Composição: Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Atrasa forte gota d’água
Atrasa
Tua queda para além do meu nariz
Escorre - doce calma
Segue teu caminho por sobre a cicatriz
Atrasa gota d’água
E na descida contorna meu sorriso
Atrasa
Chegue ao canto
Encontre a alma
Penetre o labirinto
Atrasa minha gota d’água
Às gotas me eterniza
Mostra-me o ser nuvem
Afunda-me n’água - flor de gaia
E o mais nada e o mais nada e o mais nada e o mais nada
Atrasa
Tua queda para além do meu nariz
Escorre - doce calma
Segue teu caminho por sobre a cicatriz
Atrasa gota d’água
E na descida contorna meu sorriso
Atrasa
Chegue ao canto
Encontre a alma
Penetre o labirinto
Atrasa minha gota d’água
Às gotas me eterniza
Mostra-me o ser nuvem
Afunda-me n’água - flor de gaia
E o mais nada e o mais nada e o mais nada e o mais nada
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
.................................................................Ensaio
Não me ama
Quem não me entende
Quem não enxerga minha natureza
De querer bem
Quem não se reconhece em mim
Em si
E não vê que sou feliz
Infelizmente!
Não amo
Quem não entendo
Quem não demonstra natureza
De querer bem
Quem se desconhece em todos
Para si
E não vê que é infeliz
Infelizmente!
Me amo
Pois hoje me entendo
Enxergo e demonstro minha natureza
De querer bem
Me reconheço em mim
Em-si
E vejo que sou feliz
Felizmente!
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Manisfesto em Favor da Ética e Discrição
Aprioristicamente é de suma importância explanar as finalidades desta declaração. O intuito é consagrar, a patamar máximo, o respeito nas relações profissionais. É meio pelo qual, a voz de um único aluno, se faz ouvir no seio acadêmico. Por isto aufere igualdade substancial em secular relação hierárquica Alunos versus Professor.
Institucionalmente o corpo docente é dotado de algumas prerrogativas. Instrumento hábil a desenredar e multiplicar os conhecimentos merece inefável respeito e consideração.
Quiçá esta forma de expressão é a única via eficaz de direito de resposta e quem sabe de conscientização geral. Vale ressaltar que o fim aqui colimado é homenagear a dignidade da pessoa humana pelo uso da ética e da discrição profissional. É, assaz, conclamar que nenhuma superioridade hierárquica deve afadigar o processo de sedimentação intelectual.
Conquanto faz-se necessário excomungar anátemas de domínio público e notórios. Logo, é impossível consentir, embora do lado hipossuficiente da relação, sucessivas e reiteradas vexações.
Todavia a crítica, aqui delineada, resume-se a aspecto peculiar. Não cabe, portanto, adentrar em seara estritamente profissional ao revés neste ponto é intato o saber jurídico, a competência e o afinco no cotidiano acadêmico. Contudo a labuta, às vezes, se faz árdua e as decepções ao longo de uma carreira por vezes maculam o ideal perseguido. A este não concerne, de fato, a desconfiança exacerbada, a inflexibilidade demasiada e a contumaz acidez em sala de aula.
Ocorre que o infausto que vos fala é considerado um péssimo aluno. Foi, assim, julgado pelas provas colhidas na pasta funcional, isto é: um péssimo histórico escolar foi suficiente para denegrir de imediato a pessoa alheia.
É pertinente tamanha sanção?
E como se não bastasse, questões familiares e particulares vieram à tona em discurso eloqüente, porém dissonante, prolatado frente a duas turmas reunidas num sábado de sol.
O motivo? Tudo em face de um ato-falho: vir de bermuda em pleno sábado. Mas o óbvio é que a norma universitária é sabida por todos. E alegar desconhecimento não é meio para se escusar nem, tampouco, é o objetivo. Ao invés é admitir o erro. Porém por este ou qualquer pecado o aluno não deve ser transmutado a uma via crucis.
Então é registrada neste documento a premente necessidade de ética e discrição. Isto não quer dizer tolerância. Mas na aplicação das sanções cabíveis aos supostos incultos e péssimos alunos não está o deboche nem a execração pública. Destarte o simples fato de pedir licença a um aluno mal trajado não constitui ofensa alguma. Não obstante explicitar perante a turma questões pessoais e até familiares é um mal-uso das prerrogativas funcionais. E é este o único ponto reprovável e lamentável em excelente profissional. Ademais, não citado para utilizar-se dos mesmos subterfúgios consignados em classe quando referências pessoais são escarafunchadas, porém sem denominá-las objetivamente.
Através, então, deste instrumento é escopo primaz conjurar atitudes inócuas e até prejudiciais ao aprendizado. Jamais será meio de confronto, galhofa ou qualquer injuriação. Ao contrário a gana, aqui entoada, é pela abolição de meios, porventura anti-éticos, na casa guardiã do saber que é a Universidade.
(Saulo Silva)
Institucionalmente o corpo docente é dotado de algumas prerrogativas. Instrumento hábil a desenredar e multiplicar os conhecimentos merece inefável respeito e consideração.
Quiçá esta forma de expressão é a única via eficaz de direito de resposta e quem sabe de conscientização geral. Vale ressaltar que o fim aqui colimado é homenagear a dignidade da pessoa humana pelo uso da ética e da discrição profissional. É, assaz, conclamar que nenhuma superioridade hierárquica deve afadigar o processo de sedimentação intelectual.
Conquanto faz-se necessário excomungar anátemas de domínio público e notórios. Logo, é impossível consentir, embora do lado hipossuficiente da relação, sucessivas e reiteradas vexações.
Todavia a crítica, aqui delineada, resume-se a aspecto peculiar. Não cabe, portanto, adentrar em seara estritamente profissional ao revés neste ponto é intato o saber jurídico, a competência e o afinco no cotidiano acadêmico. Contudo a labuta, às vezes, se faz árdua e as decepções ao longo de uma carreira por vezes maculam o ideal perseguido. A este não concerne, de fato, a desconfiança exacerbada, a inflexibilidade demasiada e a contumaz acidez em sala de aula.
Ocorre que o infausto que vos fala é considerado um péssimo aluno. Foi, assim, julgado pelas provas colhidas na pasta funcional, isto é: um péssimo histórico escolar foi suficiente para denegrir de imediato a pessoa alheia.
É pertinente tamanha sanção?
E como se não bastasse, questões familiares e particulares vieram à tona em discurso eloqüente, porém dissonante, prolatado frente a duas turmas reunidas num sábado de sol.
O motivo? Tudo em face de um ato-falho: vir de bermuda em pleno sábado. Mas o óbvio é que a norma universitária é sabida por todos. E alegar desconhecimento não é meio para se escusar nem, tampouco, é o objetivo. Ao invés é admitir o erro. Porém por este ou qualquer pecado o aluno não deve ser transmutado a uma via crucis.
Então é registrada neste documento a premente necessidade de ética e discrição. Isto não quer dizer tolerância. Mas na aplicação das sanções cabíveis aos supostos incultos e péssimos alunos não está o deboche nem a execração pública. Destarte o simples fato de pedir licença a um aluno mal trajado não constitui ofensa alguma. Não obstante explicitar perante a turma questões pessoais e até familiares é um mal-uso das prerrogativas funcionais. E é este o único ponto reprovável e lamentável em excelente profissional. Ademais, não citado para utilizar-se dos mesmos subterfúgios consignados em classe quando referências pessoais são escarafunchadas, porém sem denominá-las objetivamente.
Através, então, deste instrumento é escopo primaz conjurar atitudes inócuas e até prejudiciais ao aprendizado. Jamais será meio de confronto, galhofa ou qualquer injuriação. Ao contrário a gana, aqui entoada, é pela abolição de meios, porventura anti-éticos, na casa guardiã do saber que é a Universidade.
(Saulo Silva)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
(de autoria de Vito D'Alessio e Juvenal Irene, monumento em homenagem ao trabalhador Portuário, Santos)
.
.
.
Portuário
Nas idas e vindas
O mesmo tropo em trânsito:
Velhas músicas
Marés intermináveis
Pés desterrados
Marés intermináveis
Pés desterrados
Sob névoa e ante rocha:
A âncora dos livros sujos
O dilúvio dos questionamentos insones
O clarear dos olhos ensimesmados
Já não surgem rizomas ou
Superestruturas
Deve haver outro algo
Outro mundo sem chaminés
Outro ninguém
Não remo
Não venta
Caio
Para caminhar sobre as águas no corpo de 20.ooo formigas
Enfileiradas
Se mordendo
Se sustentando
Se soltando numa azáfama
A âncora dos livros sujos
O dilúvio dos questionamentos insones
O clarear dos olhos ensimesmados
Já não surgem rizomas ou
Superestruturas
Deve haver outro algo
Outro mundo sem chaminés
Outro ninguém
Não remo
Não venta
Caio
Para caminhar sobre as águas no corpo de 20.ooo formigas
Enfileiradas
Se mordendo
Se sustentando
Se soltando numa azáfama
O Direito à Preguiça
INTRODUÇÃO
O Sr. Thiers, no seio da Comissão sobre a Instrução Primária de 1849, dizia: "Quero tornar a influência do clero todo-poderosa, porque conto com ele para propagar esta boa filosofia que ensina ao homem que ele veio a este mundo para sofrer e não aquela outra filosofia que, pelo contrário, diz ao homem: ‘Goza’." O Sr. Thiers formulava a moral da classe burguesa cujo egoísmo feroz e inteligência estreita encarnou.
