domingo, 30 de novembro de 2008

George Diniz, louco e poeta por natureza

Sou aquele que se mostra,
Sem se ver;
Sou o perdido para mim,
Mas não sou você;

Aquele que rasteja,
Sem pedir,
Que se emociona,
Sem sentir;

Sou um mundo devasso
Restrito à uma existência,
Que se debate em loucuras,
Sem se permitir à consciência

Sou vago feito a neblina,
Um punhado de dúvidas,
Um louco amor fadado à não amar,
Daqueles que se queixam,
Pois tudo dariam,
mas não se atreve.

Sou aquele que rima,
Mas sem nexo,
Aquele que rir, desconvexo,
Aquele deposto por alguns momentos,
tomado de seu trono
Pelos próprios ventos.

Ah, sou aquele que vibra
Ante o gozo - de mais uma cria,
De mais um esforço.

Sou o imperfeito em completa Perfeição,
Sou uma puta à rolar seus seios
Em devassidão;

Sou aquele ser sereno em horas Vagas,
Para gozar de meu
Antagonismo sem queixas,
Pois explodo sem cessar,
Quando algo não se curva,
Quando algo em mim se enturva.

É o conflito da própria existência?
Prefire pensar em degenerência?
Não sooa bom em todos ouvidos,
mas que importa, se estão
todos dormindo.

O duro não é aguentar encerrar-se
em uma prisão tão limitada,
pois meu corpo é meu meio
para outras alçadas;
não me perco em tamanha
estultice,
quero é mais, quero é vida,
quero é sangue, quero é pistas,
quero é suor, quero é azia,
pois meu gosto é a mostra
de minha mais pura ousadia.

Nenhum comentário: