quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eu e Xis, entre uma cerveja e outra



Haja palavra para começar a poesia
Haja riqueza de rima
Haja sina

Ainda assim
Cada palavra que sai é pouca
Para demonstrar o esforço do velho rouco
Que calado admira da árvore o toco
Enquanto palpita no queixo o indicador

Catastroficamente deixa
A imagem em si
E se pergunta o que vê:
O cheiro do pó da madeira
As eiras e beiras no alto do casarão
As crianças
O balanço improvisado

E mais belo vem a ser o balançar dos cabelos
E os seus vão esbranquiçados
Cansados como cometas
Letárgicos e distraídos sobre a terra fúnebre
Cheirando a café
E a seqüência do trago de cigarro que fecha o entendimento

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