A burguesia, quando lutava contra a nobreza, apoiada pelo clero, arvorou o livre exame e o ateísmo; mas, triunfante, mudou de tom e de comportamento e hoje conta apoiar na religião a sua supremacia econômica e política. Nos séculos XV e XVI, tinha alegremente retomado a tradição pagã e glorificava a carne e as suas paixões, que eram reprovadas pelo cristianismo; atualmente, cumulada de bens e de prazeres, renega os ensinamentos dos seus pensadores, os Rabelais, os Diderot, e prega a abstinência aos assalariados. A moral capitalista, lamentável paródia da moral cristã, fulmina com o anátema o corpo trabalhador; toma como ideal reduzir o produtor ao mínimo mais restrito de necessidades, suprimir as suas alegrias e as suas paixões e condená-lo ao papel de máquina entregando trabalho sem tréguas nem piedade.
Os socialistas revolucionários têm de recomeçar o combate que os filósofos e os panfletários da burguesia já travaram; têm de atacar a moral e as teorias sociais do capitalismo; têm de demolir, nas cabeças da classe chamada à ação, os preconceitos semeados pela classe reinante; têm de proclamar, no rosto dos hipócritas de todas as morais, que a terra deixará de ser o vale de lágrimas do trabalhador: que, na sociedade comunista do futuro que fundaremos "pacificamente se possível, senão violentamente", as paixões dos homens terão rédea curta, porque "todas são boas pela sua natureza, apenas temos de evitar a sua má utilização e os seus excessos"1, e só serão evitadas pelo seu mútuo contrabalançar, pelo desenvolvimento harmônico do organismo humano, porque, diz o Dr. Beddoe, "só quando uma raça atinge o seu ponto máximo de desenvolvimento físico é que ela atinge o seu mais elevado nível de energia e de vigor moral". Era esta também a opinião do grande naturista Charles Darwin2. A refutação do direito ao trabalho, que reedito com algumas notas adicionais, foi publicado no semanário L'Egalité de 1880, segunda parte.
Prisão de Sainte-Pélagie, 1883.P. L.
1 Descartes, As Paixões da Alma.
2 Doutor Beddoe, Memoirs of the Anthropological Society; Ch. Darwin, Descent of man.
Download do livro: http://www.4shared.com/file/43687655/96367a0f/Paul_Lafargue_-_O_Direito__Preguia.html?s=1
O Sr. Thiers, no seio da Comissão sobre a Instrução Primária de 1849, dizia: "Quero tornar a influência do clero todo-poderosa, porque conto com ele para propagar esta boa filosofia que ensina ao homem que ele veio a este mundo para sofrer e não aquela outra filosofia que, pelo contrário, diz ao homem: ‘Goza’." O Sr. Thiers formulava a moral da classe burguesa cujo egoísmo feroz e inteligência estreita encarnou.
A burguesia, quando lutava contra a nobreza, apoiada pelo clero, arvorou o livre exame e o ateísmo; mas, triunfante, mudou de tom e de comportamento e hoje conta apoiar na religião a sua supremacia econômica e política. Nos séculos XV e XVI, tinha alegremente retomado a tradição pagã e glorificava a carne e as suas paixões, que eram reprovadas pelo cristianismo; atualmente, cumulada de bens e de prazeres, renega os ensinamentos dos seus pensadores, os Rabelais, os Diderot, e prega a abstinência aos assalariados. A moral capitalista, lamentável paródia da moral cristã, fulmina com o anátema o corpo trabalhador; toma como ideal reduzir o produtor ao mínimo mais restrito de necessidades, suprimir as suas alegrias e as suas paixões e condená-lo ao papel de máquina entregando trabalho sem tréguas nem piedade.
