segunda-feira, 26 de maio de 2008

Retirada

Reuni o bando
Pus fim ao ultimato
Entreguei o carralo
Pendurei os coro
Deitei o punhar
Vendi a papo-amarelo
Larguei o cangaço
Parto da caatinga
Vou buscar o bem-querer

Serei poeta
No litoral da Bahia
Encantarei com poesia
O povo daquela terra
Não esqueci das guerra
Dos tiro e do sol incandescente
Mas só bulo com gente
Pra entregar meus poema

Todos saberão
Dos perigo que se escondem
Nos confim sem nome
No sertão deste sertão
E também de sua beleza
Suas garças e tatu
De bichos como os teiús
Do inverno e da serração
Chega de fugir do mundo
Agora serei só um par de ói
Escrevendo como uma foz
O quanto que desferrei

Êita que vou falar das muié
Das moça dos cabelo cheiroso
De andar tão sinuoso
Que embola meu coração
Vou cantar em poesia
Essas coisa que não sabia
Por culpa do meu cangaço
Por farta de algum tempo
Sou poeta contumaz
A gota e virulento
Meu chamem de lazarento
Só a poesia me satisfaz

2 comentários:

Pablo disse...

Porra, cê tem uma fortissima veia sertaneja, colé? custumava passar muito tempo no interior? onde?
Escrevi uma parada nova lá, dá uma olhada, tinha tempo que eu só colocava coisa velha, essa saiu do forno agora!

João disse...

Meu nome eh curisco! Voce me mata e logo vem outro no meu lugar!