terça-feira, 30 de setembro de 2008
Poetas
Não me contem seus sonhos
Não me expliquem suas desilusões
Não aguento lê-los
Cansei de ouvi-los
Tampouco, consigo reler-me
Aqueles poemas sem nexo
A incompreensão dos versos tristes
Tudo continuará como está
Nada embelezará minha escrita
Quero-a crua como sou
Como é meu interior
Não a quero poética
Quero-a má e furiosa
Como o espírito que carrego
E que me leva
Aos amigos queridos
Meus queridos amigos, já não os conheço.
Tornaram-se amigos de outros, como tornei-me.
Novas amizades, novos fatos, novas vidas os mudaram.
Aos poucos fomos perdendo aquela tal identidade.
Tornaram-se amigos de outros, como tornei-me.
Novas amizades, novos fatos, novas vidas os mudaram.
Aos poucos fomos perdendo aquela tal identidade.
Vivíamos como uma tribo: mesmos hábitos e costumes.
Era como se não houve família, éramos amigos e nos bastávamos.
Um telefonema e estávamos reunidos, aglomerados.
Só haveria alegria se todos estivessem ao lado.
Cada pirraça dependia da presença do outro e do outro.
Embarcamos em histórias para serem contadas por toda vida.
Brigamos, discutimos, fizemos as pazes, saímos ganhando.
Desfrutamos de um laço tão puro, que pode ser percebido noutros bichos.
E o mundo gira, cambaleia, e fomos para vários lados,
Dar seqüência ao ciclo da existência, aos planos formados.
E levamos no peito aquela amizade sem tamanho ou equivalente.
E achamos noutros traços aqueles rostos amigáveis e seguimos adiante.
Já não somos aquelas pessoas que pensavam tão coesamente.
Já não somos tão ligados, mas ainda somos amigos.
Apesar das distâncias dos pensamentos.
Muito embora não nos vejamos há tempos.
Continuamos amigos, amigos profundamente.
Obs.: achei essa sem querer, perdida entre alguns fragmentos. Quase pude sentir as forças que levaram-me a escrevê-la.
Era como se não houve família, éramos amigos e nos bastávamos.
Um telefonema e estávamos reunidos, aglomerados.
Só haveria alegria se todos estivessem ao lado.
Cada pirraça dependia da presença do outro e do outro.
Embarcamos em histórias para serem contadas por toda vida.
Brigamos, discutimos, fizemos as pazes, saímos ganhando.
Desfrutamos de um laço tão puro, que pode ser percebido noutros bichos.
E o mundo gira, cambaleia, e fomos para vários lados,
Dar seqüência ao ciclo da existência, aos planos formados.
E levamos no peito aquela amizade sem tamanho ou equivalente.
E achamos noutros traços aqueles rostos amigáveis e seguimos adiante.
Já não somos aquelas pessoas que pensavam tão coesamente.
Já não somos tão ligados, mas ainda somos amigos.
Apesar das distâncias dos pensamentos.
Muito embora não nos vejamos há tempos.
Continuamos amigos, amigos profundamente.
Obs.: achei essa sem querer, perdida entre alguns fragmentos. Quase pude sentir as forças que levaram-me a escrevê-la.
Propriedade solar
Ela sente o calor do Saara
E seu queimar é tão pulsante
Que ao olhar o sol pela janela
O céu se ensolara, desanuvia
Para que todos possam vê-la brilhar
Sai sempre de saia, pouco vestida, atrevida
Tem de fora o pé da barriga, os ombros
E o vapor da carne a humedecer olhares
Sua força arde como lava cremosa
Por isso caminhe com naturalidade
Trejeitando destreza e desapego ao real
Essa criatura incandescente
Ativa construtora de sua história
Conta com a concordância dos astros
Por ser astro na terra, irmã do tempo
De predicativos humanos em sentido desumano
O seu calor adere aos corpos receptivos, yin e yang
Aos homens vorazes, às mulheres capciosas
Às crianças risonhas, aos idosos, ao cão de rua
Eles a vêem e a comem e precisam tocá-la
Desejam e querem consumi-la totalmente
Ela é coisa e dela necessitam ainda mais
Tê-la nua no cômodo feito lâmpada ligada
Mas ela, ela vive em si e para fora
Independe do resto, desobedece ao curso formal
As mulheres que exala pelos poros e gestos e palavras
Desconhecem sujeito apto a dominá-las
Capaz de retribuir-lhes os prazeres à altura
A Mulher, essa figura, apesar de tudo, os serve
E os ama e nem percebem
Ela passa com a intenção de acordá-los
De subverter a monótona paisagem do dia gris
Ao deixar nos olhares um tiquinho de plena luminosidade
E seu queimar é tão pulsante
Que ao olhar o sol pela janela
O céu se ensolara, desanuvia
Para que todos possam vê-la brilhar
Sai sempre de saia, pouco vestida, atrevida
Tem de fora o pé da barriga, os ombros
E o vapor da carne a humedecer olhares
Sua força arde como lava cremosa
Por isso caminhe com naturalidade
Trejeitando destreza e desapego ao real
Essa criatura incandescente
Ativa construtora de sua história
Conta com a concordância dos astros
Por ser astro na terra, irmã do tempo
De predicativos humanos em sentido desumano
O seu calor adere aos corpos receptivos, yin e yang
Aos homens vorazes, às mulheres capciosas
Às crianças risonhas, aos idosos, ao cão de rua
Eles a vêem e a comem e precisam tocá-la
Desejam e querem consumi-la totalmente
Ela é coisa e dela necessitam ainda mais
Tê-la nua no cômodo feito lâmpada ligada
Mas ela, ela vive em si e para fora
Independe do resto, desobedece ao curso formal
As mulheres que exala pelos poros e gestos e palavras
Desconhecem sujeito apto a dominá-las
Capaz de retribuir-lhes os prazeres à altura
A Mulher, essa figura, apesar de tudo, os serve
E os ama e nem percebem
Ela passa com a intenção de acordá-los
De subverter a monótona paisagem do dia gris
Ao deixar nos olhares um tiquinho de plena luminosidade
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Teses sobre a tática eleitoral
1 – As eleições são o campo de disputa próprio das diversas frações da burguesia ao redor do estado, para se saber qual ou tal fração comandará a máquina governamental, qual correlação de forças se estabelecerá entre ditas frações em disputa pelo comando de cargos e postos na máquina estatal. As eleições, isto é, o sufrágio universal correspondem à democracia burguesa erigida em estado parlamentar e por meio destas as frações burguesas se alternam no comando estatal sem a necessidade de rupturas violentas.
2 - O método da disputa eleitoral, sobretudo em “épocas pacíficas”, constitui o único meio possível para se chegar ao comando do estado burguês, o que não exclui, que em ‘épocas de crise’, certos agrupamentos políticos representando interesses de alguma fração ou mesmo da totalidade da burguesia (especialmente em épocas em que seu poder se vê ameaçado) possam chegar ao comando do estado burguês por meio de um golpe palaciano ou uma revolução política. Nas eleições intervém necessariamente o poder econômico. Por ser a burguesia a classe dominante materialmente no regime do capital as disputas entre suas frações se convertem em disputas envolvendo uma gastança fabulosa de dinheiro para eleger seus candidatos. Tal gastança permite ainda à burguesia tornar a disputa do estado quase inacessível ou ao menos reduzir em muito o potencial de disputa das demais classes, exploradas e submetidas a ela, sobre o poder de estado.
3 – A estratégia revolucionária é a da ditadura do proletariado, isto é, da destruição da máquina governamental burguesa, amplamente apoiada na burocracia e no exército permanente, e da sua substituição pelo povo armado e por organismos de poder dos operários. Única forma estatal, através da qual é possível expropriar a burguesia, realizar as tarefas democráticas pendentes e estabelecer o desenvolvimento das relações socialistas de produção com o objetivo da constituição da sociedade sem classes, o comunismo.
4 – A tática do partido revolucionário consiste em atuar no seio das massas trabalhadoras, impulsionar a luta econômica e transformá-la em batalha política contra a burguesia e seu estado. A insurreição armada contra a burguesia só é possível na medida em que a maioria nacional oprimida dirigida pelo proletariado tenha superado suas ilusões na condução do país pela burguesia e esta tenha sido derrotada ideologicamente pelo partido revolucionário. Uma vez que as massas estão embriagadas com a ideologia burguesa, não possuindo consciência de classe e não confiando em suas próprias forças e métodos de luta sendo arrastadas pelas promessas burguesas para o circo eleitoral cabe ao partido revolucionário fazer a disputa pela influencia nos trabalhadores também neste terreno. Trata-se neste caso da tática eleitoral dos revolucionários.
5 – Os partidos da pequena burguesia, que estão numa relativa dependência política da burguesia e se propõe a introduzir reformas no sistema econômico, mas nunca sua derrubada, disputam com burguesia a condução do estado e se lançam nas eleições com vistas a disputar com as frações burguesas o aparelho governamental. O que significa que os reformistas disputam com as frações burguesas o controle sobre as massas arrastadas pelo processo eleitoral, mas unicamente com o propósito de aperfeiçoar o sistema de exploração do capital.
6 – A tática eleitoral, consiste em intervir nas eleições com o programa proletário, isto é, defender as reivindicações mais sentidas das massas, denunciar as eleições como uma farsa para a enganar os trabalhadores, defender a construção do partido revolucionário e apontar a saída estratégica para a crise capitalista: a revolução proletária. As mais variadas formas de intervenção eleitoral tais como: alianças eleitorais; apoio eleitoral a determinados candidatos ou partido de base operária; intervenção direta do partido revolucionário com candidatos próprios, defesa do voto nulo programático etc dependem das condições do país, da penetração do partido entre as massas e da conjuntura eleitoral. As mais variadas formas de intervenção nas eleições devem estar sempre subordinadas à estratégia da revolução e ditadura proletárias.
7 – A história da luta de classes ensina que a vitória eleitoral do partido revolucionário e sua intervenção da tribuna parlamentar só ajudam a aumentar a influência das idéias revolucionárias entre os trabalhadores de todo o país. A atuação dos revolucionários no parlamento burguês, ao contrário da atuação dos partidos da pequena burguesia reformista, deverá ser sempre a de tribuno do proletariado na denúncia das condições de vida das massas, dos crimes da burguesia etc e se subordinando ao método da ação direta das massas.
2 - O método da disputa eleitoral, sobretudo em “épocas pacíficas”, constitui o único meio possível para se chegar ao comando do estado burguês, o que não exclui, que em ‘épocas de crise’, certos agrupamentos políticos representando interesses de alguma fração ou mesmo da totalidade da burguesia (especialmente em épocas em que seu poder se vê ameaçado) possam chegar ao comando do estado burguês por meio de um golpe palaciano ou uma revolução política. Nas eleições intervém necessariamente o poder econômico. Por ser a burguesia a classe dominante materialmente no regime do capital as disputas entre suas frações se convertem em disputas envolvendo uma gastança fabulosa de dinheiro para eleger seus candidatos. Tal gastança permite ainda à burguesia tornar a disputa do estado quase inacessível ou ao menos reduzir em muito o potencial de disputa das demais classes, exploradas e submetidas a ela, sobre o poder de estado.
3 – A estratégia revolucionária é a da ditadura do proletariado, isto é, da destruição da máquina governamental burguesa, amplamente apoiada na burocracia e no exército permanente, e da sua substituição pelo povo armado e por organismos de poder dos operários. Única forma estatal, através da qual é possível expropriar a burguesia, realizar as tarefas democráticas pendentes e estabelecer o desenvolvimento das relações socialistas de produção com o objetivo da constituição da sociedade sem classes, o comunismo.
4 – A tática do partido revolucionário consiste em atuar no seio das massas trabalhadoras, impulsionar a luta econômica e transformá-la em batalha política contra a burguesia e seu estado. A insurreição armada contra a burguesia só é possível na medida em que a maioria nacional oprimida dirigida pelo proletariado tenha superado suas ilusões na condução do país pela burguesia e esta tenha sido derrotada ideologicamente pelo partido revolucionário. Uma vez que as massas estão embriagadas com a ideologia burguesa, não possuindo consciência de classe e não confiando em suas próprias forças e métodos de luta sendo arrastadas pelas promessas burguesas para o circo eleitoral cabe ao partido revolucionário fazer a disputa pela influencia nos trabalhadores também neste terreno. Trata-se neste caso da tática eleitoral dos revolucionários.