Os socialistas revolucionários têm de recomeçar o combate que os filósofos e os panfletários da burguesia já travaram; têm de atacar a moral e as teorias sociais do capitalismo; têm de demolir, nas cabeças da classe chamada à ação, os preconceitos semeados pela classe reinante; têm de proclamar, no rosto dos hipócritas de todas as morais, que a terra deixará de ser o vale de lágrimas do trabalhador: que, na sociedade comunista do futuro que fundaremos "pacificamente se possível, senão violentamente", as paixões dos homens terão rédea curta, porque "todas são boas pela sua natureza, apenas temos de evitar a sua má utilização e os seus excessos"1, e só serão evitadas pelo seu mútuo contrabalançar, pelo desenvolvimento harmônico do organismo humano, porque, diz o Dr. Beddoe, "só quando uma raça atinge o seu ponto máximo de desenvolvimento físico é que ela atinge o seu mais elevado nível de energia e de vigor moral". Era esta também a opinião do grande naturista Charles Darwin2. A refutação do direito ao trabalho, que reedito com algumas notas adicionais, foi publicado no semanário L'Egalité de 1880, segunda parte.
Prisão de Sainte-Pélagie, 1883.P. L.
1 Descartes, As Paixões da Alma.
2 Doutor Beddoe, Memoirs of the Anthropological Society; Ch. Darwin, Descent of man.
Download do livro: http://www.4shared.com/file/43687655/96367a0f/Paul_Lafargue_-_O_Direito__Preguia.html?s=1
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Sessão puta-q-pariu
Manoel de Barros
A poesia está guardada nas palavras.
É tudo que eu sei.
Meu fado é não entender quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Eu não cultivo conexões com o real.
Para mim poderoso não é aquele que descobre o ouro.
Poderoso pra mim é aquele que descobre as insignificâncias do mundo e as nossas.
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
SEMINÁRIO DO REUNI APONTA MARCOS PARA A AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA
No último dia do 6º Seminário do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), realizado em São Paulo, representantes das universidades, da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público apresentaram propostas para melhorar os mecanismos de controle e autocontrole da universidade pública a partir da idéia de uma efetiva autonomia universitária. Para o reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar de Almeida Filho, a solução passa pela criação e implementação de marcos regulatórios que separem as universidades de outros entes públicos em assuntos como o sistema jurídico, quadro de pessoal, regime licitatório e dotação orçamentária. Com relação aos investimentos, o reitor propôs a criação de um fundo de financiamento especial para a educação superior e a possibilidade de incorporação de receita própria. Naomar também sugeriu pactos de metas plurianuais e a implementação de planos de desenvolvimento institucional com vistas ao desenvolvimento de cada universidade e do país. O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ivonildo Rego, lembrou que várias leis e outros instrumentos legais já prevêem a autonomia, mas que ainda necessitam de regulamentação, principalmente quanto ao controle interno. "Temos um vasto arcabouço legal já aprovado pelo Congresso Nacional, sistemas de autocontrole internos e um nível de independência que não se verifica em nenhuma instituição pública", disse. "O desafio, agora, é aperfeiçoar esses instrumentos para consolidar a autonomia." Para o representante da Controladoria-Geral da União, Valdir Teixeira, o principal problema pode estar na falta de articulação entre os instrumentos de controle interno que a universidade tem. "Os organismos não podem atuar apenas periodicamente", afirmou. "O trabalho tem de ser sistemático e ininterrupto, de forma a convencer toda a comunidade acadêmica a participar ativamente e a inserir todos numa atividade cotidiana de controle." Raquel Branquinho, procuradora do Ministério Público Federal no Distrito Federal, pontuou que a busca pela autonomia universitária plena não pode fugir das regras de direito público, mesmo que haja uma flexibilização das normas vigentes. "A transição para a autonomia plena deve ser feita por meio dos mecanismos legais possíveis. Não podemos buscar uma verdade absoluta, mas a reconstrução de uma universidade dentro das regras do direito público para uma maior eficiências nas ações", disse. (Fonte: MEC)
Eu e Xis, entre uma cerveja e outra
Haja palavra para começar a poesia
Haja riqueza de rima
Haja sina
Ainda assim
Cada palavra que sai é pouca
Para demonstrar o esforço do velho rouco
Que calado admira da árvore o toco
Enquanto palpita no queixo o indicador
Catastroficamente deixa
A imagem em si
E se pergunta o que vê:
O cheiro do pó da madeira
As eiras e beiras no alto do casarão
As crianças
O balanço improvisado
E mais belo vem a ser o balançar dos cabelos
E os seus vão esbranquiçados
Cansados como cometas
Letárgicos e distraídos sobre a terra fúnebre
Cheirando a café
E a seqüência do trago de cigarro que fecha o entendimento
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Je ne regrette rien
Composição: Charles Dumont e Michel Vaucaire
Non! Rien de rien ...
