À você que nega o recitar
Entenda que ser poeta
Não é somente escrever
É também exteriorizar
Entre soluços e risos
Entre beijos e passos
Quero ver-me declamado
Nas bocas dos analfabetos
Nos colapsos dos epiléticos
No tinir dos copos
E em tudo mais que valha
Não me importo em ser deturpado
O formalismo jaz como o casamento
Gritem com o coração
Interpretem de cabeça para baixo
Mas cantem esse poema
(Acabo de declamá-lo no Beco, pelo que fui muito aplaudido, e a pouco o escrevi, em resposta a um cara que disse: poesia deve ser lida, declamar é matar o poeta, já dizia Mario Quintana.
Receba churumela!!!!)
Entenda que ser poeta
Não é somente escrever
É também exteriorizar
Entre soluços e risos
Entre beijos e passos
Quero ver-me declamado
Nas bocas dos analfabetos
Nos colapsos dos epiléticos
No tinir dos copos
E em tudo mais que valha
Não me importo em ser deturpado
O formalismo jaz como o casamento
Gritem com o coração
Interpretem de cabeça para baixo
Mas cantem esse poema
(Acabo de declamá-lo no Beco, pelo que fui muito aplaudido, e a pouco o escrevi, em resposta a um cara que disse: poesia deve ser lida, declamar é matar o poeta, já dizia Mario Quintana.
Receba churumela!!!!)
Um comentário:
Eu também sou a favor de um genocídio de poetas e poesias.
A morte em vida de tudo que é duro e limitado é o gozo do homem-fluido.
Eu não sou poeta, eu nao sou Pablo, eu sou nada.
A minha poesia deve ser mais natural que um peido e menos respeitável.
Eu não declamo, mas pelo menos não reclamo.
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