quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Que dureza!


Estou possuído pelo mal-humor
Uma noite de sono perdido
Uma manhã sem café da manhã
Um desentendimento ao sair de casa
São os responsáveis por esse estado raivoso e agressivo

A mente em chamas incendeia o ar
E cada recôndito esconderijo da paz
Explodo os carros que me fecham
Estraçalho as janelas fechadas para meu caos
Cometo mil danos ao mesmo tempo em que olho

Pareço um super-homem do ódio
Hábil depurador da graça e da beleza
Enxergo dor onde o belo reina
Carrego de rancor gestos de agradecimento
Desejo o mal dos meus esquecidos inimigos

Nessa manhã incomum
O mundo poderia se desgraçar
As mulheres poderiam caminhar nuas
O céu e o mar poderiam estar perfeitos

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