Non! Je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait
Ni le mal tout ça m'est bien égal!
Non! Rien de rien ...
Non ! Je ne regrette rien...
C'est payé, balayé, oublié
Je me fous du passé!
Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu
Mes chagrins, mes plaisirs
Je n'ai plus besoin d'eux !
Balayés les amours
Et tous leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro...
Non! Rien de rien ...
Non! Je ne regrette nen ...
Ni le bien, qu'on m'a fait
Ni le mal, tout ça m'est bien égal!
Non ! Rien de rien ...
Non! Je ne regrette rien...
Car ma vie, car mes joies
Aujourd'hui, ça commence avec toi!
Non! Rien de rien ...
Non! Je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait
Ni le mal tout ça m'est bien égal!
Non! Rien de rien ...
Non ! Je ne regrette rien...
C'est payé, balayé, oublié
Je me fous du passé!
Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu
Mes chagrins, mes plaisirs
Je n'ai plus besoin d'eux !
Balayés les amours
Et tous leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro...
Non! Rien de rien ...
Non! Je ne regrette nen ...
Ni le bien, qu'on m'a fait
Ni le mal, tout ça m'est bien égal!
Non ! Rien de rien ...
Non! Je ne regrette rien...
Car ma vie, car mes joies
Aujourd'hui, ça commence avec toi!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Poeta: Xis
Sigo...
sobrevivendo a vida
chorando na medida...
da dor que acho que sofro
do mal do pensar
da flor eterno besouro
feio contrastar
Sigo...digo...insisto...
pilo soco amarro
engato travo me engasgo
co'amor
sobrevivendo a vida
chorando na medida...
da dor que acho que sofro
do mal do pensar
da flor eterno besouro
feio contrastar
Sigo...digo...insisto...
pilo soco amarro
engato travo me engasgo
co'amor
Companheiros,
Encontra-se à disposição de todos os lutadores, militantes dos movimentos sociais, organizações socialistas, centros e grupos de estudos marxistas, estudantes, trabalhadores e todos que se colocam no campo do marxismo, o site do Laboratório de Estudos e Pesquisas Marxistas (LEMARX). O grupo surgiu em agosto de 2007, sendo constituído por professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), estudantes e militantes. O grupo se propõe não só compreender as relações sociais em que estamos inseridos, mas solidarizar- se e associar-se aos movimentos sociais. Portanto, o referencial do grupo é o materialismo histórico e tem como meta a luta pelo socialismo. No site, os interessados poderão consultar as atividades desenvolvidas ou em andamento pelo grupo, como debates, textos, trabalhos, cursos e ações junto aos movimentos.
ENDEREÇO DO SITE: http://www.lemarx.faced.ufba.br/
Um abraço fraternal
Sandra Siqueira
Professora da Faculdade de Educação da UFBA
LEMARX - BAHIA
Encontra-se à disposição de todos os lutadores, militantes dos movimentos sociais, organizações socialistas, centros e grupos de estudos marxistas, estudantes, trabalhadores e todos que se colocam no campo do marxismo, o site do Laboratório de Estudos e Pesquisas Marxistas (LEMARX). O grupo surgiu em agosto de 2007, sendo constituído por professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), estudantes e militantes. O grupo se propõe não só compreender as relações sociais em que estamos inseridos, mas solidarizar- se e associar-se aos movimentos sociais. Portanto, o referencial do grupo é o materialismo histórico e tem como meta a luta pelo socialismo. No site, os interessados poderão consultar as atividades desenvolvidas ou em andamento pelo grupo, como debates, textos, trabalhos, cursos e ações junto aos movimentos.
