sábado, 6 de setembro de 2008

Catre duro

Autores: eu e diniz, mais Diniz doq eu

segundos atrás
nada diria
silêncio me faço
me mordo calado
mas nada profiro

torço por um
aquele pé d'alma
que sensível perceba
em meus traços enseja
dormência imprimida

queria poder
daqueles que são
inrrompem enérgicos
de onde não sei
mas são fortes em termos
ululam, eu sei

meu dia finito, assim o descrevo
o que me angustia?
por que há dor em meu peito?
em momentos dilacerantes,
onde há pausas inconstantes,
possa um amigo me ajudar
que minhas dificuldades
de ser, possa ele saber
pois sei que o sabe, e seu desânimo
pode ser uma ausência de ser útil
à um claro amigo em torpor

te peço, meu amigo
busque entender o meu conflito
pois hj me sinto o último dos homens
não sei se posso ir longe;
não sei se posso ir mais,

Diga-me, como pode ser:
sentir-se jovem pela manhã
pela tarde entristecer?
A noite se assenta no homem
como inevitável infortúnio;
Há frases que o tentam animar:
"amanhã o sol se porá", "ame a noite
como meio para um novo dia",
mas pobre moribundo ...

não vê mais que nostalgia
se sente chora, se chora ri
pra que tanto sentir?

Talvez seja um sentidor
Mais um incompreendido sentimental
Que busca vida em tudo
Que busca amor acima de tudo
Mas se vê cercado, em meio ao caos
Não é fácil germinar – te digo
Viver com arte requer
Além de senso critico
Muita coragem
Enfrentar um mundo de coisas postas
Sedimentadas
Revoltar-se parece piada
Mas é este seu trabalho
Rir de sua cara diante do espelho
Compreender
Que vive diferentes
Não és indiferente
Sente até pelos cotovelos

Não chore amigo
E se voltar a chorar
Conte comigo
Tb sou um desses infortunados que vagam perdidos
Sem fazer parte de quase nada
Se sentindo um desprezado
Um poeta de castigo

oh, querido amigo,
terno brilho infindo
custo acreditar
respondesse desta forma
qual natureza inata
que me fez sentir
leve gosto em existir
adoro como compreendes
pois és alma contente
para fazer-me chorar outra vez
E se choro não te aborreças
palavras mais lindas esqueça
que toca o fundo deste coração transbordante
que nada mais pediu, nesse mundo de viris
que um outro, sem lisonjas, seja ...
feito esponja

vou-me, caro amigo
mergulhar no infinito
peço tua permissão
para que beba do meu coração
este pedaço de carne ardente
que, quando muito, sente
um pouco de emoção...
agora vou-me
pois não devo mais alongar
preciso terminar o conflito
antes que ele termine comigo

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