5 – Os partidos da pequena burguesia, que estão numa relativa dependência política da burguesia e se propõe a introduzir reformas no sistema econômico, mas nunca sua derrubada, disputam com burguesia a condução do estado e se lançam nas eleições com vistas a disputar com as frações burguesas o aparelho governamental. O que significa que os reformistas disputam com as frações burguesas o controle sobre as massas arrastadas pelo processo eleitoral, mas unicamente com o propósito de aperfeiçoar o sistema de exploração do capital.
6 – A tática eleitoral, consiste em intervir nas eleições com o programa proletário, isto é, defender as reivindicações mais sentidas das massas, denunciar as eleições como uma farsa para a enganar os trabalhadores, defender a construção do partido revolucionário e apontar a saída estratégica para a crise capitalista: a revolução proletária. As mais variadas formas de intervenção eleitoral tais como: alianças eleitorais; apoio eleitoral a determinados candidatos ou partido de base operária; intervenção direta do partido revolucionário com candidatos próprios, defesa do voto nulo programático etc dependem das condições do país, da penetração do partido entre as massas e da conjuntura eleitoral. As mais variadas formas de intervenção nas eleições devem estar sempre subordinadas à estratégia da revolução e ditadura proletárias.
7 – A história da luta de classes ensina que a vitória eleitoral do partido revolucionário e sua intervenção da tribuna parlamentar só ajudam a aumentar a influência das idéias revolucionárias entre os trabalhadores de todo o país. A atuação dos revolucionários no parlamento burguês, ao contrário da atuação dos partidos da pequena burguesia reformista, deverá ser sempre a de tribuno do proletariado na denúncia das condições de vida das massas, dos crimes da burguesia etc e se subordinando ao método da ação direta das massas.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
DIA DE LUTA PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
28 DE SETEMBRO
Domingo
Pic-Nic
De 09:30 às 13:30 h., nas Gordinhas de Ondina
Junte-se a nós nesse Dia de Luta.
Vista-se de branco, roupa leve, traga um lanche, as crianças e venha participar das atividades de WenDo, Dança, Malabares e Panfletagem.
NENHUMA MULHER DEVE SER PERSEGUIDA, HUMILHADA OU PRESA PELA PRÁTICA DO ABORTO !!!
Frente pela Legalização do Aborto
Domingo
Pic-Nic
De 09:30 às 13:30 h., nas Gordinhas de Ondina
Junte-se a nós nesse Dia de Luta.
Vista-se de branco, roupa leve, traga um lanche, as crianças e venha participar das atividades de WenDo, Dança, Malabares e Panfletagem.
NENHUMA MULHER DEVE SER PERSEGUIDA, HUMILHADA OU PRESA PELA PRÁTICA DO ABORTO !!!
Frente pela Legalização do Aborto
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Mãos ao lápis
Verdade seja dita
Deus me livre ser polícia
O que mais me mataria
Seria ter de manter-me vigilante
Todas as horas do dia
Previnido do mundo
O temor pela segurança da família
Conviver com ameaças, viveríamos inseguros
Reclusos, reféns
Deus me livre ser polícia
O que mais me mataria
Seria ter de manter-me vigilante
Todas as horas do dia
Previnido do mundo
O temor pela segurança da família
Conviver com ameaças, viveríamos inseguros
Reclusos, reféns
Arma sempre ao alcance
Arma na cintura, arma no pé, recarga no bolso
Gás-paralisante
Para reagir a qualquer instante: assalto, revide
Não poder aproveitar o anonimato das ruas
Cada sujeito seria suspeito, as faces se misturariam
Nenhum lugar agradaria, o povo seria medonho
Estar à paisana apenas dentro do mar
E nadar, mas não adentrar o oceano
Ser obrigado a matar
Mirrar na cabeça, mirrar no coração
Em nome da profissão
Para continuar vivendo
Lidar com sujeitos de real maldade
Conversar-lhes, respirá-la
Não poder aproveitar o anonimato das ruas
Cada sujeito seria suspeito, as faces se misturariam
Nenhum lugar agradaria, o povo seria medonho
Estar à paisana apenas dentro do mar
E nadar, mas não adentrar o oceano
Ser obrigado a matar
Mirrar na cabeça, mirrar no coração
Em nome da profissão
Para continuar vivendo
Lidar com sujeitos de real maldade
Conversar-lhes, respirá-la
Internalizá-la, morrer por dentro
Crucificar minha amada poesia
Me restariam os contos policiais
Crucificar minha amada poesia
Me restariam os contos policiais
Dinheiro e estabilidade quase me convenceram
Paz e poesia sangraram do peito
Paz e poesia sangraram do peito
Alá Messiê
Autor: Messiê, o cara da confirmacion
Sem pena
sepultaram ele!
Tudo no silêncio,
escondido pelos tapumes
Como se construissem
uma nova escola
Rápido sem demora
As árvores ele manteve,
E os passarinhos?
Irão morrer de sede
E no parquinho
a noite não têm crianças
tem o homem da bermuda branca
Mas fiquemos tranquilos
pois jã estão na rua
os soldados de papel"
Sem pena
sepultaram ele!
Tudo no silêncio,
escondido pelos tapumes
Como se construissem
uma nova escola
Rápido sem demora
As árvores ele manteve,
E os passarinhos?
Irão morrer de sede
E no parquinho
a noite não têm crianças
tem o homem da bermuda branca
Mas fiquemos tranquilos
pois jã estão na rua
os soldados de papel"
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Como pensei
Não sei se ela quer minha poesia
Ouvir-me declamá-la na cama desfeita
Sob beijos apaixonados e sutis carícias
Não sei se ela quer meu membro
Amando-a fatalmente no colchão desforrado
Sob tapas acesos e beliscões malvados
Talvez busque esses dois homens
Talvez não se interesse por nenhum
Talvez adore transar com vários
Sei que a deixarei refestelada no leito
Serena e mole, abraçada ao travesseiro
Pensando em quem cabou de ter ao lado
Ouvir-me declamá-la na cama desfeita
Sob beijos apaixonados e sutis carícias
Não sei se ela quer meu membro
Amando-a fatalmente no colchão desforrado
Sob tapas acesos e beliscões malvados
Talvez busque esses dois homens
Talvez não se interesse por nenhum
Talvez adore transar com vários
Sei que a deixarei refestelada no leito
Serena e mole, abraçada ao travesseiro
Pensando em quem cabou de ter ao lado
Bom do dia
Cheiro de mulher de manhã
Aroma que qualifica o frescor do vento
Alcanço-o tanto quanto posso, sou dele
Pelos pêlos, através do corpo, com os olhos
Essa fêmea de pele aromatizante
Vasta como a fina essência do jasmim
Ativa meu matutino instinto leonino
O dia ganha graça, nem bem havia despertado
Imagino-a saindo entre os vapores do banho morno
Enxugando as gotas, desembaraçando os cachos
Passa o creme no rosto, depois passa outro no corpo
E sela as carnes com lavanda, até à altura dos joelhos
Imagino-a se olhando no espelho embaçado
Nua, admirando aqueles lindos seios suculentos
E veste a calcinha cheirosa com rendas e pérola
E se olha de lado e se olha de costas
Cheiro de mulher de manhã, que brisa quente
O calor do ar do dia do amor da vida do sexo
Senti-lo é dormir até bem mais tarde, insone
Lembrado-se da pele sestrosa, perfume de carne
Aroma que qualifica o frescor do vento
Alcanço-o tanto quanto posso, sou dele
Pelos pêlos, através do corpo, com os olhos
Essa fêmea de pele aromatizante
Vasta como a fina essência do jasmim
Ativa meu matutino instinto leonino
O dia ganha graça, nem bem havia despertado
Imagino-a saindo entre os vapores do banho morno
Enxugando as gotas, desembaraçando os cachos
Passa o creme no rosto, depois passa outro no corpo
E sela as carnes com lavanda, até à altura dos joelhos
Imagino-a se olhando no espelho embaçado
Nua, admirando aqueles lindos seios suculentos
E veste a calcinha cheirosa com rendas e pérola
E se olha de lado e se olha de costas
Cheiro de mulher de manhã, que brisa quente
O calor do ar do dia do amor da vida do sexo
Senti-lo é dormir até bem mais tarde, insone
Lembrado-se da pele sestrosa, perfume de carne
.
.
Obs: fazer poesia é o melhor passa-tempo do mundo. É terapéutica, relaxante e inofensiva!
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Forró da axila (rasta chinela messiê)
Não há carne mais macia
Que axila feminina
Ou buraco tão cheiroso
Quanto o do canto do olho
Nem há pele mais sedosa
Que a do meio das costa
Muito menos umas coxa
Que adoce o céu da boca
.
Rapariga tem o dom
De encantar com sutileza
Cada dedo de detalhe
Enche ela de beleza
.
Quando olho uma moça
Encontro fácil a formosura
Não vejo nada de Santa
Nem um tiquinho de candura
Há malicia no seu rosto
E um bocado de desejo
De nós colar o corpo
E se pegar logo num beijo
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
De passagem
Autor: Leonardo Pedreira
A dor que nasce no peito
Angustia a alma
Os ruídos fúnebres trazem o silêncio
O vazio que afunda os sentidos
Adormece no vento frio da solidão
Nada mais vale a pena
A saída aparece no infinito
Uma luz ao encontro de um olhar
Apenas um pensamento leviano
Ainda não foi dessa vez,
Já é hora de acordar.
Alívio (em resposta ao poema acima)
Autor: Diogo Guanabara
A angustia que sentes
a ti não mais pertence.
Num papel, há dor
de um peito incrédulo.
Que fique nele, pois.
Com todas as agruras e desgostos
de um mar asno:
Sedento de amar
vacilante no querer.
Não perca de vista o objeto!
Lápis e papel, confidentes fieis.
Verás que não está só.
"É caminhando que se caminha".
A dor que nasce no peito
Angustia a alma
Os ruídos fúnebres trazem o silêncio
O vazio que afunda os sentidos
Adormece no vento frio da solidão
Nada mais vale a pena
A saída aparece no infinito
Uma luz ao encontro de um olhar
Apenas um pensamento leviano
Ainda não foi dessa vez,
Já é hora de acordar.
Alívio (em resposta ao poema acima)
Autor: Diogo Guanabara
A angustia que sentes
a ti não mais pertence.
Num papel, há dor
de um peito incrédulo.
Que fique nele, pois.
Com todas as agruras e desgostos
de um mar asno:
Sedento de amar
vacilante no querer.
Não perca de vista o objeto!
Lápis e papel, confidentes fieis.
Verás que não está só.
"É caminhando que se caminha".
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
DECLARAÇÃO DA 4ª INTERNACIONAL SOBRE A SITUAÇÃO NA BOLÍVIA
Apoio incondicional ao povo boliviano e seu governo legítimo!
Fora a ingerência do imperialismo estadunidense!
Há meses, a administração Bush e seu embaixador em La Paz, Philippe Goldberg, não param de tramar um golpe contra o governo legítimo de Evo Morales. Para eles esse é um governo culpado de decretar, em 1º de maio de 2006, a nacionalização do gás e dos hidrocarbonetos; de nacionalizar a empresa de telefonia Entel e uma série de empresas e serviços estratégicos; de ter feito reforma agrária e começado a discutir com a COB o restabelecimento de um sistema de aposentadoria por repartição. A administração estadunidense procede da mesma maneira que procedeu quando Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela: tentou, por todos os meios, apoiar um golpe de Estado para reverter a situação, em 11 de abril de 2002.
O embaixador estadunidense, Philippe Goldberg, não é qualquer embaixador. Antes de chegar à Bolívia, em 2006, ele trabalhou no escritório do Departamento de Estado para a Bósnia durante a guerra de esfacelamento da Iugoslávia. De 2004 a 2006, ele foi o chefe de missão em Prístina (Kosovo), jogando um papel fundamental na pseudo "independência" de Kosovo e na "separação étnica" entre kosovares e sérvios.
É o próprio Philippe Goldberg quem retoma essa mesma tarefa na Bolívia, financiando e planejando com os prefeitos de Santa Cruz, Tarija... o esfacelamento da Bolívia. Ele até prometeu o envio de tropas sob a égide da ONU para garantir a separação destes departamentos.
Essa política que vilipendia hoje os direitos mais elementares do povo boliviano é a política de Bush no mundo inteiro. Uma política que, em nome da "guerra sem fim", já provocou 1.200.000 mortes no Iraque, estendeu a guerra para todas as regiões (Afeganistão, Paquistão...) e incitou um confronto entre os povos do Cáucaso. É essa política que pilha a riqueza de todos os países. É a política que sofrem os trabalhadores e o povo dos Estados Unidos, atacados nos seus direitos mais elementares, direito ao trabalho, à saúde, à moradia...
É a única resposta que o imperialismo pode dar quando confrontado à assustadora crise econômica que se agrava a cada dia, e que demonstra uma vez mais a falência do sistema apodrecido da propriedade privada dos meios de produção.