ENDEREÇO DO SITE: http://www.lemarx.faced.ufba.br/
Um abraço fraternal
Sandra Siqueira
Professora da Faculdade de Educação da UFBA
LEMARX - BAHIA
o céu azul
sem eclipse
sem nuvens
sem pássaros
sem arco-íris
sem a junção com o mar
sem as descargas da tempestade
nem mesmo o sol
nascendo ou se pondo
o céu azul
sem aviões
sem fumaça
sem leviatãs
sem apocalipse
sem trapezistas
sem escudo anti-mísseis
nem mesmo Jesus
subindo ou se sentando
somente a cor azul aos olhos
insurgindo em luz
sem eclipse
sem nuvens
sem pássaros
sem arco-íris
sem a junção com o mar
sem as descargas da tempestade
nem mesmo o sol
nascendo ou se pondo
o céu azul
sem aviões
sem fumaça
sem leviatãs
sem apocalipse
sem trapezistas
sem escudo anti-mísseis
nem mesmo Jesus
subindo ou se sentando
somente a cor azul aos olhos
insurgindo em luz
domingo, 8 de fevereiro de 2009
O Parto - Poeta: Pedro Alijó
O sonho suscita anamnese
O inverno, a neve, o busú
Olho e já não enxergo mais
Não há objetivos, não há metas
O adiar passa a perturbar
e os dias continuam a esperar
O êxtase.
Na moral, prefiro o parto.
Parir um texto, cagar constipado.
Catar os cacos de existência (...)
Feito faca cega, pedinte
Sem malícia, porém obstinada.
Apenas eu.
Refabricou-se a matéria
Transubstanciando o eu
Só agora eu sei
Como faca no pão
Cortar sem cortar-se.
Viver sofrendo,
antes de sofrer sem viver.
O olhar psicanalítico, perspicaz.
De Lince, vestido de luneta.
Busca algo, ao léu.
Sem lógica, com uma certeza:
Fará falta.
Prag - Berlin, 01.02.2009
http://www.vestido-de-luneta.blogspot.com/
O inverno, a neve, o busú
Olho e já não enxergo mais
Não há objetivos, não há metas
O adiar passa a perturbar
e os dias continuam a esperar
O êxtase.
Na moral, prefiro o parto.
Parir um texto, cagar constipado.
Catar os cacos de existência (...)
Feito faca cega, pedinte
Sem malícia, porém obstinada.
Apenas eu.
Refabricou-se a matéria
Transubstanciando o eu
Só agora eu sei
Como faca no pão
Cortar sem cortar-se.
Viver sofrendo,
antes de sofrer sem viver.
O olhar psicanalítico, perspicaz.
De Lince, vestido de luneta.
Busca algo, ao léu.
Sem lógica, com uma certeza:
Fará falta.
Prag - Berlin, 01.02.2009
http://www.vestido-de-luneta.blogspot.com/
O seu Amor
Conposição: dizem q é do Gil
O seu amor
Ame-o e deixe-o livre para amar
Livre para amar
Livre para amar
O seu amor
Ame-o e deixe-o ir aonde quiser
Ir aonde quiser
Ir aonde quiser
O seu amor
Ame-o e deixe-o brincar
Ame-o e deixe-o correr
Ame-o e deixe-o cansar
Ame-o e deixe-o dormir em paz
O seu amor
Ame-o e deixe-o ser o que ele é
Ser o que ele é
Ser o que ele é
O seu amor
Ame-o e deixe-o livre para amar
Livre para amar
Livre para amar
O seu amor
Ame-o e deixe-o ir aonde quiser
Ir aonde quiser
Ir aonde quiser
O seu amor
Ame-o e deixe-o brincar
Ame-o e deixe-o correr
Ame-o e deixe-o cansar
Ame-o e deixe-o dormir em paz
O seu amor
Ame-o e deixe-o ser o que ele é
Ser o que ele é
Ser o que ele é
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Por que tá escondendo essas roupas, minha mãe?
Por que a pressa, minha mãe?
Por que a pressa, minha mãe?
.
Por que o nervoso, meu pai?
Por que aqueles moços tão nos seguindo, meus pais?
Por que vocês seguram meus pais, moços?
Por que não soltam meus pais, moços?
Não tão vendo que minha mãe tá grávida?
Por que não manda eles pararem, meu pai?
Por que chora, minha mãe?
Não chore minha mãe!
Pra onde vamos nesse carro, minha mãe?
Pra onde levaram meu pai?
Tragam meu pai de volta!
Que lugar é esse, minha mãe?
Por que colocaram meu pai no chão?
Por que gritam com você, minha mãe?
Por que aqueles moços tão nos seguindo, meus pais?
Por que vocês seguram meus pais, moços?
Por que não soltam meus pais, moços?
Não tão vendo que minha mãe tá grávida?
Por que não manda eles pararem, meu pai?
Por que chora, minha mãe?
Não chore minha mãe!
Pra onde vamos nesse carro, minha mãe?
Pra onde levaram meu pai?
Tragam meu pai de volta!
