ela adormece
Toda noite sou seu vinho
Ela sempre toma um pileque
Eu conjugo uvas maduras
Ela transforma-as em gotas de éter
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Nossos Sonhos Foram Meus
(José Carlos Berbert da Silva)
Vai para bem longe amor,
Não deixes que eu sinta,
Esses aromas, esses cheiros,
Essas pegadas, teus rastros.
Zarpa amor, pois meu coração
Já não suporta, entorpecido está.
Leva para bem longe esse feitiço.
Deixa a tua ausente presença.
Cá estou em nossos aposentos,
Curtindo esse cálice de lânguidas tristezas.
Saudade!
Respiro-a, discreta, solenemente.
Nesses sótãos, desvãos, porões.
E essa inquietude que não me deixa enxergá-la,
Nas brumas que margeiam essa vida vã e fugaz?
Oh! E o nosso sonho de eternidade?
Nesse mundo de pecados vivemos,
Jamais nos tocamos!
Felizes fomos.
Em sonhos, quimeras.
É tarde segue teu destino.
Sempre terminas acenando,
Sorrindo, imagino.
A eternidade é doce e amena,
Como nossos sonhos foram,
Doces e amenos.
Vai para bem longe amor,
Não deixes que eu sinta,
Esses aromas, esses cheiros,
Essas pegadas, teus rastros.
Zarpa amor, pois meu coração
Já não suporta, entorpecido está.
Leva para bem longe esse feitiço.
Deixa a tua ausente presença.
Cá estou em nossos aposentos,
Curtindo esse cálice de lânguidas tristezas.
Saudade!
Respiro-a, discreta, solenemente.
Nesses sótãos, desvãos, porões.
E essa inquietude que não me deixa enxergá-la,
Nas brumas que margeiam essa vida vã e fugaz?
Oh! E o nosso sonho de eternidade?
Nesse mundo de pecados vivemos,
Jamais nos tocamos!
Felizes fomos.
Em sonhos, quimeras.
É tarde segue teu destino.
Sempre terminas acenando,
Sorrindo, imagino.
A eternidade é doce e amena,
Como nossos sonhos foram,
Doces e amenos.
Essencialíssimo
(foto: João M. Meirelles)
Eu veículo de mim
A matéria sobre os sonhos
Uma postura ereta
A alma que se curva
Tento a compreensão
A impossível compreensão
E ficam palavras pelo chão
Palavras que piso
Sinto o som das passadas
Os estalos e as risadas
E o corpo reage rapidamente
Retiro meus sapatos
O prazer está em dizer
Não em ser correspondido
Descalço piso as palavras
Meu sonho caminha comigo
(Este eu espirrei, um recorde!)
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Corriqueira
(foto: Mariana David. No close: Talita FragaFragaFraga)
A vida toma tanto rumo
Na vida de quem não tem aprumo
É semente no bico do passarinho
Nota falsa nas vendas do caminho
A tal existência desordeira
Sem casa, apego, eira ou feira
Melhor viver assim?
Ao menos, não se vislumbra o fim!
Sobre o que tem, sabe pouco
Sobre o que não tem, tampouco
Viver da sorte e da benção
Dos que amam e condenam
Quando há prédios, picha o muro
Se for uma trilha, risca o mundo
Até que chegue num cais
Nas terras dos velhos ancestrais
E diz: já estive aqui
E ouve: parta rápido daqui
Os percursos serão mapeados
Por quem possuir interesse
Em conhecer uma vida azulejada
Nas rotas do desinteresse
Onde as curvas são obras do vento
E as rosas produtos do tempo
) Eu e Caris Viesser (
Totalmente antipirético
Meu médico me receitou um antipirético
Um antes e outro depois
Tomei logo a cartela
Tinha pressa
As visões não cessavam
Os 14 antipiréticos não surtiam efeito
As visões se incendiaram
E
De repente
Reapareceu o tal do velho
Pregava seu fim de mundo na minha cabeça
Pregava e pregava e pregava
A mesma ladainha de sempre
Disse-me ele:
João, seu porra
Vai agora e salva o mundo
Pois tudo vai explodir
E me explicou tudo de novo:
De tanto retirarem minérios, petróleo e água do subsolo
A Terra ficará oca, parecendo palafita
Depois haverá um grande terremoto
De proporções mundiais
E a superfície ruirá em direção ao centro da Terra
A crosta terrestre incendiará quando entrar em contato com o magma
Formando uma grande bola de fogo
E a energia será tão medonha
Que acontecerá uma explosão apocalíptica, uma hecatombe
Com a consequente extinção da raça humana
E a formação do segundo sol
Todinho azul
Como uma lapis lazuli
Porra velho, disse eu
Vai se fuder
Sempre esse papinho de fim de mundo
Eu tenho é que me salvar primeiro, porra
Não tá vendo que eu tô ficando doido