A Quarta Internacional e suas seções, que combatem pela expropriação de todos os grandes meios de produção, de troca e de distribuição, pelos Estados Socialistas das Américas, defende incondicionalmente o governo de Morales e o governo de Chávez contra toda a ingerência do imperialismo.
O plano do imperialismo estadunidense de destruição da Bolívia, de pilhagem desenfreada de suas riquezas, choca-se com a resistência corajosa dos trabalhadores, dos camponeses, notadamente de suas confederações, a maioria esmagadora do povo e de seu governo legítimo.
O que está em jogo, declarou Evo Morales, "não é somente a unidade da Bolívia, é toda a América do Sul". Ele tem razão. Os trabalhadores, os camponeses, o povo boliviano estão na vanguarda do combate pela soberania, pelos direitos dos trabalhadores e dos povos, inclusive os do povo estadunidense. Seu combate é o combate dos trabalhadores e do povo mexicano pela defesa da empresa nacional de petróleo PEMEX, é o combate dos povos do Peru, do Equador... e de todo o continente.
É o que explica o fato, sem precedentes, de nove presidentes de países da América do Sul, reunidos em 15 de setembro em Santiago no Chile, declararem que apóiam o governo legítimo de Evo Morales contra as atividades que colocavam em questão a soberania e a integridade da nação boliviana.
O povo boliviano, os povos de todo o continente
estão confrontados a enormes perigos
No momento em que bandos paramilitares do prefeito do departamento de Pando (departamento do norte da Bolívia), Leopoldo Fernandez, massacraram uma marcha de camponeses que se dirigiam a um encontro sindical em defesa da nação, provocando trinta mortes, Evo Morales se dirigiu, em 11 de setembro, a todas as organizações e em especial à COB, para estabelecer a mais ampla união em defesa da democracia e da unidade da nação.
A Quarta Internacional faz sua a declaração de La Chispa, grupo simpatizante da Quarta Internacional na Bolívia, que responde com suas palavras ao chamado de Evo Morales:
"A situação que se vê na Bolívia é cada vez mais perigosa. O imperialismo estadunidense, com as oligarquias, está disposto a ir até as últimas conseqüências: 'Se o governo quer a guerra civil, ele a terá', declara o dirigente regionalista de Santa Cruz, Milton Valdez. Dividir nosso território, criar um confronto entre os bolivianos para permitir que nossas riquezas naturais sejam controladas pelas multinacionais. Esse é o objetivo da oligarquia!
No referendo de 10 de agosto, no qual a grande maioria da população boliviana, 67%, disse "sim" a Evo Morales, disse "sim" à unidade da Bolívia, disse "sim" ao processo revolucionário em curso, produto dos combates populares, incluindo os departamentos em que o resultado eleitoral em favor do presidente aumentou muito, mostrou que a população é cada vez mais consciente da política de divisão das oligarquias e que ela está disposta a lutar para defender a unidade de seu país (...).
Apoiamos o governo de Evo Morales na expulsão do embaixador dos Estados Unidos. Apoiamos igualmente a decisão de Chávez fazer a mesma coisa, e nós apoiamos as manifestações dos trabalhadores, dos camponeses e dos jovens que amparam a Bolívia.
O que acontece na Bolívia é crucial para o desenvolvimento da revolução na América Latina. É o confronto entre revolução e contra-revoluçã o que marca a situação no continente (...).
É urgente que nossa central operária boliviana responda ao chamado do governo: "Eu faço um chamado à COB e aos movimentos sociais para a defesa da democracia e da unidade do país".
Sim, a COB deve estar na primeira fileira para derrotar os separatistas. É necessário que a COB, com o governo, e o MAS, com as organizações camponesas e populares, constituam uma frente única para organizar ações concretas e garantir a unidade do país contra as oligarquias e o imperialismo" .
A tarefa mais urgente é construir em todo o continente uma frente única
de partidos operários, de sindicatos e de organizações democráticas
em defesa da soberania e da unidade da Bolívia!
A Quarta Internacional e suas seções, que jamais esconderam suas diferenças em relação aos dirigentes e à política do Partido dos Trabalhadores do Brasil, traz todo seu apoio à posição clara e nítida do Partido dos Trabalhadores que, em 12 de setembro de 2008, declarou sua "inteira solidariedade com o governo de Morales, diante dos atentados realizados por um setor fascista e racista da oposição de direita. O comportamento desse setor da oposição boliviana é claramente separatista e, segundo o governo boliviano, é admitido pelo apoio da embaixada estadunidense. Parece claro que o objetivo é o de provocar o governo para que se reprima os manifestantes de direita, procurando assim dividir as forças armadas e criar um pretexto para a guerra civil.
O governo Morales reafirmou seu objetivo de resolver democraticamente o conflito (...) mas ele foi também muito claro em sua obrigação constitucional de defesa dos cidadãos bolivianos que se viram ameaçados pelo terrorismo fascista.
O Partido dos Trabalhadores, assim como todos os movimentos sociais, partidos e governos progressistas de todo o mundo manifesta seu apoio e sua solidariedade ao governo de Morales, eleito e confirmado pela maioria do povo boliviano".
Essa declaração é um chamado à unidade de todas as organizações da classe operária, dos sindicatos camponeses, das organizações democráticas e populares do Brasil e de todo o continente.
A Quarta Internacional e suas seções respondem a esse chamado dizendo: sim, não existe tarefa mais urgente que o combate conjunto pela defesa da soberania e da integridade da Bolívia, contra a ingerência estadunidense.
A Quarta Internacional e suas seções são e serão parte integrante de todas as iniciativas nesse sentido e fazem um chamado imediato de manifestação diante das embaixadas estadunidenses pelo respeito à soberania e à integridade da nação boliviana.
Ajudem-nos a organizar manifestações em todo o continente!
Apoio incondicional ao povo boliviano e a seu governo legítimo!
Abaixo a ingerência do imperialismo estadunidense!
Secretariado Internacional da Quarta Internacional,
16 de setembro de 2008
Fora a ingerência do imperialismo estadunidense!
Há meses, a administração Bush e seu embaixador em La Paz, Philippe Goldberg, não param de tramar um golpe contra o governo legítimo de Evo Morales. Para eles esse é um governo culpado de decretar, em 1º de maio de 2006, a nacionalização do gás e dos hidrocarbonetos; de nacionalizar a empresa de telefonia Entel e uma série de empresas e serviços estratégicos; de ter feito reforma agrária e começado a discutir com a COB o restabelecimento de um sistema de aposentadoria por repartição. A administração estadunidense procede da mesma maneira que procedeu quando Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela: tentou, por todos os meios, apoiar um golpe de Estado para reverter a situação, em 11 de abril de 2002.
O embaixador estadunidense, Philippe Goldberg, não é qualquer embaixador. Antes de chegar à Bolívia, em 2006, ele trabalhou no escritório do Departamento de Estado para a Bósnia durante a guerra de esfacelamento da Iugoslávia. De 2004 a 2006, ele foi o chefe de missão em Prístina (Kosovo), jogando um papel fundamental na pseudo "independência" de Kosovo e na "separação étnica" entre kosovares e sérvios.
É o próprio Philippe Goldberg quem retoma essa mesma tarefa na Bolívia, financiando e planejando com os prefeitos de Santa Cruz, Tarija... o esfacelamento da Bolívia. Ele até prometeu o envio de tropas sob a égide da ONU para garantir a separação destes departamentos.
Essa política que vilipendia hoje os direitos mais elementares do povo boliviano é a política de Bush no mundo inteiro. Uma política que, em nome da "guerra sem fim", já provocou 1.200.000 mortes no Iraque, estendeu a guerra para todas as regiões (Afeganistão, Paquistão...) e incitou um confronto entre os povos do Cáucaso. É essa política que pilha a riqueza de todos os países. É a política que sofrem os trabalhadores e o povo dos Estados Unidos, atacados nos seus direitos mais elementares, direito ao trabalho, à saúde, à moradia...
É a única resposta que o imperialismo pode dar quando confrontado à assustadora crise econômica que se agrava a cada dia, e que demonstra uma vez mais a falência do sistema apodrecido da propriedade privada dos meios de produção.
A Quarta Internacional e suas seções, que combatem pela expropriação de todos os grandes meios de produção, de troca e de distribuição, pelos Estados Socialistas das Américas, defende incondicionalmente o governo de Morales e o governo de Chávez contra toda a ingerência do imperialismo.
O plano do imperialismo estadunidense de destruição da Bolívia, de pilhagem desenfreada de suas riquezas, choca-se com a resistência corajosa dos trabalhadores, dos camponeses, notadamente de suas confederações, a maioria esmagadora do povo e de seu governo legítimo.
O que está em jogo, declarou Evo Morales, "não é somente a unidade da Bolívia, é toda a América do Sul". Ele tem razão. Os trabalhadores, os camponeses, o povo boliviano estão na vanguarda do combate pela soberania, pelos direitos dos trabalhadores e dos povos, inclusive os do povo estadunidense. Seu combate é o combate dos trabalhadores e do povo mexicano pela defesa da empresa nacional de petróleo PEMEX, é o combate dos povos do Peru, do Equador... e de todo o continente.
É o que explica o fato, sem precedentes, de nove presidentes de países da América do Sul, reunidos em 15 de setembro em Santiago no Chile, declararem que apóiam o governo legítimo de Evo Morales contra as atividades que colocavam em questão a soberania e a integridade da nação boliviana.
O povo boliviano, os povos de todo o continente
estão confrontados a enormes perigos
No momento em que bandos paramilitares do prefeito do departamento de Pando (departamento do norte da Bolívia), Leopoldo Fernandez, massacraram uma marcha de camponeses que se dirigiam a um encontro sindical em defesa da nação, provocando trinta mortes, Evo Morales se dirigiu, em 11 de setembro, a todas as organizações e em especial à COB, para estabelecer a mais ampla união em defesa da democracia e da unidade da nação.
A Quarta Internacional faz sua a declaração de La Chispa, grupo simpatizante da Quarta Internacional na Bolívia, que responde com suas palavras ao chamado de Evo Morales:
"A situação que se vê na Bolívia é cada vez mais perigosa. O imperialismo estadunidense, com as oligarquias, está disposto a ir até as últimas conseqüências: 'Se o governo quer a guerra civil, ele a terá', declara o dirigente regionalista de Santa Cruz, Milton Valdez. Dividir nosso território, criar um confronto entre os bolivianos para permitir que nossas riquezas naturais sejam controladas pelas multinacionais. Esse é o objetivo da oligarquia!
No referendo de 10 de agosto, no qual a grande maioria da população boliviana, 67%, disse "sim" a Evo Morales, disse "sim" à unidade da Bolívia, disse "sim" ao processo revolucionário em curso, produto dos combates populares, incluindo os departamentos em que o resultado eleitoral em favor do presidente aumentou muito, mostrou que a população é cada vez mais consciente da política de divisão das oligarquias e que ela está disposta a lutar para defender a unidade de seu país (...).
Apoiamos o governo de Evo Morales na expulsão do embaixador dos Estados Unidos. Apoiamos igualmente a decisão de Chávez fazer a mesma coisa, e nós apoiamos as manifestações dos trabalhadores, dos camponeses e dos jovens que amparam a Bolívia.
O que acontece na Bolívia é crucial para o desenvolvimento da revolução na América Latina. É o confronto entre revolução e contra-revoluçã o que marca a situação no continente (...).
É urgente que nossa central operária boliviana responda ao chamado do governo: "Eu faço um chamado à COB e aos movimentos sociais para a defesa da democracia e da unidade do país".
Sim, a COB deve estar na primeira fileira para derrotar os separatistas. É necessário que a COB, com o governo, e o MAS, com as organizações camponesas e populares, constituam uma frente única para organizar ações concretas e garantir a unidade do país contra as oligarquias e o imperialismo" .
A tarefa mais urgente é construir em todo o continente uma frente única
de partidos operários, de sindicatos e de organizações democráticas
em defesa da soberania e da unidade da Bolívia!
A Quarta Internacional e suas seções, que jamais esconderam suas diferenças em relação aos dirigentes e à política do Partido dos Trabalhadores do Brasil, traz todo seu apoio à posição clara e nítida do Partido dos Trabalhadores que, em 12 de setembro de 2008, declarou sua "inteira solidariedade com o governo de Morales, diante dos atentados realizados por um setor fascista e racista da oposição de direita. O comportamento desse setor da oposição boliviana é claramente separatista e, segundo o governo boliviano, é admitido pelo apoio da embaixada estadunidense. Parece claro que o objetivo é o de provocar o governo para que se reprima os manifestantes de direita, procurando assim dividir as forças armadas e criar um pretexto para a guerra civil.
