sexta-feira, 7 de março de 2008

Sem título


O homem e seus muros concretados
Sem portas, átrios, escadas de emergência
Construídos e escorados por idéias vazias
Ensejadores de subconceitos e feridas na alma

O homem enclausurado em sua casa
Isolado em seu automóvel
Solitário em sua escrivaninha
Abandonado por si mesmo num templo

Esta cultura que nos afasta
É a mesma que nos mina
Obrigando-nos a vender nossos rins
A questionar a existência da felicidade

Vislumbremos um futuro uno
De paz e protocooperação
Para isso será preciso abrir fendas
Curar em cada um o câncer do desamor

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