Antes do fim do mundo será o meu
Vai aparecer no Congresso Nacional
Um antes e outro depois
Tomei logo a cartela
Tinha pressa
As visões não cessavam
Os 14 antipiréticos não surtiam efeito
As visões se incendiaram
E
De repente
Reapareceu o tal do velho
Pregava seu fim de mundo na minha cabeça
Pregava e pregava e pregava
A mesma ladainha de sempre
Disse-me ele:
João, seu porra
Vai agora e salva o mundo
Pois tudo vai explodir
E me explicou tudo de novo:
De tanto retirarem minérios, petróleo e água do subsolo
A Terra ficará oca, parecendo palafita
Depois haverá um grande terremoto
De proporções mundiais
E a superfície ruirá em direção ao centro da Terra
A crosta terrestre incendiará quando entrar em contato com o magma
Formando uma grande bola de fogo
E a energia será tão medonha
Que acontecerá uma explosão apocalíptica, uma hecatombe
Com a consequente extinção da raça humana
E a formação do segundo sol
Todinho azul
Como uma lapis lazuli
Porra velho, disse eu
Vai se fuder
Sempre esse papinho de fim de mundo
Eu tenho é que me salvar primeiro, porra
Não tá vendo que eu tô ficando doido
Antes do fim do mundo será o meu
Vai aparecer no Congresso Nacional
VIDA & VIVER (Tiago Vilan)
Vida, o que significa?
Viver seria a resposta?
Viver ultrapassa qualquer entendimento
Que entendimento seria?
Vivo porque fui condicionado ou o intenso da vida serve de inteligível
Seria dizer a mesma coisa?
Quem inventou a vida, o viver, realmente não contemplou um por cento do que realmente venha a ser VIVER
Viver ultrapassa qualquer entendimento
Que entendimento seria?
Vivo porque fui condicionado ou o intenso da vida serve de inteligível
Seria dizer a mesma coisa?
Quem inventou a vida, o viver, realmente não contemplou um por cento do que realmente venha a ser VIVER
Chego a minha humilde conclusão de que viver nada mais é do que aprender diariamente
Aprender o que?
Aprender o que?
quinta-feira, 3 de julho de 2008
E esse?
E esse?
E esse o quê?
Você sabe!
Não sei não!
Todo mundo sabe!
Não sei não!
Você tanto sabe que diz que não sabe!
Eu continuo sem saber,
Sinto em lhe dizer,
Sei não!
Pois deveria saber,
Saber é essencial!
Me intriga sua sabedoria,
Diz que devo saber,
Mas não diz o quê!
O quê é a questão,
Como você não sabe o que deveria saber,
Vai ficar sem entender o quê da interrogação!
E esse o quê?
Você sabe!
Não sei não!
Todo mundo sabe!
Não sei não!
Você tanto sabe que diz que não sabe!
Eu continuo sem saber,
Sinto em lhe dizer,
Sei não!
Pois deveria saber,
Saber é essencial!
Me intriga sua sabedoria,
Diz que devo saber,
Mas não diz o quê!
O quê é a questão,
Como você não sabe o que deveria saber,
Vai ficar sem entender o quê da interrogação!
Eu vi daqui
Sinto as palpitações do seu coração.
Na verdade,
Ouço seu coração batendo do outro lado da mesa
Pulsando sobre um guardanapo
Escrevendo um querer
A mulher te alimenta
Faz você querer esse poema
Querer que ela o queira
Que ela queira o seu querer
Você brinca com o quer, como quer
Já vai ruborizado, ansioso, esfomeado
Pois seu sentimento vaindo embora
Caminhando pelo braço até os dedos
Materializando-se sobre o papel usado
Você o imagina passando de mão em mão
As bocas que o beijarão
Um beijo em você, outro no guardanapo
Um beijo em você, outro no guardanapo
Assim manda a educação dos lábios
Faça muito mais que um cantar
Vá direto ao fato, à mulher, ao ato
Em direção ao abstrato
Encontre o anonimato
Faço uso das palavras do desejo
Tanto há no seu peito
Compartilha com essa Deusa
As poesias que tua mente beija
Os escândalos que repartem seu coração
)Eu e Leovigildo(
Na verdade,
Ouço seu coração batendo do outro lado da mesa
Pulsando sobre um guardanapo
Escrevendo um querer
A mulher te alimenta
Faz você querer esse poema
Querer que ela o queira
Que ela queira o seu querer
Você brinca com o quer, como quer
Já vai ruborizado, ansioso, esfomeado
Pois seu sentimento vaindo embora
Caminhando pelo braço até os dedos
Materializando-se sobre o papel usado
Você o imagina passando de mão em mão
As bocas que o beijarão
Um beijo em você, outro no guardanapo