O governo Morales reafirmou seu objetivo de resolver democraticamente o conflito (...) mas ele foi também muito claro em sua obrigação constitucional de defesa dos cidadãos bolivianos que se viram ameaçados pelo terrorismo fascista.
O Partido dos Trabalhadores, assim como todos os movimentos sociais, partidos e governos progressistas de todo o mundo manifesta seu apoio e sua solidariedade ao governo de Morales, eleito e confirmado pela maioria do povo boliviano".
Essa declaração é um chamado à unidade de todas as organizações da classe operária, dos sindicatos camponeses, das organizações democráticas e populares do Brasil e de todo o continente.
A Quarta Internacional e suas seções respondem a esse chamado dizendo: sim, não existe tarefa mais urgente que o combate conjunto pela defesa da soberania e da integridade da Bolívia, contra a ingerência estadunidense.
A Quarta Internacional e suas seções são e serão parte integrante de todas as iniciativas nesse sentido e fazem um chamado imediato de manifestação diante das embaixadas estadunidenses pelo respeito à soberania e à integridade da nação boliviana.
Ajudem-nos a organizar manifestações em todo o continente!
Apoio incondicional ao povo boliviano e a seu governo legítimo!
Abaixo a ingerência do imperialismo estadunidense!
Secretariado Internacional da Quarta Internacional,
16 de setembro de 2008
As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor
Tá rebocado meu compadre
Como os donos do mundo piraram
Eles já são carrascos e vítimas
Do próprio mecanismo que criaram
O monstro SIST é retado
E tá doido pra transar comigo
E sempre que você dorme de touca
Ele fatura em cima do inimigo
A arapuca está armada
E não adianta de fora protestar
Quando se quer entrar
Num buraco de rato
De rato você tem que transar
Buliram muito com o planeta
E o planeta como um cachorro eu vejo
Se ele já não aguenta mais as pulgas
Se livra delas num sacolejo
Hoje a gente já nem sabe
De que lado estão certos cabeludos
Tipo estereotipado
Se é da direita ou dá traseira
Não se sabe mais lá de que lado
Eu que sou vivo pra cachorro
No que eu estou longe eu tô perto
Se eu não estiver com Deus, meu filho
Eu estou sempre aqui com o olho aberto
A civilização se tornou complicada
Que ficou tão frágil como um computador
Que se uma criança descobrir
O calcanhar de Aquiles
Com um só palito pára o motor
Tem gente que passa a vida inteira
Travando a inútil luta com os galhos
Sem saber que é lá no tronco
Que está o coringa do baralho
Quando eu compus fiz Ouro de Tolo
Uns imbecis me chamaram de profeta do apocalipse
Mas eles só vão entender o que eu falei
No esperado dia do eclipse
Acredite que eu não tenho nada a ver
Com a linha evolutiva da Música Popular Brasileira
A única linha que eu conheça
É a linha de empinar uma bandeira
Eu já passei por todas as religiões
Filosofias, políticas e lutas
Aos 11 anos de idade eu já desconfiava
Da verdade absoluta
Raul Seixas e Raulzito
Sempre foram o mesmo homem
Mas pra aprender o jogo dos ratos
Transou com Deus e com o lobisomem
É o progresso
Autor: Thiago Santana
E em edificantes obras, se vai
o resto de floresta
aqui jaz a mata atlântica
que nos resta
uma pequena parte de ar puro
no meio do muro
que nos cerca e sufoca em meio a carros
e verticalizações urbanas
começamos com alphaville e depois
le parc, Manhattan square, brisas
o que sera da paralela?
somente lembrança do verde e a falta de ar que nos espera
congestionamento sem fim
chegou a nova era
E em edificantes obras, se vai
o resto de floresta
aqui jaz a mata atlântica
que nos resta
uma pequena parte de ar puro
no meio do muro
que nos cerca e sufoca em meio a carros
e verticalizações urbanas
começamos com alphaville e depois
le parc, Manhattan square, brisas
o que sera da paralela?
somente lembrança do verde e a falta de ar que nos espera
congestionamento sem fim
chegou a nova era
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Aqui jaz o Rio dos Seixos
Aqui, sob mim, onde finco meus pés secos
Jaz, silenciosamente, o extinto Rio dos Seixos
Sepultado entre largas placas de concreto
Corria como correm alguns outros, mirradamente
Já sem afluentes, sem a mata ciliar
Já sem afluentes, sem a mata ciliar
Sem margens e quase sem vida
Era como intruso - água corrente entre asfalto duro
Tingindo de descaso a burguesia da Bahia
Era mais um dos tristes cartões-postais expostos
Tingindo de descaso a burguesia da Bahia
Era mais um dos tristes cartões-postais expostos
Tentavam, acanhadamente, despoluí-lo
Devolver-lhe a dignidade e a pureza primitiva
Mesmo que de forma miúda e pouco efetiva
Acontece que acontece, chegou o período eleitoral
E o caro Prefeito
Resolve fechar o mandato com essa obra iníqua
A fim de se reeleger, destinou R$ 28,5 milhões
Para sanar o problema da drenagem das águas pluviais
Que afetava a população da Avenida Centenário
.
O que seria um dos slogans de sua rica campanha
Mostra-se como trágico crime contra o meio ambiente
Exemplo de demência, falta de consciência...
.
E sem concorrência ou licenciamento ambiental
Contratou sua amiga-empresa para tapar o Rio
Contratou sua amiga-empresa para tapar o Rio
Para cobri-lo com praças, parquinhos e ciclovias
.
Teve o cuida de manter, pelo menos, as árvores
Senão seria gigantesco o alarde e ainda mais covarde
Iriam chamá-lo de monstro e destruidor da Natureza
.
Alguém protestou? O acomodado não se incomoda
Acha bacana levar o cachorro para defecar na grama
Acha bonito ver a obra pública não se estender "ad infinitum"
.
Parte dos ambientalistas está enlouquecida
Pois ali corria vida, havia alguns peixes e pássaros
Além do fato de terem aberto outro precedente bizarro
Além do fato de terem aberto outro precedente bizarro
E o Ministério Público? Diz que vai tomar providências
Irá questionar a ausência de laudos e relatórios e etc
Quando o túmulo já foi concluído e logo será inaugurado
Agora o Rio dos Seixos virou o rio zumbi
Agora o Rio dos Seixos virou o rio zumbi
A minguar num túnel escuro e lodoso
Vítima impotente de mais um golpe humano
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Soneto da devoção (Vinícius de Moraes)
Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! – uma cadela
Talvez... – mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Rio de Janeiro, 1938
Download do "Livro de Sonetos": http://www.4shared.com/file/17516578/576087a4/Vinicius_de_Moraes_-_Livro_de_Sonetos.html?s=1
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.
Essa mulher é um mundo! – uma cadela
Talvez... – mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Rio de Janeiro, 1938
Download do "Livro de Sonetos": http://www.4shared.com/file/17516578/576087a4/Vinicius_de_Moraes_-_Livro_de_Sonetos.html?s=1
Vocês, quem são?
Seus olhos
Esses olhos
Respondam!
Só me olham
Me despem
Olhos com pés
Olhos por toda parte
No mármore do banheiro
Quem olha?
Eu os vejo
Esses olhos
Laicos como putas
Reflexivos e luminosos
Quem olha?
O que querem ver?
Respondam!
Guardo um baralho no bolso
Cartas que também me olham
Talvez desejem vê-las
Seus olhos
Esses olhos
Respondam!
Só me olham
Me despem
Olhos com pés
Olhos por toda parte
No mármore do banheiro
Quem olha?
Eu os vejo
Esses olhos
Laicos como putas
Reflexivos e luminosos
Quem olha?
O que querem ver?
Respondam!
Guardo um baralho no bolso
Cartas que também me olham
Talvez desejem vê-las
sábado, 13 de setembro de 2008
AMÉRICA!
Por Iolanda Rebouças, em 15.10.2002
América, Iracema, América!
Rica América, verde América!
Iracema é mel de jati,
Em terra fértil de Ipú.
Iracema vem do Tabajara
Que morava em sombras de oiticicas!
Esparramando aljôfares,
Rorejando todo seu corpo moreno,
Lambuzando-se em leite de mangabas
Na lagoa, o guará comia girinos,
Ouvindo o canto dos arás.
Iracema, América com seu guerreiro.
Descansa junto às juçaras, aos croatás,
Tendo um uru ao seu lado com ignotos tesouros
Lesta, rápida, como uma flecha.
Procura a paz... e até hoje,
Na floresta não de árvores densas,
Todavia de pedras, de grandes pedras
Nas cidades atuais!
América, Iracema, América!
Rica América, verde América!
Iracema é mel de jati,
Em terra fértil de Ipú.
Iracema vem do Tabajara
Que morava em sombras de oiticicas!
Esparramando aljôfares,
Rorejando todo seu corpo moreno,
Lambuzando-se em leite de mangabas
Na lagoa, o guará comia girinos,
Ouvindo o canto dos arás.
Iracema, América com seu guerreiro.
Descansa junto às juçaras, aos croatás,
Tendo um uru ao seu lado com ignotos tesouros
Lesta, rápida, como uma flecha.
Procura a paz... e até hoje,
Na floresta não de árvores densas,
Todavia de pedras, de grandes pedras
Nas cidades atuais!
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Meia Amazônia, NÃO !
Recentemente, no Congresso Nacional, tramita um projeto de lei que, se aprovado, será um golpe mortal para todas as florestas brasileiras e, em especial, a amazônica.
O PL 6424/2005, conhecido como Floresta Zero, reduz a reserva legal da região para 50% e ainda permite compensar em outros locais, qualquer desmatamento que vá além desse limite.
O projeto, de autoria do "Senador" Flexa Ribeiro (PSDB-PA), já foi aprovado no Senado Federal e está em tramitação na Câmara dos Deputados.
Em pouco menos de 40 anos, já perdemos para sempre mais de 700 mil quilômetros quadrados de Amazônia – o equivalente a quase três estados de São Paulo. Se o Floresta Zero passar no Congresso, a devastação assumirá um ritmo ainda mais avassalador.
Ao invés de aumentar a proteção do meio ambiente e estabelecer metas para a redução do desmatamento, o Congresso Nacional estará dando as costas para a Amazônia e abrindo as portas ("pra não dizer as pernas") para mais destruição.
A sociedade brasileira exige um ponto final no desmatamento de NOSSAS florestas!!
ASSINEM A PETIÇÂO contrária ao famigerado projeto de lei:
http://www.meiaamazonianao.org.br/
O PL 6424/2005, conhecido como Floresta Zero, reduz a reserva legal da região para 50% e ainda permite compensar em outros locais, qualquer desmatamento que vá além desse limite.
O projeto, de autoria do "Senador" Flexa Ribeiro (PSDB-PA), já foi aprovado no Senado Federal e está em tramitação na Câmara dos Deputados.
Em pouco menos de 40 anos, já perdemos para sempre mais de 700 mil quilômetros quadrados de Amazônia – o equivalente a quase três estados de São Paulo. Se o Floresta Zero passar no Congresso, a devastação assumirá um ritmo ainda mais avassalador.
Ao invés de aumentar a proteção do meio ambiente e estabelecer metas para a redução do desmatamento, o Congresso Nacional estará dando as costas para a Amazônia e abrindo as portas ("pra não dizer as pernas") para mais destruição.
A sociedade brasileira exige um ponto final no desmatamento de NOSSAS florestas!!
ASSINEM A PETIÇÂO contrária ao famigerado projeto de lei:
http://www.meiaamazonianao.org.br/
Adoce!
