domingo, 11 de maio de 2008

Bruta flor

Hoje não quero mais nada
Apenas guardar minha paixão
Deitá-la ao meu lado na chuva
Dizer-lhe ser sol e ser açúcar
Sendo assim não serei breve
Perpétuo e animado e cantar a paz

Hoje não quero mais nada
Apenas ser um coqueiro
Pender-me em frente ao vento
Ouvi-lo ser som e ser céu
Estando assim não serei breve
Flutuante e oceânico e ventilar a paz

Hoje não quero mais nada
Apenas ser sabiamente feliz
Girar feito pião na palma da mão
Ver-me ser luz e ser alucinação
Permanecendo assim não serei breve
Verde e forte e beijar a paz

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