Um beijo em você, outro no guardanapo
Assim manda a educação dos lábios
Faça muito mais que um cantar
Vá direto ao fato, à mulher, ao ato
Em direção ao abstrato
Encontre o anonimato
Faço uso das palavras do desejo
Tanto há no seu peito
Compartilha com essa Deusa
As poesias que tua mente beija
Os escândalos que repartem seu coração
)Eu e Leovigildo(
Vanessa,
) Dedico aos amigos presentes: Ted, Fred, Mouse, Praxa, Kbça e Leovigildo (
Seu perfil de Helena
Encanta como uma canção serena
Desço sua testa até o queixo
E, quase que simplesmente, saio do eixo
Tem o feitiço do rio
Tão júbilo e cristalino
Que as razões perdem o tino
Tudo se torna um desvario
Ah delírio, vejo tua face fêmea
Sentada, indefesa, de amarelo
Queria Deus seja o elo
Fazer-te este doce poema
Seu perfil de Helena
Encanta como uma canção serena
Desço sua testa até o queixo
E, quase que simplesmente, saio do eixo
Tem o feitiço do rio
Tão júbilo e cristalino
Que as razões perdem o tino
Tudo se torna um desvario
Ah delírio, vejo tua face fêmea
Sentada, indefesa, de amarelo
Queria Deus seja o elo
Fazer-te este doce poema
terça-feira, 1 de julho de 2008
Breve mais o quê
Estou cheio de sensações nas veias
Procuro apenas uma ilustração cerebral
Recorro às estantes
Vasculho-as excitantes
Por inúmeros instantes
Cago na calçada
Seco o olho da transeunte
E o mistério se presume
Há a voz
Ninando-me - vela acesa
Mas redurmo atravessado
Mania de pensador
Só pode ser
Estou querendo sempre mais
Procuro apenas uma ilustração cerebral
Recorro às estantes
Vasculho-as excitantes
Por inúmeros instantes
Cago na calçada
Seco o olho da transeunte
E o mistério se presume
Há a voz
Ninando-me - vela acesa
Mas redurmo atravessado
Mania de pensador
Só pode ser
Estou querendo sempre mais
Coisas do hipotálamo
Sei que a independência da Bahia é comemorada no 12 de junho
Ou melhor
No 2 de julho
Acontece que, às vezes, me esqueço
Além do mais
Batalhas não deveriam ser comemoradas
Mesmo uma independência, pois calcada em sangue
Até mesmo uma revolta, pois 18 morreram
Sempre programadas, arquitetadas
Essas desumanas agressões à natureza humana
Não podem ser esquecidas
Só não precisam ser assim lembradas
Como um sino alertando às 18 horas
Lembro de datas
Na maioria das poucas vezes
Úteis
Como aniversário, quando irei à festa
Datas importantes para minha namorada, quando evitarei brigas
E outras que não lembro
No momento
Lembro daquelas sem dia específico
O dia que saí de casa
O dia da formatura
O dia em que perdi a virgindade
Em pé, atrás da Delegacia, na beira da pista
Tenho lido e ouvido alguns sábios
Homens e mulheres que me dizem coisas estranhas
Estranhas como “a vida é um sopro”
E nesses ensinamentos tenho calcado meus pensamentos
Então
Não perco tempo comemorando datas “importantes”, lembramentos aguerris
Por mais antipatriótico ou antibaianidade que possa parecer
Ou melhor
No 2 de julho
Acontece que, às vezes, me esqueço
Além do mais
Batalhas não deveriam ser comemoradas
Mesmo uma independência, pois calcada em sangue
Até mesmo uma revolta, pois 18 morreram
Sempre programadas, arquitetadas
Essas desumanas agressões à natureza humana
Não podem ser esquecidas
Só não precisam ser assim lembradas
Como um sino alertando às 18 horas
Lembro de datas
Na maioria das poucas vezes
Úteis
Como aniversário, quando irei à festa
Datas importantes para minha namorada, quando evitarei brigas
E outras que não lembro
No momento
Lembro daquelas sem dia específico
O dia que saí de casa
O dia da formatura
O dia em que perdi a virgindade
Em pé, atrás da Delegacia, na beira da pista
Tenho lido e ouvido alguns sábios
Homens e mulheres que me dizem coisas estranhas
Estranhas como “a vida é um sopro”
E nesses ensinamentos tenho calcado meus pensamentos
Então
Não perco tempo comemorando datas “importantes”, lembramentos aguerris
Por mais antipatriótico ou antibaianidade que possa parecer
Permanecerei no mundo por uma temporada
De passagem
Melhor é aproveitar e construir novas ondas
Muito mais importantes para minha vida
Ou, quiçá, para a de todos
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