Eu sou sua dose diária de poesia
O trago literário que pigarreia
Solto no urdido balcão da internet
Exposto aos olhos de quem se serve
Antipirético é o meu ledo estilo
Destilado em barris de paus-brasis
Sou verde como a cana em chamas
E vermelho como o apagado batom da meretriz
Estou infuso em confusos universos
A amálgama é a premissa dos meus versos
E faço dessa batida a lombra de letras
E faço dessa batida a lombra de letras
Que me diferencia das demais drogas bestas
Sou composto por substâncias de muita gente
Às vezes rimo, noutras prefiro o descaso
Vivo assim: sem rótulo, sem bula, sem preço
Existo no exato momento em que aconteço
Mas não se vicie, procure administrar a leitura
Injete-me pouco a pouco, sacuda e respire
Assim compreenderá o fino do gosto ácido
Que sai da minha boca e amolece a sua língua
Em breve serei engarrafado (mal de todo entorpecente)
Posto à venda nos botequins e bancas de jornal
Posto à venda nos botequins e bancas de jornal
Pelo que me lerá com maior calor e cuidado
Pensando ser eu mais um “produto intelectual”
Na verdade sou a essência daninha do limo
O troço que mina da rachadura da pedra
Não transmito nada de refinado ou culto
Sou simples fruto das deficiências desta terra
E assim me consuma novamente
Se lambuze e me esfregue por todo o rosto
E me desculpe se não me faço compreender
Aqui está apenas uma porção de tira-gosto
a dor
Autor: Tiago Vilan
Hoje eu confesso
A tristeza me abateu
Porque isso acontece
Será q existe Deus
Só existe em seu imaginário
Nada mais do que aquilo que sonhamos
Nem ao certo saberemos
Se existe a tal da criatura demônio
Mas esse maniqueísmo indiferente
Há de dividir os seres na terra
Estes que pensam pregar certas coisas
Quando em verdade nada de bom é que se prega
Mas uma coisa, ao certo aprendi
Que a vida nos prega peças
Cabe a nós sermos humildes e levantar
E aprender com as nossas quedas
Aos amigos, entes e irmãos
Guardo todo amor no coração
Estes sim, não tenho dúvidas
Carregarei na imensidão
De boas palavras jogadas ao ar
Busco aquelas que me afetam
Enchem a alma de esperança
Mas sempre me inquietam
Precisava expurgar meus sentimentos
E as palavras só ajudaram
Liberar tudo que sentia
Imensa dor que me carregaram
A vida nos deixa marca
Tão difíceis de esconder
Mas amigo te digo uma coisa
Centre naquilo que mais crê
Hoje eu confesso
A tristeza me abateu
Porque isso acontece
Será q existe Deus
Só existe em seu imaginário
Nada mais do que aquilo que sonhamos
Nem ao certo saberemos
Se existe a tal da criatura demônio
Mas esse maniqueísmo indiferente
Há de dividir os seres na terra
Estes que pensam pregar certas coisas
Quando em verdade nada de bom é que se prega
Mas uma coisa, ao certo aprendi
Que a vida nos prega peças
Cabe a nós sermos humildes e levantar
E aprender com as nossas quedas
Aos amigos, entes e irmãos
Guardo todo amor no coração
Estes sim, não tenho dúvidas
Carregarei na imensidão
De boas palavras jogadas ao ar
Busco aquelas que me afetam
Enchem a alma de esperança
Mas sempre me inquietam
Precisava expurgar meus sentimentos
E as palavras só ajudaram
Liberar tudo que sentia
Imensa dor que me carregaram
A vida nos deixa marca
Tão difíceis de esconder
Mas amigo te digo uma coisa
Centre naquilo que mais crê
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Alumbramentos
Eu sofro de lampejos
E meu remédio é escrever
Se não expulso o que vejo
Minha alma passa a doer
Vêm em relâmpagos de luz
E estremecem todo meu ser
Sua origem, só Deus deduz
Apenas sinto acontecer
Detesto me lembrar da época
Em que uma linha sequer escrevia
Foi quando nada fez sentido
Tudo parecia esquizofrenia
Durante minha infância
Fui tido como louco-mirim
Por exteriorizar aos risos
As imagens que só surgiam a mim
Fui um adolescente perseguido
Comentavam que vivia drogado
Por agir de modo encolhido
E passar muito tempo calado
Me libertei ao virar adulto
Tive certeza de carregar o bem
E passei a desabafar cada vulto
A construir o mundo do Além
Agora me acham poeta
É hilário ver a revira-volta
Os ratos que me chamavam “coitado”
Curvam-se às minhas linhas tortas
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Carta ao Pai em Trier (Karl Marx)
Querido pai,
Há momentos na vida que, tais quais marcas fronteiriças, colocam-se diante de um período concluído, apontando, porém, ao mesmo tempo, com determinação, para uma nova direção. Em um tal ponto de transição, sentimo-nos forçados a contemplar o passado e o presente com os olhos de águia do pensamento, a fim de tornarmo-nos conscientes de nossa posição real.
Em verdade, a própria história do mundo gosta desse olhar retrospectivo e desse investigar-se, o que freqüentemente, confere-lhe, então, a aparência de retrocesso ou estagnação, enquanto que a história, ela mesma, apenas se lança em uma poltrona, para entender a si mesma, penetrando, espiritualmente, em sua própria atividade, qual seja a atividade do espírito.
Em tais momentos, porém, um indivíduo torna-se lírico, pois toda metamorfose é, em parte, um canto de cisne e, em parte, a abertura de um novo grande poema que aspira a adquirir uma postura em cores brilhantes, que estão, porém, ainda desbotadas.
Contudo, gostaríamos de erigir um monumento em homenagem àquilo que já vivenciamos, para que readquira em nosso sentimento o lugar que perdeu para as nossas ações. E onde é que poderia encontrar-se para isso um santuário mais estimado, se não fosse no coração do pai, o juiz mais moderado, o partícipe mais íntimo, o sol do amor, cujo fogo ardente é sentido no centro mais cardeal de nossas pretensões !
Como poderiam muitas coisas que são odiosas e censuráveis receber melhor compensação e perdão, se não surgissem como uma manifestação de um estado essencialmente necessário das coisas ? Como poderia o jogo do acaso, freqüentemente desfavorável, bem como o erro espiritual, ser substraído à acusação de ser devido a um coração perverso ?
Portanto, se, agora, no fim de um ano aqui transcorrido, lançar um olhar sobre as condições, havidas durante esse tempo, a fim de responder, meu querido pai, à sua carta infinitamente querida, procedente de Ems, permito-me contemplar minhas relações, tal como contemplo a vida em geral, enquanto expressão de um agir espiritual que se conforma em todas as direções, na ciência, na arte e nas questões privadas.
Quando vos deixei, surgiu para mim um novo mundo, o mundo do amor e, em verdade, no início, do amor embriagado de saudades e de esperanças vazias.
Até mesmo a viagem à Berlim, que, por sinal, poderia ter-me encantado ao extremo, despertando-me a observação da natureza, abrasando-me o prazer de viver, produziu-me frieza, deixando-me visivelmente de mau humor, pois as rochas que via não eram mais grosseiras, não eram mais impudentes do que os sentimentos da minha alma, as amplas cidades, não mais vivazes do que o meu sangue, as refeições dos albergues, não mais sobrecarregadas, não mais indigeríveis do que os pacotes de fantasias que levava e, finalmente, a arte, não tão bela quanto Jenny.
Chegando à Berlim, rompi todos os laços que haviam existido até então, passei a fazer, com dissabor, raras visitas e procurei afundar-me na ciência e na arte. Em conformidade com a situação espiritual de outrora, a poesia lírica havia de constituir, necessariamente, o meu primeiro projeto, ao menos o mais agradável e mais próximo. Porém, esta era puramente idealista, tal como meu posicionamento e todo o desenvolvimento até o presente momento o demonstraram. Um reino do além, de igual forma distantemente situado - tal como o meu amor -, passou a ser o meu céu, a minha arte. Todo o real tornou-se vago e tudo o que é vago não encontra nenhuma fronteira.
Ataques ao presente, sentimento impactado de modo amplo e informe, nada de natural, tudo construído a partir da lua, o pleno oposto daquilo que existe e daquilo que deve ser, reflexões retóricas em vez de pensamento poético, talvez, porém, um certo calor do sentimento e da luta pelo ímpeto caracterizam todas as poesias dos três primeiros volumes, por mim enviados e recebidos por Jenny. Toda a extensão de uma ansiedade que não conhece nenhuma fronteira manifesta-se em diversas formas e faz da “poesia” uma “extensão”. Então, a poesia podia e devia ser apenas um acompanhamento.
Tive de estudar a Ciência do Direito e senti, sobretudo, o incitamento de bater-me com a Filosofia. Ambas foram de tal maneira relacionadas que tratei, em parte, Heineccius, Thibaut e as fontes de modo puramente acrítico, de modo meramente escolástico - assim, p.ex., traduzi os dois primeiros livros das Pandectas para o alemão -, e, em parte, procurei fazer passar uma Filosofia do Direito pelo domínio do Direito.[2]
À guisa de introdução, prefaciei algumas proposições metafísicas e conduzi essa obra infeliz até o Direito Público, de modo a elaborar um traballho de aproximadamente 300 páginas.[3]
Aqui, surgiu, sobretudo, de modo pertubador, o mesmo antagonismo, existente entre ser e dever ser, próprio do idealismo, tornando-se a matriz da divisão subseqüente, irrecuperavelmente incorreta.
Texto na íntegra: http://www.scientific-socialism.de/KMFEDireitoCAP4Port.htm#_ftn4
Há momentos na vida que, tais quais marcas fronteiriças, colocam-se diante de um período concluído, apontando, porém, ao mesmo tempo, com determinação, para uma nova direção. Em um tal ponto de transição, sentimo-nos forçados a contemplar o passado e o presente com os olhos de águia do pensamento, a fim de tornarmo-nos conscientes de nossa posição real.
Em verdade, a própria história do mundo gosta desse olhar retrospectivo e desse investigar-se, o que freqüentemente, confere-lhe, então, a aparência de retrocesso ou estagnação, enquanto que a história, ela mesma, apenas se lança em uma poltrona, para entender a si mesma, penetrando, espiritualmente, em sua própria atividade, qual seja a atividade do espírito.
Em tais momentos, porém, um indivíduo torna-se lírico, pois toda metamorfose é, em parte, um canto de cisne e, em parte, a abertura de um novo grande poema que aspira a adquirir uma postura em cores brilhantes, que estão, porém, ainda desbotadas.
Contudo, gostaríamos de erigir um monumento em homenagem àquilo que já vivenciamos, para que readquira em nosso sentimento o lugar que perdeu para as nossas ações. E onde é que poderia encontrar-se para isso um santuário mais estimado, se não fosse no coração do pai, o juiz mais moderado, o partícipe mais íntimo, o sol do amor, cujo fogo ardente é sentido no centro mais cardeal de nossas pretensões !
Como poderiam muitas coisas que são odiosas e censuráveis receber melhor compensação e perdão, se não surgissem como uma manifestação de um estado essencialmente necessário das coisas ? Como poderia o jogo do acaso, freqüentemente desfavorável, bem como o erro espiritual, ser substraído à acusação de ser devido a um coração perverso ?
Portanto, se, agora, no fim de um ano aqui transcorrido, lançar um olhar sobre as condições, havidas durante esse tempo, a fim de responder, meu querido pai, à sua carta infinitamente querida, procedente de Ems, permito-me contemplar minhas relações, tal como contemplo a vida em geral, enquanto expressão de um agir espiritual que se conforma em todas as direções, na ciência, na arte e nas questões privadas.
Quando vos deixei, surgiu para mim um novo mundo, o mundo do amor e, em verdade, no início, do amor embriagado de saudades e de esperanças vazias.
Até mesmo a viagem à Berlim, que, por sinal, poderia ter-me encantado ao extremo, despertando-me a observação da natureza, abrasando-me o prazer de viver, produziu-me frieza, deixando-me visivelmente de mau humor, pois as rochas que via não eram mais grosseiras, não eram mais impudentes do que os sentimentos da minha alma, as amplas cidades, não mais vivazes do que o meu sangue, as refeições dos albergues, não mais sobrecarregadas, não mais indigeríveis do que os pacotes de fantasias que levava e, finalmente, a arte, não tão bela quanto Jenny.
Chegando à Berlim, rompi todos os laços que haviam existido até então, passei a fazer, com dissabor, raras visitas e procurei afundar-me na ciência e na arte. Em conformidade com a situação espiritual de outrora, a poesia lírica havia de constituir, necessariamente, o meu primeiro projeto, ao menos o mais agradável e mais próximo. Porém, esta era puramente idealista, tal como meu posicionamento e todo o desenvolvimento até o presente momento o demonstraram. Um reino do além, de igual forma distantemente situado - tal como o meu amor -, passou a ser o meu céu, a minha arte. Todo o real tornou-se vago e tudo o que é vago não encontra nenhuma fronteira.
Ataques ao presente, sentimento impactado de modo amplo e informe, nada de natural, tudo construído a partir da lua, o pleno oposto daquilo que existe e daquilo que deve ser, reflexões retóricas em vez de pensamento poético, talvez, porém, um certo calor do sentimento e da luta pelo ímpeto caracterizam todas as poesias dos três primeiros volumes, por mim enviados e recebidos por Jenny. Toda a extensão de uma ansiedade que não conhece nenhuma fronteira manifesta-se em diversas formas e faz da “poesia” uma “extensão”. Então, a poesia podia e devia ser apenas um acompanhamento.
