Eu sofro de lampejos
E meu remédio é escrever
Se não expulso o que vejo
Minha alma passa a doer
Vêm em relâmpagos de luz
E estremecem todo meu ser
Sua origem, só Deus deduz
Apenas sinto acontecer
Detesto me lembrar da época
Em que uma linha sequer escrevia
Foi quando nada fez sentido
Tudo parecia esquizofrenia
Durante minha infância
Fui tido como louco-mirim
Por exteriorizar aos risos
As imagens que só surgiam a mim
Fui um adolescente perseguido
Comentavam que vivia drogado
Por agir de modo encolhido
E passar muito tempo calado
Me libertei ao virar adulto
Tive certeza de carregar o bem
E passei a desabafar cada vulto
A construir o mundo do Além
Agora me acham poeta
É hilário ver a revira-volta
Os ratos que me chamavam “coitado”
Curvam-se às minhas linhas tortas
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Alumbramentos
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Um comentário:
muito massa
eahh
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