Que lugar é esse, minha mãe?
Por que colocaram meu pai no chão?
Por que gritam com você, minha mãe?
.
Por que brigam com meu pai?
Quem é essa moça, minha mãe?
Por que chora tanto, minha mãe?
Por que meu pai resmunga, minha mãe?
Pra onde tão levando meu pai?
Tragam meu pai!
Não levem minha mãe!
Pra onde tão levando minha mãe?
.
Tragam minha mãe, por favor!
Pra onde tá me levando, moça?
Solte meu braço, moça!
Essa não é minha casa, moça!
Você não é minha mãe, moça!
Onde tão meus irmãos?
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Você pode dialogar com Maffesoli
Formule uma questão para que ele responda durante a aula inaugural da UFBA cujo tema será "O Reencantamento da Universidade" em 02.03.2009 às 9h no Salão Nobre da Reitoria da UFBA com transmissão direta on-line pela Internet.
Envie sua pergunta para maffesoli@ufba.br
O sociólogo francês Michel Maffesoli é Professor Titular da Universidade René Descartes (Sorbonne, Paris V), onde dirige o Centro de Estudos sobre o Atual e o Cotidiano e o Centro de Pesquisas sobre o Imaginário. Editor da revista Sociétés, Maffesoli é autor de vasta obra publicada em diversos idiomas, inclusive o português. Os mais recentes são: O ritmo da vida: variações sobre o imaginário pós-moderno (Record 2007); Entre o Bem e o Mal (Instituto Piaget 2006); Elogio da Razão Sensível (Vozes 2005 ); A Transfiguração do Político (Instituto Piaget 2004); O Tempo das tribos ou o declínio do individualismo na sociedade de massas (Forense 2004).
O pensador tem se interessado pela contemporaneidade, de modo crítico e criativo, valorizando questões pouco consideradas por muitos de seus colegas, como a teatralização da vida cotidiana, o narcisismo de grupo (ou o novo tribalismo), o cotidiano, o conhecimento comum, o nomadismo e o vitalismo, sem temer em usar a expressão pós-modernidade, para tratar do fracasso dos grandes sistemas explicativos do mundo, da vida e do homem, defendendo uma sociologia relativista e compreensiva.
Os estudantes interessados em dialogar com o professor Michel Maffesoli, sobre um dos temas de sua obra, durante a aula inaugural do ano letivo da UFBA, em 2 de março de 2009, no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, a partir das 9h, podem encaminhar uma questão para lhe ser dirigida (texto justificado em times new roman 12, interlinha 1,5, com o máximo de 10 linhas). As cinco melhores serão selecionadas para que seus autores participem do debate que será realizado logo após a conferência de Michel Maffesoli.
Programação
Apresentação conjunta do Madrigal da Escola de Música (Regente – Leandro Gazineu) e do Coral Vozes Reveladas da Escola de Dança - UFBA (Regente – Prof. Sérgio Souto).
Abertura da cerimônia pelo Magnífico Reitor Naomar Almeida Filho.
Apresentação do Professor Convidado pelo Prof. Armindo Bião (UFBA, Erasmus Mundus).
Aula magistral – O reencantamento da Universidade – Michel Maffesoli (Université René Descartes Paris V). Tradução do Prof. Armindo Bião.
Debate com cinco alunos da UFBA.
Encerramento da cerimônia pelo Magnífico Reitor.
Mestre de Cerimônia: Prof. Sérgio Farias (UFBA, CRILUS Paris Ouest Nanterre La Défense ).
Apoio: TV UFBA; CPD-UFBA; NUTS-Complexo HUPES e RNP-RUTE.
Envie sua pergunta para maffesoli@ufba.br
O sociólogo francês Michel Maffesoli é Professor Titular da Universidade René Descartes (Sorbonne, Paris V), onde dirige o Centro de Estudos sobre o Atual e o Cotidiano e o Centro de Pesquisas sobre o Imaginário. Editor da revista Sociétés, Maffesoli é autor de vasta obra publicada em diversos idiomas, inclusive o português. Os mais recentes são: O ritmo da vida: variações sobre o imaginário pós-moderno (Record 2007); Entre o Bem e o Mal (Instituto Piaget 2006); Elogio da Razão Sensível (Vozes 2005 ); A Transfiguração do Político (Instituto Piaget 2004); O Tempo das tribos ou o declínio do individualismo na sociedade de massas (Forense 2004).