Tive de estudar a Ciência do Direito e senti, sobretudo, o incitamento de bater-me com a Filosofia. Ambas foram de tal maneira relacionadas que tratei, em parte, Heineccius, Thibaut e as fontes de modo puramente acrítico, de modo meramente escolástico - assim, p.ex., traduzi os dois primeiros livros das Pandectas para o alemão -, e, em parte, procurei fazer passar uma Filosofia do Direito pelo domínio do Direito.[2]
À guisa de introdução, prefaciei algumas proposições metafísicas e conduzi essa obra infeliz até o Direito Público, de modo a elaborar um traballho de aproximadamente 300 páginas.[3]
Aqui, surgiu, sobretudo, de modo pertubador, o mesmo antagonismo, existente entre ser e dever ser, próprio do idealismo, tornando-se a matriz da divisão subseqüente, irrecuperavelmente incorreta.
Texto na íntegra: http://www.scientific-socialism.de/KMFEDireitoCAP4Port.htm#_ftn4
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Indisponível anseio
Autores: Eu e Saulo silva
Jaz no meu coração
A âncora de um desejo
Cravada nos sentimentos
Que mais levemente despejo
Almejo
Cotejo
Gaguejo
Festejo
Gotejo
Quem dera o destino
Virasse noutro sentido
E fosse quase perfeito
Esse amor de menino
Serpentino
Franzino
Bailarino
Cristalino
Malino
Levaria toda alma a teu seio
Indisponível apelo e anseio
Não somente por um beijo
Mais por esta vida, creio
Bombardeio
Ateio
Cambaleio
Esperneio
Saboreio
OBS.: essa parceria é fruto de minha ousadia. Peguei o poema do cara e toquei fogo. Segue o original:
"Jaqueline"
Jaz no meu coração
Aancora de um desejo
Quem dera o destino
Uivasse num sentido
E fosse quase perfeito
Levaria minha a teu seio
Indisponível anseio
Não somente por um beijo
Esperança é um dom,creio!!
Jaz no meu coração
A âncora de um desejo
Cravada nos sentimentos
Que mais levemente despejo
Almejo
Cotejo
Gaguejo
Festejo
Gotejo
Quem dera o destino
Virasse noutro sentido
E fosse quase perfeito
Esse amor de menino
Serpentino
Franzino
Bailarino
Cristalino
Malino
Levaria toda alma a teu seio
Indisponível apelo e anseio
Não somente por um beijo
Mais por esta vida, creio
Bombardeio
Ateio
Cambaleio
Esperneio
Saboreio
OBS.: essa parceria é fruto de minha ousadia. Peguei o poema do cara e toquei fogo. Segue o original:
"Jaqueline"
Jaz no meu coração
Aancora de um desejo
Quem dera o destino
Uivasse num sentido
E fosse quase perfeito
Levaria minha a teu seio
Indisponível anseio
Não somente por um beijo
Esperança é um dom,creio!!
Lisa
Meus olhos alisam tuas costas
Deslizam sobre as ondas morenas
E inundam em tua sensualidade
.
Há em teu dorso vontade
De apertos e mordidas e tapas
E um frágil anseio de carinho
.
Devagar a navego
O complexo de carne
No qual o prazer responde
.
Tonteio por tamanha amplitude
Pelo calor destas costas nuas
Estendido até os bicos do teu ser
.
Uva, castanha, pimenta
Subsumo ao meu paladar
A indefinição desta tua coisa mística
A indefinição desta tua coisa mística
.
Só resta transcender a quimera
Beber o corpo de luzes e açoites e cores
Que tanto fetichiza, ainda mais à noite
Multiplicidade
Gosto do clima das ruas
O povo nas calçadas estreitas
Quase se encontrando, se batendo
Misturados no que chamamos Cidade
Caminho e observo esse povo
Tento sentir as atitudes e os trejeitos
Percebendo-o percebo-me melhor
O baleiro sobe de busu em busu, sempre com promoção
Conhecedor das linhas, informa sobre qualquer destino
Filhos de santo oferecem banhos de folha e de pipoca
Todos de branco, se divertem mais do que trabalham
Camelôs postos diante das pilhas de contrabando
Oferecem de tudo, há pressa e temor do RAPA
Quieto o vendedor de livros e revistas e discos usados
Tem ali sua história reunida a tantas outras
Lindas baianas atrás do tabuleiro, os olhos na fritura
Em cada resposta um sorriso, cozinham cultura
O bolo de miseráveis, nômades de aço, resistem ao impossível
Procuram comida, cura, bituca, dinheiro, ajuda, sapato
Crianças risonhas voltam em bando do colégio público
Vêm numa zoada danada, se perturbam, são contagiantes
O cara desfila com o carrinho de café sonoro e colorido
Parece um mini trio-elétrico, segue ao som de Bob Marley
Empresários de expressão bruta, sisudos e abafados
Suam copiosamente, lenço na mão, dinheiro no bolso
Hippies sentados lado a lado e aos panos de veludo
Em resistência silenciosa, esperam pacientemente pelo sustento
Senhoras entrevadas, curvadas pelo excesso de trabalho
Sempre subservientes, ainda pagam o preço da escravidão
Os feirantes em suas bancas de frutas e verduras
Jogam água para protegê-las do sol e parecerem frescas
Surge o quase extinto amolador assoprando seu inconfundível apito
Corta as ladeiras empurrando sua engenhoca tão peculiar
Passa a gestante segurando a barriga e a amiga já parida
Voltam juntas do posto de saúde e param para um lanche
Os panfleteiros, os compradores de ouro, os vassoureiros
Velhos relojoeiros, PMs e suas panças, loucos de todo tipo
O rapaz da taboca, do sorvete, do picolé, da pamonha, do milho
Os banhistas e a certeza de estarem no caminho certo
19 de março de 2008
João, este olor pútrido que me preguntas se saldrá,Respondo que si, saldrá todos los días de me boca,Siempre que diga ‘quiero…’ y no tenga por objeto de deseoMás que el amor de mis amigos y la gratitud ignorante y inocente
A la naturaleza que me a dado una vida tan rica que yo nunca acabo de concebir su enormidad.
El atlántico me separa de la vida física de mi culpa.Duele saber que huí como un soñador cobarde de la obligación de revocar las bases de la élite de que soy hijo.Tengo ganas de poner fuego en los cementerios más lujosos, llenar la catedral de Santiago e las tiendas del iguatemi de moradores de las calles, que estarían allí cuando quisiesen.
Este olor me confunde. Aquí hay mucha gente que huele mal, pero tiene dinero. Hay chicos que eligen no trabajar y tocar malamente una flauta para fumar la vida toda, cambiando monedas por drogas y otras muchas cosas, las cuales, lógicamente, yo no puedo imaginar; me gusta el olor de Dove.
Estoy leyendo Tristes Trópicos de Lévi-Strauss, un antropólogo que, además de ayudar a fundar la USP en 1935 hace grandes estudios en tribus indígenas amazónicas. Su descripción de los pobres del eje RJ-SP en aquella época hace referencia a los esclavos, como tú hace en su poesía. Los Racionais Mc’s también lo hacen. La Globo, muy poco.
Todos los días antes de dormir pienso en la muerte, en las desgracias, en los dolores, en los amores, y casi que entiendo el motivo de que hayan creado las religiones, me siento como que con 60 años, e feliz. Echo de menos mi familia, mis amigos, juego ajedrez todos los días y muchas veces me recuerdo de ti.
¿Te han robado? Pues acabo de pagar 140 euros para que me abran mi puerta, que cerré con la llave dentro, porque hoy es festivo. Casi el sueldo básico brasileño. Yo soy la fuente del olor que describes.
Perdona por escribir en español, pero tú eres mí forma de practicar en este momento. Aprenda unas palabras! Saaaauuuuude e saudaaade!!!! Pablo
A la naturaleza que me a dado una vida tan rica que yo nunca acabo de concebir su enormidad.
El atlántico me separa de la vida física de mi culpa.Duele saber que huí como un soñador cobarde de la obligación de revocar las bases de la élite de que soy hijo.Tengo ganas de poner fuego en los cementerios más lujosos, llenar la catedral de Santiago e las tiendas del iguatemi de moradores de las calles, que estarían allí cuando quisiesen.
Este olor me confunde. Aquí hay mucha gente que huele mal, pero tiene dinero. Hay chicos que eligen no trabajar y tocar malamente una flauta para fumar la vida toda, cambiando monedas por drogas y otras muchas cosas, las cuales, lógicamente, yo no puedo imaginar; me gusta el olor de Dove.
Estoy leyendo Tristes Trópicos de Lévi-Strauss, un antropólogo que, además de ayudar a fundar la USP en 1935 hace grandes estudios en tribus indígenas amazónicas. Su descripción de los pobres del eje RJ-SP en aquella época hace referencia a los esclavos, como tú hace en su poesía. Los Racionais Mc’s también lo hacen. La Globo, muy poco.
Todos los días antes de dormir pienso en la muerte, en las desgracias, en los dolores, en los amores, y casi que entiendo el motivo de que hayan creado las religiones, me siento como que con 60 años, e feliz. Echo de menos mi familia, mis amigos, juego ajedrez todos los días y muchas veces me recuerdo de ti.
¿Te han robado? Pues acabo de pagar 140 euros para que me abran mi puerta, que cerré con la llave dentro, porque hoy es festivo. Casi el sueldo básico brasileño. Yo soy la fuente del olor que describes.
Perdona por escribir en español, pero tú eres mí forma de practicar en este momento. Aprenda unas palabras! Saaaauuuuude e saudaaade!!!! Pablo
Jacarepaguá Blues
Tão indecente
Foi o jeito que essa mina descarada, arranhada, repulsiva
Me jogou de repente
Eu já sabia das suas intenções maléficas contra mim
Por isso me precavi com todo alho e cebola
Que eu consegui comprar
Mas o que eu não sabia era que você
Era exata e precisa nos seus movimentos
Por isso, confesso,
Estou num terrível astral!
Mais um capítulo
Da novela colorida, dolorida, masculina,
Que eu pedi pra ver
O personagem que encenava contramão
Do gancho à oficina telepática me sorria
Como um camafeu
Só me admira é que essa transa toda
Vai acabar
Caindo nas costas da pessoa que vos fala e relata
O que aconteceu!
Minha família
Mandou-me um cartão postal
Pois tal cartão conseguiu me fazer chorar
E o reco-reco que eu brincava, ei mãe
A senhora me bateu porque eu troquei por um isqueiro
Pra poder fumarÂ…
Um tal negócio ou coisa parecida
Que faz bem ou mal à saúde
Não interessa, mãe
Eu quero ir à Sodoma pra poder fumar
sábado, 6 de setembro de 2008
Catre duro
Autores: eu e diniz, mais Diniz doq eu
segundos atrás
nada diria
silêncio me faço
me mordo calado
mas nada profiro
torço por um
aquele pé d'alma
que sensível perceba
em meus traços enseja
dormência imprimida
queria poder
daqueles que são
inrrompem enérgicos
de onde não sei
mas são fortes em termos
ululam, eu sei
meu dia finito, assim o descrevo
o que me angustia?
por que há dor em meu peito?
em momentos dilacerantes,
onde há pausas inconstantes,
possa um amigo me ajudar
que minhas dificuldades
de ser, possa ele saber
pois sei que o sabe, e seu desânimo
pode ser uma ausência de ser útil
à um claro amigo em torpor
te peço, meu amigo
busque entender o meu conflito
pois hj me sinto o último dos homens
não sei se posso ir longe;
não sei se posso ir mais,
Diga-me, como pode ser:
sentir-se jovem pela manhã
pela tarde entristecer?
A noite se assenta no homem
como inevitável infortúnio;
Há frases que o tentam animar:
"amanhã o sol se porá", "ame a noite
como meio para um novo dia",
mas pobre moribundo ...
não vê mais que nostalgia
se sente chora, se chora ri
pra que tanto sentir?
