terça-feira, 18 de novembro de 2008

Poeta: Maria Cecília...

A poesia é um choro escrito
um silêncio lido
um aperto íntimo....
É esperança ínfima
revivida infância
constante lembrança...
É um estar sozinho e acompanhado de cenas mundanas....
É a dor do filho, do pai, do amigo, é a velha dor que não sara...
É o querer constante de certos amantes, é o nao ter inaceitável dos pequenos infantes
é o não ouvido e passado adiante
É o amor perpétuo, suado, escaldante...
É a música clássica que escrevo sorrindo, é meu choro engolido, calado, reprimido
É meio descontentar-se, revolto, aflito
É minha revolta consentida, calada.
Como faca estancada.....
É meu pai ausente, discrente, carente
meu avô querido, saudoso, esquecido...
Meus tempo de criança, as viagens, a dança....
minha mágoa cravada em intolerância....

Ah! A poesia...é o meu íntimo exaltado em segundos
é a minha alegria decifrada em minutos
é a arte da vida de escrever sobre os muitos dos meus sonhos de vida que eu trago escondida.....
É um questionar-se e já aceitar-se
a beleza da arte viva em realidade
é o prazer da vida pela escrita, pelas coisas da vida
é a certeza da morte como certeza, não como saída........
É riso fácil, despudorizado desejo calado, presente, ausente angústia vomitada, sem hora marcada, alívio constante, eterno, vibrante...
É o bater palmas sarcásticas, sem graça
Fazer-se de santo, poeta malandro
vingar-se num verso, poeta perverso
clamar o amor em rimas e versos, poeta esperto!
Choro protelado, guardado com cuidado depois de lida, apreciada, jamais esquecida
vaidade saudável em cadernos e rimas
prazer satisfeito
dor escolhida......
A poesia eh minha vida, minha água, minha sina
é o meu abstrato, meus sonhos metafóricos, vividos, sonhados
meu fogo que queima e me faz curado
minha dor gritada em versos largados, sem nexo sem rumo....
não importa, eu sou um poeta!
Muito obrigado!

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