O pensador tem se interessado pela contemporaneidade, de modo crítico e criativo, valorizando questões pouco consideradas por muitos de seus colegas, como a teatralização da vida cotidiana, o narcisismo de grupo (ou o novo tribalismo), o cotidiano, o conhecimento comum, o nomadismo e o vitalismo, sem temer em usar a expressão pós-modernidade, para tratar do fracasso dos grandes sistemas explicativos do mundo, da vida e do homem, defendendo uma sociologia relativista e compreensiva.
Os estudantes interessados em dialogar com o professor Michel Maffesoli, sobre um dos temas de sua obra, durante a aula inaugural do ano letivo da UFBA, em 2 de março de 2009, no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, a partir das 9h, podem encaminhar uma questão para lhe ser dirigida (texto justificado em times new roman 12, interlinha 1,5, com o máximo de 10 linhas). As cinco melhores serão selecionadas para que seus autores participem do debate que será realizado logo após a conferência de Michel Maffesoli.
Programação
Apresentação conjunta do Madrigal da Escola de Música (Regente – Leandro Gazineu) e do Coral Vozes Reveladas da Escola de Dança - UFBA (Regente – Prof. Sérgio Souto).
Abertura da cerimônia pelo Magnífico Reitor Naomar Almeida Filho.
Apresentação do Professor Convidado pelo Prof. Armindo Bião (UFBA, Erasmus Mundus).
Aula magistral – O reencantamento da Universidade – Michel Maffesoli (Université René Descartes Paris V). Tradução do Prof. Armindo Bião.
Debate com cinco alunos da UFBA.
Encerramento da cerimônia pelo Magnífico Reitor.
Mestre de Cerimônia: Prof. Sérgio Farias (UFBA, CRILUS Paris Ouest Nanterre La Défense ).
Apoio: TV UFBA; CPD-UFBA; NUTS-Complexo HUPES e RNP-RUTE.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Fotografia: Mariana David http://www.flickr.com/photos/marianadavid/
Serás que me olhas
Me apertas
Me incitas?
Qual serás
A esfinge do teu desejo
Dos teus olhos
A conquista?
Qual serias meu interesse
Rápido
Qual serias?
Serias outro
Não fosse este
Serias louco
Se serias!
Como foi criada a vagina
Mário Quintana
Sete bons homens de fino saber
Criaram a vagina, como pode se ver:
Chegando na frente, veio um açougueiro
Com faca afiada deu talho certeiro
Um bom marceneiro, com dedicação
Fez furo no centro com malho e formão
Em terceiro o alfaiate, capaz e moderno
Forrou com veludo o lado interno
Um bom caçador, chegando na hora
Forrou com raposa, a parte de fora
Em quinto chegou, sagaz pescador
Esfregando um peixe, deu-lhe o odor
Em sexto, o bom padre da igreja daqui
Benzeu-a dizendo: 'É só pra xixi!'
Por fim o marujo, zarolho e perneta
Chupou-a, fodeu-a e chamou-a...Buceta!
Sete bons homens de fino saber
Criaram a vagina, como pode se ver:
Chegando na frente, veio um açougueiro
Com faca afiada deu talho certeiro
Um bom marceneiro, com dedicação
Fez furo no centro com malho e formão
Em terceiro o alfaiate, capaz e moderno
Forrou com veludo o lado interno
Um bom caçador, chegando na hora
Forrou com raposa, a parte de fora
Em quinto chegou, sagaz pescador
Esfregando um peixe, deu-lhe o odor
Em sexto, o bom padre da igreja daqui
Benzeu-a dizendo: 'É só pra xixi!'
Por fim o marujo, zarolho e perneta
Chupou-a, fodeu-a e chamou-a...Buceta!
Lá vem
O projeto "Sua Nota é um Show" dá início a sua nova edição com o cantor francês, filho de pai galego e mãe basca, e que apresenta seu último álbum, La Radiolina, uma mistura de reggae, hip hop, música caribenha, flamenco e bolero, além da influência roqueira do Clash, que está presente em seus trabalhos desde o tempo em que ele cantava no grupo Mano Negra.
Manu Chao, que já esteve no sertão do Ceará e morou no mangue do Recife, canta em inglês, francês e espanhol, é acompanhado pelos músicos David Bourguignon (bateria), Gambeat (baixo), Madjid (guitarra), Garbance (percussão), Julio Lobos (teclados) e Ângelo.
Dia 13/02 - Sexta
Horário: 18h30
Preço: a confirmar - $$$$
Ladeira da Fonte - s/n°
Campo Grande
Fone: 3535-0600
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