Talvez seja um sentidor
Mais um incompreendido sentimental
Que busca vida em tudo
Que busca amor acima de tudo
Mas se vê cercado, em meio ao caos
Não é fácil germinar – te digo
Viver com arte requer
Além de senso critico
Muita coragem
Enfrentar um mundo de coisas postas
Sedimentadas
Revoltar-se parece piada
Mas é este seu trabalho
Rir de sua cara diante do espelho
Compreender
Que vive diferentes
Não és indiferente
Sente até pelos cotovelos
Não chore amigo
E se voltar a chorar
Conte comigo
Tb sou um desses infortunados que vagam perdidos
Sem fazer parte de quase nada
Se sentindo um desprezado
Um poeta de castigo
oh, querido amigo,
terno brilho infindo
custo acreditar
respondesse desta forma
qual natureza inata
que me fez sentir
leve gosto em existir
adoro como compreendes
pois és alma contente
para fazer-me chorar outra vez
E se choro não te aborreças
palavras mais lindas esqueça
que toca o fundo deste coração transbordante
que nada mais pediu, nesse mundo de viris
que um outro, sem lisonjas, seja ...
feito esponja
vou-me, caro amigo
mergulhar no infinito
peço tua permissão
para que beba do meu coração
este pedaço de carne ardente
que, quando muito, sente
um pouco de emoção...
agora vou-me
pois não devo mais alongar
preciso terminar o conflito
antes que ele termine comigo
segundos atrás
nada diria
silêncio me faço
me mordo calado
mas nada profiro
torço por um
aquele pé d'alma
que sensível perceba
em meus traços enseja
dormência imprimida
queria poder
daqueles que são
inrrompem enérgicos
de onde não sei
mas são fortes em termos
ululam, eu sei
meu dia finito, assim o descrevo
o que me angustia?
por que há dor em meu peito?
em momentos dilacerantes,
onde há pausas inconstantes,
possa um amigo me ajudar
que minhas dificuldades
de ser, possa ele saber
pois sei que o sabe, e seu desânimo
pode ser uma ausência de ser útil
à um claro amigo em torpor
te peço, meu amigo
busque entender o meu conflito
pois hj me sinto o último dos homens
não sei se posso ir longe;
não sei se posso ir mais,
Diga-me, como pode ser:
sentir-se jovem pela manhã
pela tarde entristecer?
A noite se assenta no homem
como inevitável infortúnio;
Há frases que o tentam animar:
"amanhã o sol se porá", "ame a noite
como meio para um novo dia",
mas pobre moribundo ...
não vê mais que nostalgia
se sente chora, se chora ri
pra que tanto sentir?
Talvez seja um sentidor
Mais um incompreendido sentimental
Que busca vida em tudo
Que busca amor acima de tudo
Mas se vê cercado, em meio ao caos
Não é fácil germinar – te digo
Viver com arte requer
Além de senso critico
Muita coragem
Enfrentar um mundo de coisas postas
Sedimentadas
Revoltar-se parece piada
Mas é este seu trabalho
Rir de sua cara diante do espelho
Compreender
Que vive diferentes
Não és indiferente
Sente até pelos cotovelos
Não chore amigo
E se voltar a chorar
Conte comigo
Tb sou um desses infortunados que vagam perdidos
Sem fazer parte de quase nada
Se sentindo um desprezado
Um poeta de castigo
oh, querido amigo,
terno brilho infindo
custo acreditar
respondesse desta forma
qual natureza inata
que me fez sentir
leve gosto em existir
adoro como compreendes
pois és alma contente
para fazer-me chorar outra vez
E se choro não te aborreças
palavras mais lindas esqueça
que toca o fundo deste coração transbordante
que nada mais pediu, nesse mundo de viris
que um outro, sem lisonjas, seja ...
feito esponja
vou-me, caro amigo
mergulhar no infinito
peço tua permissão
para que beba do meu coração
este pedaço de carne ardente
que, quando muito, sente
um pouco de emoção...
agora vou-me
pois não devo mais alongar
preciso terminar o conflito
antes que ele termine comigo
Luz negra
Foto: Luiz Braga
A roupa caída sobre o corpo
A roupa caída sobre o corpo
Um ombro desnudo
O pano forrando o outro
.
Anéis e vaga-lumes
Voam com os quadris
A favor e contra o vento
.
Risadas, muitas palmas
O brilhante enigmático do sorriso
Rito especial do seu feitiço
.
A negra no escuro
A sombra sobre o infinito
Curvas vultuosas
.
Orixá durante a noite
Ama na face oculta da lua
Camuflada na cor própria
.
De mim não se esconde
Eu com olhos de coruja
Cobiço-a enquanto deflora a mata
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Amém a mim!
Sentimento para quê?
Já que a dureza nos aflige a alma
E sentir será sofrer mais um trauma
Já que o mundo não mais quer arte
Apenas consome o que se divide em partes
Poesia para quê?
Se meu povo não vê o dia
Se não compreende a simbologia
Se descansa seu corpo com olhos fechados
Se na hora do lazer transa e é devorado
Escrever para quê?
Quando há tanto a fazer
Obras enormes a serem lidas
Pontes gigantes a serem construídas
Diques maciços a serem rompidos
Viver para quê?
A pergunta mais cretina que faço
Vivo para não me sentir um capacho
Mais uma peça a ser gasta lentamente
Até morrer fustigado e quase sem dentes
Viverei o que me trouxer vida
E me questionarei por toda a lida
Será que me mantenho no propósito?
Será que traço o risco com punho próprio?
O que não falta é coragem para responder
Já que a dureza nos aflige a alma
E sentir será sofrer mais um trauma
Já que o mundo não mais quer arte
Apenas consome o que se divide em partes
Poesia para quê?
Se meu povo não vê o dia
Se não compreende a simbologia
Se descansa seu corpo com olhos fechados
Se na hora do lazer transa e é devorado
Escrever para quê?
Quando há tanto a fazer
Obras enormes a serem lidas
Pontes gigantes a serem construídas
Diques maciços a serem rompidos
Viver para quê?
A pergunta mais cretina que faço
Vivo para não me sentir um capacho
Mais uma peça a ser gasta lentamente
Até morrer fustigado e quase sem dentes
Viverei o que me trouxer vida
E me questionarei por toda a lida
Será que me mantenho no propósito?
Será que traço o risco com punho próprio?
O que não falta é coragem para responder
Certeza cretina
Autor: Chef Mateus, o homem e seu quitute!
Quem somos nós?
Loucos! dançando
O louco baile do tempo- digo
Incessantemente, bailando entre o silêncio e o pânico,
Entre o amor e o pranto,
Entre o controle e a pane,
Entre o começo e o fim.
O que é a vida senão o recheio,
O entremeio?
Abracemo-nos todos
Somos bailantes errantes do mesmo baile.
Sem saber sequer do hoje
Quem dirá o amanhã?
Do amanhã, só o fim.
O fechar das cortinas.
Que certeza cretina
Quem somos nós?
Loucos! dançando
O louco baile do tempo- digo
Incessantemente, bailando entre o silêncio e o pânico,
Entre o amor e o pranto,
Entre o controle e a pane,
Entre o começo e o fim.
O que é a vida senão o recheio,
O entremeio?
Abracemo-nos todos
Somos bailantes errantes do mesmo baile.
Sem saber sequer do hoje
Quem dirá o amanhã?
Do amanhã, só o fim.
O fechar das cortinas.
Que certeza cretina
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Autor: Thiago Santana, vulgo OSVAAAAALDO
a flor desabrocha
entre a pedra
msm sendo difícil
nada mais quer que viver
o homem que acorda cedo
e começa a lida
já reclama da vida
quer mais que viver
a flor quer o sol
o homem quer sol e o pão
a flor a fotossíntese
o homem o amor e a paixão
ambos buscam a plenitude
mas por mais parecida que seja a atitude
o homem sempre quer mais do que pode ser
se aprendesse com a flor que basta pouca coisa
para a felicidade ele ter
entre a pedra
msm sendo difícil
nada mais quer que viver
o homem que acorda cedo
e começa a lida
já reclama da vida
quer mais que viver
a flor quer o sol
o homem quer sol e o pão
a flor a fotossíntese
o homem o amor e a paixão
ambos buscam a plenitude
mas por mais parecida que seja a atitude
o homem sempre quer mais do que pode ser
se aprendesse com a flor que basta pouca coisa
para a felicidade ele ter
Autor: Thiago Santana
no escuro da noite
ando sozinho
me busco em algum lugar
sem caminho
o infinito do pensamento
tenta me reconfortar
porém nada encontro
nem o meu eu verdadeiro escondido
ele foge d mim
não quer me incomodar
perguntas se diluem em vão
procurando respostas no meio da ilusão
que é a vida
uma procura incessante
com infintas perguntas
para poucas respostas
talvez as tenha com os anos
porém a inquietude
da juventude
me corroi
quer saber o futuro
sem nem entender o passado
que nos constroi
e nem usufruir o presente
que se vai a todo momento
na delicadeza das horas
e na volatilidade dos segundos
ando sozinho
me busco em algum lugar
sem caminho
o infinito do pensamento
tenta me reconfortar
porém nada encontro
nem o meu eu verdadeiro escondido
ele foge d mim
não quer me incomodar
perguntas se diluem em vão
procurando respostas no meio da ilusão
que é a vida
uma procura incessante
com infintas perguntas
para poucas respostas
talvez as tenha com os anos
porém a inquietude
da juventude
me corroi
quer saber o futuro
sem nem entender o passado
que nos constroi
e nem usufruir o presente
que se vai a todo momento
na delicadeza das horas
e na volatilidade dos segundos
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Autor: Xis
Esmago a rosa co'outras flores
murchas
esmurro a porta
fumo a palha
esvazio de sangue a navalha
que cortou-me de toda coragem
fraco como uma mão trêmula suplicando aspirina
doi aquela dor...
que nao tem causa
que nao caiba no dicionário
pulo a porta caida
dou-lhe outro chute a meia força
p'ra nao arrebentar-me os pés
as mão penduradas são levadas
os pés deixam todo o corpo inerte
frombicar é frombicar
aqui e lá
invento porque não há mais o que inventar
para cobrir endredons coringáticos
naipes de palhaços
fumo-me à torta
procuro a derrota
mas há algo dentro
bem "inside"
quem impele o suspiro
cuspo sangue da boca mordida
as unhas já sem dedos todos roídos
como ratos rápidos
não acho aqueles velhos sapatos
que já não me calçam
nada me calça
fumo feito palhaço
conspirando contra mim mesmo
um choro interrompido
ainda nem começado
esganado trancado amordaçado
jamais rolarão
lágrimas perdidas
fumus entrelaçados
guardanapos guardam peda
bocas limpas e comida
cheiro a dor que não quer sair
rogo que me abstenha
não quero mais sentir
esfregar o cérebro
limpar deletar o que nao quero
maquina nao sofre como poeta
que sofre facil
sem perder o prazer de sofrer
aquele que escreve a necessidade
luta sem ter porquê
cai estupido querendo mudar
o que estampado está
puta que pariu o poeta
puta santa essa
mae genitora pura e nobre
mae de todas as horas
putas sao as outras
aquelas d'outros
aquela que não é mais sua
gasta-me a caneta
e a ponta dos dedos
o dom persiste contemplando a dor
esperando cicatrizar p'ra parar
entao pára!
o tempo nao para
e passa e termina de sufocar o hábito
nao ha o gostar
ha o suportar
e ser deportado de uma vida
donde nao se vale mais
estupido! nao acreditais!
agora chora as novas glorias
conquista de curvas
me perco em buracos
calço os sapatos
as calças ja nao valem mais
a camisa em farrapos
na boca do felino violento
e mais uma puta se deita em alguma esquina
e o padre, aquele que usa batina
nao sabe do que falo.
murchas
esmurro a porta
fumo a palha
esvazio de sangue a navalha
que cortou-me de toda coragem
fraco como uma mão trêmula suplicando aspirina
doi aquela dor...
que nao tem causa
que nao caiba no dicionário
pulo a porta caida
dou-lhe outro chute a meia força
p'ra nao arrebentar-me os pés
as mão penduradas são levadas
os pés deixam todo o corpo inerte
frombicar é frombicar
aqui e lá
invento porque não há mais o que inventar
para cobrir endredons coringáticos
naipes de palhaços
fumo-me à torta
procuro a derrota
mas há algo dentro
bem "inside"
quem impele o suspiro
cuspo sangue da boca mordida
as unhas já sem dedos todos roídos
como ratos rápidos
não acho aqueles velhos sapatos
que já não me calçam
nada me calça
fumo feito palhaço
conspirando contra mim mesmo
um choro interrompido
ainda nem começado
esganado trancado amordaçado
jamais rolarão
lágrimas perdidas
fumus entrelaçados
guardanapos guardam peda
bocas limpas e comida
cheiro a dor que não quer sair
rogo que me abstenha
não quero mais sentir
esfregar o cérebro
limpar deletar o que nao quero
maquina nao sofre como poeta
que sofre facil
sem perder o prazer de sofrer
aquele que escreve a necessidade
luta sem ter porquê
cai estupido querendo mudar
o que estampado está
puta que pariu o poeta
puta santa essa
mae genitora pura e nobre
mae de todas as horas
putas sao as outras
aquelas d'outros
aquela que não é mais sua
gasta-me a caneta
e a ponta dos dedos
o dom persiste contemplando a dor
esperando cicatrizar p'ra parar
entao pára!
o tempo nao para
e passa e termina de sufocar o hábito
nao ha o gostar
ha o suportar
e ser deportado de uma vida
donde nao se vale mais
estupido! nao acreditais!
agora chora as novas glorias
conquista de curvas
me perco em buracos
calço os sapatos
as calças ja nao valem mais
a camisa em farrapos
na boca do felino violento
e mais uma puta se deita em alguma esquina
e o padre, aquele que usa batina
nao sabe do que falo.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Beijo de noite
Autores: Eu, Xis e Messiê
Dei um beijo na noite
Para abstrair a solidão
Subjuguei-a docemente
Como quem doma um leão
Fiz da noite minha aurora
Fiz amor, me restou fazer
E foi maravilhoso percorrer seu corpo
Pelo meio das ruas, perto de ninguém
A solidão sempre me acompanha
Mas a noite é a companheira fiel
E juntos varamos a madrugada
Eu dentro dela, ela meu céu
Me esqueci de todo dia
De toda gente de cabeça baixa
Entreguei-me, traguei a noite
Como um palhaço e sua eterna risada
Para abstrair a solidão
Subjuguei-a docemente
Como quem doma um leão
Fiz da noite minha aurora
Fiz amor, me restou fazer
E foi maravilhoso percorrer seu corpo
Pelo meio das ruas, perto de ninguém
A solidão sempre me acompanha
Mas a noite é a companheira fiel
E juntos varamos a madrugada
Eu dentro dela, ela meu céu
Me esqueci de todo dia
De toda gente de cabeça baixa
Entreguei-me, traguei a noite
Como um palhaço e sua eterna risada
Linha Amarela
O homem prega no ônibus as palavras do seu cotidiano
Aperto
Angústia
Cansaço
Os arranha-céus cercam-no como grades numa grande prisão
Oprimem
Humilham
Assombram
Ninguém o conhece, ninguém se conhece, não há desabafo
Solidão
Resignação
Deus
O caminho para casa é longo, lento, lamacento
Aperto
Angústia
Cansaço
Os arranha-céus cercam-no como grades numa grande prisão
Oprimem
Humilham
Assombram
Ninguém o conhece, ninguém se conhece, não há desabafo
Solidão
Resignação
Deus
O caminho para casa é longo, lento, lamacento
Periferia
Engarrafamento
Pirambeira
O vento das ruas noturnas comprimem suas tripas vazias
Matagal
Escuridão
Adrenalina
A chave na porta gira seus sentimentos enrijecidos
Alívio
Tv
Colchão
Seu sonho é conturbado, flashes, vozes, quedas
Laje
Copo d’água
Suor
A manhã não tem festa, mais um levante descontente
Torcicolo
Despedida
Ônibus
Engarrafamento
Pirambeira
O vento das ruas noturnas comprimem suas tripas vazias
Matagal
Escuridão
Adrenalina
A chave na porta gira seus sentimentos enrijecidos
Alívio
Tv
Colchão
Seu sonho é conturbado, flashes, vozes, quedas
Laje
Copo d’água
Suor
A manhã não tem festa, mais um levante descontente
Torcicolo
Despedida
Ônibus
Desfruto
Autores: Eu e Diniz
Somos um bando de eu,
Somos um bando de tus,
Somos todos um bando de voz
De nós
Mas, o sol todo dia
Só pra quem sabe olhar
Ilumina e aquece
Sim, o sol todo dia
Só pra quem sabe olhar
Ilumina e aquece
Toda a beleza que
Mais, o sol é quem trás
As cores ao nosso olhar
E fica mais fácil falar
De mim
De eu
De nós
Coisas que se movem douradas
Belezas caminhando acesas
Cobertas de sois, de nós, de voz
A voz que vem de todo o olhar
Quando não é preciso falar
Calados admiramos
Nós
Todos nós
Filhos dos sois
Sol que inebria,
Pois dia de luz
Festa da natureza
Vida em turbilhão
Relação em prosas
Acomodação incomoda
Por viver interessa ao movimento
Que se sinta o coração
Dono de toda involutariedade
Coração é músculo que arde
A gana que por vezes infla o peito
Viver é mais que um direito
É a melhor parte da criação
Sob o sol somos irmãos
Cara a cara, um mesmo jeito
Não faz sentido manter-nos sem o beijo
Que alicia as pessoas para a mesma canção
Que viver seja mais que um direito
Se confunda com conquista
Quando bem quista
Nos roube o beijo
Aquele que quando canção
Nos invade o coração
Sujeito a tanta explosão
Sendo assim
Somos, cada um de nós
Uma bomba de afeto
Dispostas a irradiar aos dias
O amor como resposta
Amar é uma solução
Que devemos beber quente
Joguemos dentro da gente
Essa gigantesca emoção
Lindo lindo
Linda linda
Viver e amor
Amar e vida
Não vislumbro coisa mais bonita
Uma união tão simples
Uma simples reação
Que ascende
Quando premente
Insufla o peito
Em mil sujeitos
Todos a cantar
Pois donos de si
Fazem o possível
Para se ouvir
Não descansam
Enquanto não cansam
De mil bolhas nosso amor
(Fruto de uma conversa despretensiosa no MSN)
Somos um bando de eu,
Somos um bando de tus,
Somos todos um bando de voz
De nós
Mas, o sol todo dia
Só pra quem sabe olhar
Ilumina e aquece
Sim, o sol todo dia
Só pra quem sabe olhar
Ilumina e aquece
Toda a beleza que
Mais, o sol é quem trás
As cores ao nosso olhar
E fica mais fácil falar
De mim
De eu
De nós
Coisas que se movem douradas
Belezas caminhando acesas
Cobertas de sois, de nós, de voz
A voz que vem de todo o olhar
Quando não é preciso falar
Calados admiramos
Nós
Todos nós
Filhos dos sois
Sol que inebria,
Pois dia de luz
Festa da natureza
Vida em turbilhão
Relação em prosas
Acomodação incomoda
Por viver interessa ao movimento
Que se sinta o coração
Dono de toda involutariedade
Coração é músculo que arde
A gana que por vezes infla o peito
Viver é mais que um direito
É a melhor parte da criação
Sob o sol somos irmãos
Cara a cara, um mesmo jeito
Não faz sentido manter-nos sem o beijo
Que alicia as pessoas para a mesma canção
Que viver seja mais que um direito
Se confunda com conquista
Quando bem quista
Nos roube o beijo
Aquele que quando canção
Nos invade o coração
Sujeito a tanta explosão
Sendo assim
Somos, cada um de nós
Uma bomba de afeto
Dispostas a irradiar aos dias
O amor como resposta
Amar é uma solução
Que devemos beber quente
Joguemos dentro da gente
Essa gigantesca emoção
Lindo lindo
Linda linda
Viver e amor
Amar e vida
Não vislumbro coisa mais bonita
Uma união tão simples
Uma simples reação
Que ascende
Quando premente
Insufla o peito
Em mil sujeitos
Todos a cantar
Pois donos de si
Fazem o possível
Para se ouvir
Não descansam
Enquanto não cansam
De mil bolhas nosso amor
(Fruto de uma conversa despretensiosa no MSN)
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Autora: Cecília, minha irmã!
(Este foi o melhor presente que já recebi na vida)
Se tiveres a oportunidade
De conhecer este admirável irmão
Mudarás os conceitos
Pois eu falo é de João...
O maior presente
Que o Homem pode ter
É olhar-se sabiamente
E poder declamar
De braços erguidos
Sem se encolher
"A minha Revolução
irei sempre celebrar"
Serás sempre um inquieto
Pois de sonhos é repleto
Se angustia-se a cada dia
É porque é bom ser incompleto
quando tens a poesia
Tens os livros
Tens os discos
Tens a caneta e o papel
Mas maior do que as artes
Que derrete como mel
Tem a seiva que é interna
Como música que é bela
A tocar como cordel
Assim conta tua história
Mostra ao mundo o teu pensar
Não importa onde vives
Nem com quem conversará
Tua vida sempre insiste
Em teus sonhos proclamar
A beleza é eterna
A verdade prevalecerá
Não importa quem te ouves
Sua poesia tocará
Dos sábios aos cientistas
Dos religiosos ou não
Pois nessa agora vida
Há de se viver como João!
Continue surpreendendo
Não se deixe esquivar
Tem generosidade e amor
Nunca nada lhe faltará
Quanto mais sábio és
Menos morrerá
Dos teus sonhos sou amante
Pois sei que vou te amar
Sempre escreva, nunca pare
Sempre viva de escrever
Não deixe que a dor o cale
Escreva sobre o sofrer
Não deixe que a caneta falhe
Escreva sobre o não ter
Se os sonhos lhe faltarem
Escreva sobre o morrer
Não importa se escreves
Sobre morrer ou vive
O fato é que enquanto vives
A poesia há de o erguer!
Se tiveres a oportunidade
De conhecer este admirável irmão
Mudarás os conceitos
Pois eu falo é de João...
O maior presente
Que o Homem pode ter
É olhar-se sabiamente
E poder declamar
De braços erguidos
Sem se encolher
"A minha Revolução
irei sempre celebrar"
Serás sempre um inquieto
Pois de sonhos é repleto
Se angustia-se a cada dia
É porque é bom ser incompleto
quando tens a poesia
Tens os livros
Tens os discos
Tens a caneta e o papel
Mas maior do que as artes
Que derrete como mel
Tem a seiva que é interna
Como música que é bela
A tocar como cordel
Assim conta tua história
Mostra ao mundo o teu pensar
Não importa onde vives
Nem com quem conversará
Tua vida sempre insiste
Em teus sonhos proclamar
A beleza é eterna
A verdade prevalecerá
Não importa quem te ouves
Sua poesia tocará
Dos sábios aos cientistas
Dos religiosos ou não
Pois nessa agora vida
Há de se viver como João!
Continue surpreendendo
Não se deixe esquivar
Tem generosidade e amor
Nunca nada lhe faltará
Quanto mais sábio és
Menos morrerá
Dos teus sonhos sou amante
Pois sei que vou te amar
Sempre escreva, nunca pare
Sempre viva de escrever
Não deixe que a dor o cale
Escreva sobre o sofrer
Não deixe que a caneta falhe
Escreva sobre o não ter
Se os sonhos lhe faltarem
Escreva sobre o morrer
Não importa se escreves
Sobre morrer ou vive
O fato é que enquanto vives
A poesia há de o erguer!
Passa...
Vejo você diante de mim
E penso coisas que não posso te dizer
Seja por causa de mim
Seja por causa de você
O impressionante é perceber
Que só você me deixa assim
Com um querer ferino
Com um querer morder
Mas nem me aproximo
Guardo todo o querer comigo
Não é por falta de coragem
Não é por falta de ritmo
Simplesmente sou assim
Escondo o querer que sinto não te dizer
E fico repleto de mim
E fico ausente de você
E penso coisas que não posso te dizer
Seja por causa de mim
Seja por causa de você
O impressionante é perceber
Que só você me deixa assim
Com um querer ferino
Com um querer morder
Mas nem me aproximo
Guardo todo o querer comigo
Não é por falta de coragem
Não é por falta de ritmo
Simplesmente sou assim
Escondo o querer que sinto não te dizer
E fico repleto de mim
E fico ausente de você
Quem quer que seja
Os cachos dos seus cabelos
As pintas de suas costas
A grossura de suas pernas
São um tanto de você
Quando está de costas
Se vira e vejo agora
O negro dos seus olhos
O azul de sua blusa
O pé de seu umbigo
A fôrma de seus joelhos
É Lídia o seu nome
É doce sua voz
São sensíveis suas falas
É prolongado seu riso
Alicia, alivia, alimenta
As pintas de suas costas
A grossura de suas pernas
São um tanto de você
Quando está de costas
Se vira e vejo agora
O negro dos seus olhos
O azul de sua blusa
O pé de seu umbigo
A fôrma de seus joelhos
É Lídia o seu nome
É doce sua voz
São sensíveis suas falas
É prolongado seu riso
Alicia, alivia, alimenta
Menina Terra
Autores: Eu, Osvaldo, Ted, Tiago Santana e Thiago Santos
Sem palavras
Sem metáforas
Sem alegorias
Apenas lampejos
Reflexos do desejo
Do imaginário sem fim
Estar contigo...
Beijar-te seria como...
Amar-te é um...
És toda
Em ti, és tudo
Nada mais
Sem palavras
Sem metáforas
Sem alegorias
Apenas lampejos
Reflexos do desejo
Do imaginário sem fim
Estar contigo...
Beijar-te seria como...
Amar-te é um...
És toda
Em ti, és tudo
Nada mais
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